Cultura

O Papa dispõe uma visita apostólica à Arquidiocese de Colônia





O cardeal Arborelius e dom Johannes van den Hende foram encarregados de examinar a situação pastoral e a gestão dos casos de abuso sexual na arquidiocese alemã. O cardeal Woelki acolhe "com favor" e "com plena convicção" a decisão do Pontífice.

Fonte: Isabella Piro – Vatican News

O Papa Francisco dispôs uma visita apostólica à arquidiocese de Colônia, na Alemanha, para obter um quadro completo da questão dos abusos. A tarefa foi confiada ao cardeal Anders Aborelius, bispo de Estocolmo, e a dom Johannes van den Hende, bispo de Roterdã e presidente da Conferência Episcopal Holandesa.

“Durante a primeira quinzena de junho, afirma a carta da Nunciatura Apostólica de Berlim, os enviados da Santa Sé terão uma visão global da complexa situação pastoral da arquidiocese e, ao mesmo tempo, examinarão possíveis erros cometidos pelo cardeal Rainer Maria Woelki, assim como pelo arcebispo de Hamburgo, dom Stefan Heße, e pelos auxiliares (de Colônia) dom Dominikus Schwaderlapp e Ansgar Puff, sobre casos de abuso sexual”.

Deve-se lembrar que em 18 de março foi apresentado o "Relatório independente sobre o combate ao abuso sexual na Arquidiocese de Colônia", comissionado em outubro de 2020 pelo próprio arcebispo Woelki, resultado de uma investigação realizada pelo escritório de advocacia Gercke & Wollschläger. O documento, com mais de 800 páginas, cobre o período de 1975 a 2018 com o objetivo de identificar as lacunas e violações legais existentes, assim como os responsáveis. Em particular, o Relatório se refere a 314 vítimas de abuso sexual, todas menores, exceto uma, e 202 agressores, dos quais quase dois terços pertencentes ao clero.

“Acolho com fervor”, afirma o cardeal Woelki numa nota divulgada nesta sexta-feira (28/05), no site da arquidiocese, “o fato de que, com a visita apostólica, o Papa querer obter um quadro pessoal da investigação independente e de suas consequências”. “Apoiarei o cardeal Arborelius e o bispo van den Hende em seu trabalho com plena convicção. Aceito tudo o que for necessário para uma avaliação objetiva”, conclui o cardeal.