Editais

Papa ganha Bíblia traduzida em dialeto piacentino: 8 anos de trabalho feito rezando





A história foi contada ao final do Angelus deste domingo (30) pelo próprio Pontífice. Francisco recebeu pela manhã o autor da tradução da Bíblia feita em dialeto piacentino, da região italiana de Emília Romanha. O trabalho árduo percorreu longos 8 anos e, segundo relatou o Papa, o tradutor fez o serviço"lendo, rezando e traduzindo": "vamos aprender do exemplo desse homem que, durante 8 anos, trabalhou para entender isso. E me dizia: 'fazia isso rezando".

Fonte: Andressa Collet - Vatican News

Ao improvisar, no final da oração mariana do Angelus deste domingo (30), o Papa compartilhou com os fiéis presentes na Praça São Pedro sobre a visita que recebeu no Vaticano durante a manhã. Um pequeno grupo de fiéis que o presentou com a tradução da Bíblia toda feita dialeto piacentino, da província italiana de Piacenza, região norte de Emília Romanha.

“E um homem que a fez: 8 anos de trabalho! Escrita, são oito volumes, tudo em dialeto. E ele, que estava presente, me disse que lia, rezava e traduzia. Eu gostaria de agradecer esse gesto e também, mais uma vez, dizer-lhes para ler a Bíblia, ler a Palavra de Deus para encontrar ali a força da nossa vida e também - e nisso me repito - levar sempre com vocês o Novo Testamento, um Evangelho de bolso: na bolsa, no bolso, para poder lê-lo em qualquer momento do dia. Desta forma, encontraremos Jesus na Sagrada Escritura. Aprendamos com o exemplo desse homem que durante 8 anos trabalhou para entender isso. E me dizia: 'fazia isso rezando'.”

O protagonista dessa história é Luigi Zuccheri, um aposentado de 78 anos, que entregou ao Papa a tradução da "Bíblia in piasintein", a Bíblia em dialeto piacentino. De fato, ele é natural de Alseno, município na região italiana da Emília Romanha que fica entre Piacenza e Parma.

Há alguns meses, relatou a Cúria de Piacenza, Luigi Zuccheri havia levado ao bispo de Piacenza-Bobbio, dom Adriano Cevolotto, uma cópia da sua Bíblia em dialeto e as notícias locais haviam dado destaque a um trabalho realizado com a antiga paixão da caligrafia, que começou em pequenas folhas de papel e se transformou numa obra de elegante tipografia, graças à ajuda de um empresário italiano. E, agora, o último passo e o mais inesperado, um lugar entre as prateleiras do Vaticano onde descansam infinitas obras-primas.