Saúde

Em 3 anos do Programa de Controle do Tabagismo, 800 pessoas pararam de fumar em Macapá





 

No Amapá, apenas a capital oferece o tratamento para cessação do tabagismo. Atualmente, 12 unidades de saúde oferecem o serviço, mas, de acordo com a Prefeitura, a meta é ampliá-lo ainda mais.

 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o tabagismo integra o grupo dos transtornos mentais e comportamentais e é a maior causa isolada evitável de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo. É reconhecido como uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e comportamental.

A dependência ocorre pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco. Além disso, obriga os fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas, como: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais: arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.

Algumas dessas substâncias tóxicas também são conhecidas como potenciais irritantes, pois produzem irritação nos olhos, no nariz e na garganta, além de paralisia nos cílios dos brônquios. Desse modo, o tabagismo é causa de aproximadamente 50 doenças, muitas delas incapacitantes e fatais, como câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas.

Em Macapá, desde 2015, existe o Programa de Controle do Tabagismo, que qualifica médicos, enfermeiros e psicólogos para o tratamento do tabagismo. No tratamento, há formações de grupos, que tem duração de um ano. Com o acompanhamento multidisciplinar, há encontros em grupo e atendimento individual. Fornece-se, ainda, de forma gratuita, alguns medicamentos, como os adesivos transdérmicos de nicotina, após a avaliação médica.

Nesta semana, em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) promoveu dois dias de formação continuada aos profissionais. A finalidade é ampliar o tratamento para todas as UBS’s. A formação é voltada para médicos, enfermeiros e profissionais das equipes de Estratégia Saúde da Família.

Redação