Cotidiano

Amapá não movimenta R$ 110 milhões devido a acidentes de trânsito no 1º semestre





 

Segundo a pesquisa, o prejuízo apontado corresponde ao que seria gerado pelo trabalho das vítimas caso não tivessem se acidentado. Entretanto, o valor, apesar de elevado, demonstra uma redução de 23% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Nesta semana, o Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), órgão da Escola Nacional de Seguros, divulgou um levantamento sobre os acidentes de trânsito ocorridos no Brasil e suas consequências econômicas. Os números recém apresentados são referentes ao primeiro semestre de 2018. Neste período, o Amapá registrou 37 mortes no trânsito e 34 pessoas ficaram debilitadas por consequência dos acidentes.

Por consequência, o estado deixou de movimentar, aproximadamente, R$ 110 milhões. Segundo a pesquisa, o prejuízo apontado corresponde ao que seria gerado pelo trabalho das vítimas caso não tivessem se acidentado. Entretanto, o valor, apesar de elevado, demonstra uma redução de 23% em relação ao mesmo período do ano passado, que apontava prejuízo de R$ 150 milhões.

No Brasil, os acidentes graves causaram um impacto econômico de R$ 96,5 bilhões nos primeiros seis meses deste ano. O total equivale à perda da capacidade produtiva decorrente de 19,3 mil mortes e 20 mil casos de invalidez permanente. A maioria dos acidentados está na idade economicamente ativa, com idades entre 18 e 65 anos, é motociclista e é do sexo masculino.

O Amapá foi um dos três estados brasileiros com as maiores reduções no cálculo das perdas, ficando atrás somente de Rio Grande do Sul (-26%), Acre (-24%) e Santa Catarina (-23%), com o mesmo percentual. O levantamento também identificou ampliação das perdas em alguns estados. Entre eles, destacaram-se: Amazonas (+27%), Roraima (+25%) e Mato Grosso (+22%).

Os dados divulgados pelo CPES, na Semana Nacional de Trânsito, foram analisados com base nos indicadores do seguro DPVAT (obrigatório contra acidentes de trânsito) e propõe a discussão sobre a segurança no trânsito, principalmente no segundo semestre do ano, quando ocorrem feriados mais prolongados e as festas de ano que, segundo o CPES, aumentam os números de acidentes.

Em Macapá, a Prefeitura está realizando ações de educação permanentes em escolas públicas e privadas levando os conceitos de respeito ao pedestre e às leis de trânsito, em alusão à Semana Nacional do Trânsito. Este ano, devido ao alto índice de infrações, a ênfase da campanha está no uso do cinto de segurança.

“Somente em agosto, quase 80% do total de infrações registradas pela CTMac foi pela falta do uso do cinto de segurança, tanto por condutores quanto por passageiros. Estamos dando esse alerta importante para a população, pois o simples ato de usar o cinto salva muitas vidas”, afirma André Lima, diretor-presidente da Companhia de Trânsito.

 Redação