Cotidiano

82 localidades amapaenses terão transmissão dos votos via satélite





 

O Amapá tem a quarta maior demando entre todas as Unidades da Federação. O Amazonas, por sua vez, é o estado com a maior demanda da utilização do serviço. Ele será necessário em 380 localidades de 53 cidades do estado.

Redação

Nas Eleições 2018, cerca de 1.279 localidades em 353 cidades do país sem estrutura de telecomunicação e energia elétrica terão as transmissões dos votos via satélite. Aldeias indígenas, seringais, comunidades ribeirinhas, quilombos, assentamentos rurais e vilarejos isolados terão uma apuração mais rápida que a dos grandes centros urbanos. As informações são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o órgão, antes da utilização do sistema via satélite, demorava-se mais de 48 horas para finalizar as eleições, devido dificuldade de acesso. Com a utilização dos satélites, o resultado passou a ser publicado no mesmo dia do pleito. A transmissão dos votos dura aproximadamente 3 minutos.

Assim, no dia da votação, os votos computados pela urna eletrônica são enviados via satélite para o Tribunal Regional Eleitoral (TER) de cada estado. Após a transmissão, os dados são conferidos com os boletins de urnas que são impressos antes de iniciar o procedimento.

No Amapá, serão 82 localidades ao todo. O estado tem a quarta maior demando entre todas as Unidades da Federação. O Amazonas, por sua vez, é o estado com a maior demanda da utilização do serviço. Ele será necessário em 380 localidades de 53 cidades do estado.

De acordo com o Tribunal Regional do Amazonas, para que 185 índios possam votar na comunidade do Riozinho (Nhamundá), por exemplo, a equipe do tribunal enfrenta uma jornada de 12 horas de barco.

O mesmo tempo de viagem é estimado para a aldeia Kassauá, também no estado. Para esta área, a equipe de quatro pessoas (mesários, técnicos de transmissão e segurança) enfrenta 23 corredeiras, nas quais os ocupantes da embarcação têm que sair e empurrá-la rio acima, ou arrastá-la pela margem.

O TRE-AM destaca ainda que a escassa e precária malha rodoviária torna o transporte fluvial o principal meio pelo qual as urnas chegam a seu destino no estado. Contudo, em muitos locais de votação, a grande distância ou a dificuldade de acesso devido à época do ano faz com que seja necessário o uso de aviões e helicópteros. Nos locais mais difíceis, as equipes são enviadas com antecedência para evitar imprevistos.

O Pará também se destaca na quantidade de locais com necessidade de utilização da transmissão via satélite. São 337 pontos em 65 cidades. Além dele e do Amazonas, o serviço foi solicitados pelos tribunais de outros 13 estados. Veja o total por estado:

Segundo o TSE, a utilização da transmissão via satélite dos votos está estabilizada no país. Nas últimas eleições presidenciais, em 2014, por exemplo, foram usados 1.464 equipamentos. Em 2010, o número foi parecido: 1.423. O total de aparelhos usados nas eleições deste ano, no entanto, ainda pode sofrer modificações até o dia da votação.