Esporte

Djokovic vai à final de Wimbledon e fica a um passo de igualar recorde de Nadal e Federer





Número 1 do mundo, sérvio vence Shapovalov e agora busca o hexa em Londres para alcançar 20 troféus de Grand Slams e igualar espanhol e suíço

Atual bicampeão e dono de cinco títulos em Wimbledon, o número #1 do mundo Novak Djokovic vai buscar o hexa na grama sagrada de Londres. Mais que isso, ele está a uma vitória de igualar o recorde de títulos de Grand Slams de Rafael Nadal e Roger Federer - hoje com 20 cada, contra 19 do sérvio. Djokovic derrotou nesta sexta o canadense Denis Shapovalov (#12) por 3 sets a 0, parciais de 7/6 (3), 7/5 e 7/5, em 2h44, para chegar à final. Agora terá pela frente o italiano Matteo Berrettini.  

O sérvio já saiu com o troféu em Wimbledon em outras cinco ocasiões (2011, 2014, 2015, 2018 e 2019), além de ter sido vice-campeão em 2013. Essa é a 30ª final de Grand Slam da carreira de Nole, que busca manter o bom aproveitamento de 65,5% - são 19 triunfos em 29 decisões até aqui. 

Djokovic está na final de Wimbledon pela sexta vez — Foto: TPN / Getty Images

Djokovic está na final de Wimbledon pela sexta vez — Foto: TPN / Getty Images 

Com a vitória de hoje, sua 17ª seguida em 2021, Nole manteve o embalo atuando na grama e estendeu ainda mais sua invencibilidade em Wimbledon, que já dura quatro anos. Sua última derrota no torneio londrino foi em 2017, quando perdeu para o tcheco Tomas Berdych. Já Shapovalov, que deixou a quadra emocionado e sem segurar as lágrimas, garantiu sua entrada no top 10 da ATP. 

Jogando um tênis muito agressivo, Shapovalov, que foi campeão juvenil de Wimbledon há cinco anos, começou o jogo acoando o número um do mundo e comandando as ações. Com uma quebra nos games iniciais, abriu 3/1 e a partir daí controlou a liderança no placar. O canadense, que não havia sido pressionado até então, acabou sentindo na hora de sacar para o set, cometeu erros bobos e viu Djokovic empatar a parcial. 

A decisão foi para o tie-break, onde o sérvio fez valer a solidez e a consistência para explorar muito bem os momentos de oscilação de Shapovalov, que já não estava mais calibrado como antes. Em vantagem desde os primeiros pontos, Nole fechou em 7/6 (7-3) após uma dupla falta do canadense. 

Assim como na parcial anterior, Shapovalov foi para cima e chegou a ter chances, mas Djokovic se manteve concentrado o tempo inteiro para frustrar todas as tentativas do adversário. Já o canadense, por sua vez, voltou a sentir e a errar nos momentos decisivos. Com uma quebra conquistada no 11º game - a única em todo o set -, o líder do ranking fez 7/5 e abriu 2 a 0 na partida. 

O terceiro set foi muito aberto e com oportunidades para os dois tenistas, que sacaram com firmeza e mantiveram o equilíbrio durante toda a parcial. Porém, na parte final, o roteiro do penúltimo set se repetiu. Enquanto o sérvio não deu nenhum ponto de graça, Shapovalov forçou algumas jogadas e cometeu erros que foram cruciais para o resultado do confronto. Aproveitando um único break, Djokovic decretou o triunfo novamente por 7/5 com um ace. 

Djokovic pentacampeão de Wimbledon — Foto: Julian Finney / Getty Images

Djokovic pentacampeão de Wimbledon — Foto: Julian Finney / Getty Images 

O adversário de Djokovic na partida que vale o título vai ser Matteo Berrettini (#9), que se tornou o primeiro italiano na história a se classificar para a final de Wimbledon ao vencer o polonês Hubert Hurkacz (#18) por 3 sets a 1, parciais de 6/3, 6/0, 6/7 (3) e 6/4, em 2h37 de duelo. Essa é também a estreia de Berrettini em decisões de Grand Slam. Seu melhor desempenho anteriormente havia sido no US Open, em 2019, quando parou na semifinal. 

Esse vai ser o terceiro encontro entre os dois. Nas outras duas ocasiões, Djokovic levou a melhor perdendo apenas um set. Os triunfos foram em Roland Garros, nessa mesma temporada, e no ATP Finals, em 2019. 

Berrettini é finalista em Wimbledon — Foto: TPN / Getty Images

Berrettini é finalista em Wimbledon — Foto: TPN / Getty Images

Fonte: Globo Esporte