Saúde

Ciro Nogueira quer unificar ações políticas e pacificar relação com Congresso





O novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, entra no governo com o objetivo de unificar as ações políticas e pacificar a relação do Planalto com o Congresso. Para isso, ele irá trabalhar em silêncio, sem dar entrevistas além das conversas eventuais com repórteres na entrada ou saída do Planalto e de cerimônias, segundo apurou o Poder360.

Ciro Nogueira aceitou o convite do presidente e deve tomar posse “o mais rápido possível” do principal ministério do Planalto e do governo. Um de seus principais objetivos será tentar dialogar com o Congresso para diminuir os atritos e os golpes ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como as ações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado.

Outro dos temas que ficará sob responsabilidade de Ciro Nogueira é a questão do voto impresso. Defendido por Bolsonaro e sua base, o comprovante impresso de voto encontra obstáculos e tem histórico de derrotas. A solução em que o ministro irá apostar é a de mais auditorias.

Ciro Nogueira pretende conversar com universidades, como a Unicamp(Universidade Estadual de Campinas), para aumentar o sistema de auditagem da votação. Também deseja verificar se os próprios partidos podem contratar e bancar uma auditoria externa para dar mais credibilidade ao processo.

O novo ministro também vai tentar criar outra forma de comprovação auditável dos votos. Uma opção seria os chamados BUs (Boletins de Urna), que já são impressos em cada urna eletrônica, antes que os resultados sejam enviados para a Justiça Eleitoral. A ideia é usar esses comprovantes para uma nova forma de auditoria da eleição.

Alternativas para a implementação do voto impresso são vistas como necessárias pelo governo. O presidente Bolsonaro já afirmou não “acreditar”mais ser possível a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que institui o comprovante impresso do voto nas eleições estaduais, municipais e federais.

“Não acredito mais que passe na Câmara o voto impresso, tá? A gente faz o possível. Vamos ver como é que fica”, afirmou, ao ser questionado por apoiadores sobre o tema no dia 19 de julho.

Fonte: Poder360