Economia

Dólar e Bolsa caem; moeda chega a R$ 5,197 após três altas





dólar comercial fechou o dia em baixa de 0,96%, cotado a R$ 5,197 na venda, após três altas consecutivas.

Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), cedeu 0,66%, chegando aos 122.202,47 pontos, em meio a uma bateria de balanços corporativos. Na primeira etapa do pregão, chegou a subir a 123.512,77, mas fechou em queda, puxada principalmente pelas ações do Iguatemi (IGTA3), que acumularam 3,56% de perda.

A pauta macroeconômica doméstica ocupou os holofotes da sessão, com a ata da última reunião de política monetária do Banco Central e o desempenho de julho da inflação oficial do país medida pelo IPCA.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Subida dos juros

Fornecendo apoio ao real, a ata do Copom, divulgada mais cedo, indicou que apertos seguidos e sem interrupção nos juros básicos são necessários para levar a taxa Selic para patamar acima do neutro, para que assim as projeções de inflação fiquem na meta.

Dados desta terça-feira mostraram que a inflação oficial brasileira acelerou com força em julho e atingiu o nível mais alto para o mês em quase 20 anos ainda sob intensa pressão dos preços da energia elétrica, levando a taxa acumulada em 12 meses a encostar em 9%.

"As pressões inflacionárias altas e em disseminação, pressões intensas na inflação de custos e a perspectiva construtiva para a atividade durante o segundo semestre de 2021 e mais estímulo fiscal devem levar o Banco Central a continuar a normalizar a política monetária e, possivelmente, antecipar e acelerar o caminho até a neutralidade da política monetária", escreveu Alberto Ramos, do Goldman Sachs, em relatório.

Juros mais altos no Brasil tendem a elevar a atratividade do mercado de renda fixa local, intensificando a entrada de recursos estrangeiros e, consequentemente, elevando a oferta de dólares no país. Desta forma, a tendência é de desvalorização da moeda norte-americana.

Fonte: UOL com Reuters