Cultura

O Papa: continuem como artesãos de paz na Península coreana





”Precisamos redescobrir a importância da missão de cada batizado, que é chamado a ser em toda parte um trabalhador de paz e de esperança, disposto, como o Bom Samaritano, a curvar-se sobre as feridas de todos aqueles que anseiam por amor, ajuda ou simplesmente um olhar fraterno”, diz Francisco na mensagem à comunidade coreana de Roma por ocasião da celebração deste sábado (21/08) na Basílica de São Pedro pelos 200 anos de nascimento de Santo André Kim Taegon, primeiro sacerdote católico coreano

“Deus Pai quis dar na pessoa de Santo André Kim um testemunho exemplar de fé heroica e um apóstolo incansável da evangelização em tempos difíceis, marcados pela perseguição e pelo sofrimento de seu povo.”

É o que diz o Papa Francisco na mensagem por ocasião da celebração na tarde deste sábado (21/08), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo bicentenário de nascimento de Santo André Kim Taegon, primeiro sacerdote católico coreano, cuja missa foi presidida pelo prefeito da Congregação para o Clero, o arcebispo coreano Lazarus You Heung-sik.

Ele, juntamente com seus Companheiros, disse o Santo Padre, “mostrou com alegre esperança que o bem prevalece sempre, porque o amor de Deus vence o ódio”.

Redescobrir a importância da missão de cada batizado

“Também hoje, diante das muitas manifestações do mal que desfiguram o belo rosto do homem, criado à imagem e semelhança de Deus, precisamos redescobrir a importância da missão de cada batizado, que é chamado a ser em toda parte um trabalhador de paz e de esperança, disposto, como o Bom Samaritano, a curvar-se sobre as feridas de todos aqueles que anseiam por amor, ajuda ou simplesmente um olhar fraterno”, lê-se ainda na mensagem.

O Pontífice aproveita a oportunidade para agradecer de todo o coração a toda a comunidade eclesial coreana por sua grande generosidade em apoiar a campanha de vacinação anticovid-19 em favor dos países mais pobres.

Francisco conclui fazendo votos de que aqueles que estão trabalhando pela reconciliação na Península coreana continuem com o compromisso renovado de serem bons artesãos de paz, encorajando a todos a um diálogo respeitoso e construtivo para um futuro cada vez mais brilhante.

O Papa às Igrejas metodista e valdense: cresçam abertura e conhecimento

Após a suspensão em 2020 devido à pandemia, o Sínodo, convocado este ano de forma mista, em parte em presença e em parte à distância, tem início no domingo, 22 de agosto, em Torre Pellice, Turim, no Piemonte, noroeste da Itália. Às 10h locais, o culto de abertura acompanhado da saudação fraterna de Francisco na mensagem enviada aos participantes

Francisco se faz presente na abertura do Sínodo das Igrejas metodista e valdense, em Turim, com uma mensagem assinada pelo cardeal secretário de Estado Pietro Parolin dirigida ao bispo de Pinerolo e presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo, dom Derio Olivero.

A saudação fraterna do Papa se une à sua oração de louvor pela "abertura" e "conhecimento" que alimentam as relações mútuas. Nas palavras do Pontífice, também a esperança de que todos os cristãos se esforcem para "continuar com generosidade no caminho da plena comunhão", testemunhando com alegria o Evangelho e promovendo "os valores da justiça, da paz e da solidariedade", com especial atenção para os "descartados".

O trabalho e os temas sobre a mesa

Os trabalhos do Sínodo, que terminará em 25 de agosto, serão realizados em Torre Pellice presencialmente com a Mesa valdense, a Comissão de exame e as Comissões administrativas, enquanto os membros do Sínodo participarão remotamente através de uma conexão on-line.

Vários temas estarão na agenda, assim como duas consagrações programadas, do candidato ao ministério pastoral Gabriele Bertin e da diácona Monica Natali. Um amplo espaço será dado ao testemunho das Igrejas na sociedade pós-covid, como explica o pastor Pawel Gajewski, relator da Comissão de exames. "A pandemia nos marcou, causando criticismo, mas também fazendo florescer a resiliência e a solidariedade".

"Agora precisamos ver a que ponto nos encontramos e que horizontes estão se abrindo diante de nós. Precisamos fazer um balanço de nossos trabalhos diaconais e da relação entre a pregação e a diakonia. Falaremos da formação permanente, que deve ser orgânica, incluída nas agendas das Igrejas locais, atenta à fisionomia e às necessidades de cada comunidade."

Outros temas importantes serão os programas para a juventude, a questão da saúde e a relação com a criação, também em referência aos dezessete objetivos da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de 2030, assinada por 193 países membros das Nações Unidas. E depois, entre outros, acrescenta Gajewski, "as celebrações de 2032, quinhentos anos após o Sínodo de Chanforan, em que os valdenses decidiram aderir à Reforma".

Assim, no domingo, dia 22, às 10h, o culto de abertura no templo de Torre Pellice, presidido pelo pastor Winfrid Pfannkuche; depois, na segunda-feira, dia 23, uma noite pública organizada pela Mesa valdense sobre o tema "Próxima geração UE? Os jovens e a Europa entre o sonho da recuperação e o risco da marginalidade, e na quarta-feira 25 às 21h "Fronteiras diaconais" do jardim da Casa valdense sobre o tema "Pensamento teológico e diaconal".

Fonte: Raimundo de Lima - Vatican News