Saúde

Doses de reforço de vacinas da Covid-19 devem ser atrasadas, diz diretor da OMS





Variantes ainda mais fortes do coronavírus podem surgir em países vulneráveis que não tiveram acesso amplo às vacinas, destacou Tedros Adhanom Ghebreyesus

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira (23) que as doses de reforço das vacinas contra a Covid-19 devem ser adiadas, pois a prioridade deve ser dada ao aumento das taxas de vacinação em países onde apenas 1% ou 2% da população foi imunizada.

Se as taxas de vacinação não forem aumentadas globalmente, variantes mais fortes do coronavírus podem se desenvolver e vacinas destinadas como doses de reforço devem ser doadas a países onde as pessoas não receberam sua primeira ou segunda dose, disse ele durante visita a Budapeste.

“Além disso, há um debate sobre a efetividade ou não da dose extra da vacina”, complementou Ghebreyesus em uma coletiva de imprensa com o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto.

Para o diretor-geral da OMS, os que possuem um sistema imunológico comprometido deverão tomar uma dose de reforço, mas eles representam apenas uma pequena porcentagem da população.

A OMS afirmou na última semana que os dados atualmente disponíveis não indicam que uma dose extra de alguma das vacinas contra a Covid-19 sejam necessárias, e que a maior parte das pessoas em vulnerabilidade ao redor do mundo deveriam ser completamente vacinas antes que uma ação do gênero seja tomada por países ricos.

Os Estados Unidos anunciaram na última semana que planejam disponibilizar doses de reforço das vacinas contra a Covid-19 a partir de 20 de setembro, baseado no aumento dos casos da variante Delta no país.

FDA concede registro definitivo para a vacina da Pfizer contra Covid nos EUA

Vacina Comirnaty passa a ter indicação definitiva para pessoas com 16 anos ou mais e continua com uso emergencial para adolescentes de 12 a 15 anos nos EUA

A Agência reguladora dos Estados Unidos (FDA) concedeu nesta segunda-feira (23) o registro definitivo para a vacina da Pfizer contra a Covid-19.

“A aprovação desta vacina pelo FDA é um marco à medida que continuamos a lutar contra a pandemia de Covid-19”, declarou a Dra. Janet Woodcock, chefe do FDA.

A vacina Comirnaty para a prevenção da doença Covid-19 passa a ter indicação definitiva para pessoas com 16 anos ou mais. A vacina também continua disponível sob autorização de uso de emergencial nos EUA para adolescentes de 12 a 15 anos e para a administração de uma terceira dose em pessoas imunocomprometidas, disse o FDA em nota.

“Embora esta e outras vacinas tenham atendido aos rigorosos padrões científicos da FDA para autorização de uso de emergência, como a primeira vacina Covid-19 aprovada pela FDA, o público pode estar muito confiante de que esta vacina atende aos altos padrões de segurança, eficácia e qualidade de fabricação”, disse Woodcock.

Para poder autorizar o registro definitivo, o FDA diz ter feito uma avaliação “incrivelmente completa e cuidadosa dessa vacina”, sefundo o diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, Peter Marks.

“Avaliamos dados científicos e informações incluídas em centenas de milhares de páginas, conduzimos nossas próprias análises de segurança e eficácia da Comirnaty e realizamos uma avaliação detalhada dos processos de fabricação, incluindo inspeções das instalações de fabricação”, disse em nota.

Como funciona a vacina da Pfizer

A vacina Pfizer/BioNTech utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). O material genético sintético, que carrega o código genético do SARS-CoV-2, estimula o organismo a gerar anticorpos contra o vírus.

Em outras palavras, o objetivo é que o mRNA sintético dê as instruções ao corpo humano para a produção de proteínas encontradas na superfície do vírus. São essas proteínas que levam à resposta do sistema imunológico e trazem a proteção para o indivíduo.

As vacinas de RNA mensageiro são um novo tipo de imunizante, considerado de terceira geração, que também tem como objetivo proteger as pessoas de doenças infecciosas.

Fonte: CNN Brasil