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Primeira medalha dourada da modalidade nas Paralimpíadas 2020 é brasileira, conquistada em uma prova emocionante nos 5.000m T11

Que prova, amigos! Yeltsin Jacques é ouro nos 5.000m masculino T11, para cegos, nas Paralimpíadas de Tóquio, conquistando a primeira medalha dourada do atletismo brasileiro logo na estreia da modalidade nos Jogos. Numa corrida emocionante, Yeltsin começou liderando e manteve a ponta até faltarem apenas 400m para o fim, quando foi ultrapassado pelo japonês Kenya Karasawa. Para quem assistia, parecia que não daria mais tempo de ele se recuperar. Mas Yeltsin não se deu por vencido e, numa arrancada sensacional, retomou a liderança na última volta, já pertinho da linha de chegada. E atravessou-a em primeiro, ao lado do atleta-guia Carlos Antônio dos Santos, com o tempo de 15min13s62. 

-- Nós treinamos mais de dois anos intensos para essa prova - disse Yeltsin, que comentou como foi a corrida com seus dois guias, que se revezaram ao seu lado. - Foi uma prova de bastante estratégia. Eu já tinha definido uma estratégia prévia próxima a isso e os meninos (guias) foram me passando todas as informações, o Laurindo (Laurindo Nunes Neto, primeiro guia) já tinha me passado. Já vimos quem era quem, aí quando o Carlos (Carlos Antônio dos Santos, segundo guia) entrou, me avisou: 'é o queniano e o japonês'. Como a minha esposa tinha estudado antes, ela me falou tudo que tinha que fazer. 

Ouro nos 1.500m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019 e nos 1.500m e nos 5.000m nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, Yeltsin tem ainda prata nos 1.500m e bronze nos 800m no Mundial de 2013 na França. Mas essa é primeira medalha paralímpica do atleta de 29 anos. 

Nas provas em que os atletas optam por dois guias, para que nenhum fique exausto durante a corrida, apenas um pode acompanhar o medalhista ao pódio. Laurindo Nunes Neto acompanhou Yeltsin nesse grande momento. 

- Ontem a gente analisou o quadro de medalhas e viu que se a gente conseguisse esse ouro, ia ajudar muito o Brasil. É uma honra ouvir o hino nacional - disse Yeltsin após o pódio.  

Yeltsin Jacques e o atleta-guia Carlos Antônio dos Santos na chegada para o ouro nos 5000m T11 nas Paralimpíadas de Tóquio 2020 — Foto: Wander Roberto /CPB 

O atleta ainda vai disputar os 1.500m e a maratona. 

- Mas a maratona não é foco para medalha de ouro - ressalvou. - Então estou muito feliz com o resultado do 5.000, vou buscar o ouro no 1.500 e, na maratona, eu espero que seja uma prova dura, no calor, como essa, que me favorece, quem sabe a gente consiga mais uma medalha para ajudar o Brasil no quadro de medalhas. 

Nos 5.000m, o resto do pódio foi de atletas da casa. Os japoneses Kenya Karasawa, com 15min18s12, e Shinya Wada, com 15min21s03, ficaram com a prata e o bronze, respectivamente. Na mesma prova, Júlio Cesar Agripino dos Santos chegou na sétima posição, completando a distância em 16min26s31.

Brasil tem seis nadadores nas finais desta sexta-feira

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A natação brasileira classificou seis atletas para as finais que serão disputadas a partir das 5h (horário de Brasília) desta sexta-feira (27). Gabriel Bandeira, Daniel Dias, Wendell Pereira, Matheus Rheine, Joana Neves e Esthefany Rodrigues se credenciaram para a decisão após disputarem provas eliminatórias na noite desta quinta-feira (26).

Gabriel Bandeira se classificou para a final dos 200 metros (m) livre classe S14 com o tempo de 1min57s73, a terceira melhor das eliminatórias. O atleta já conseguiu um ouro em Tóquio.

Já Daniel Dias fez 37s27 na semifinal dos 50 m borboleta classe S5 e ficou com o sexto melhor tempo das eliminatórias. Já nos 50 m livre classe S11 dois brasileiros conseguiram vaga na final. Wendell Pereira foi o segundo melhor das eliminatórias, com 26s47, enquanto Matheus Rheine fez o quarto melhor tempo, de 27s17.

O Brasil também conseguiu colocar duas atletas na final dos 50 m borboleta feminino classe S5. Joana Neves fez 46s32, o sexto melhor tempo das eliminatórias. Já Esthefany Rodrigues, com 47s24, fez a sétima melhor marca.

Thiego Marques e Karla Cardoso caem no judô

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O brasileiro Thiego Marques perdeu para o japonês Takaaki Hirai na disputa das oitavas de final do judô masculino, categoria até 60 kg, na Paralimpíada de Tóquio (Japão), na madrugada desta sexta-feira (27) no Budokan. O brasileiro havia conquistado um waza-ari, mas acabou sofrendo um ippon, golpe de maior pontuação e que encerra a luta.

Quem também tropeçou foi Karla Cardoso. Incialmente ela foi derrotada nas quartas-de-final da categoria até 52 kg feminino pela alemã Ramona Brussig, também por ippon.

Assim, Karla foi para a repescagem, onde enfrentou Alesia Stepaniuk, do Comitê Paralímpico Russo. Neste combate a brasileira sofreu duas punições e não conseguiu pontuar, e, por fim, acabou sofrendo um ippon e foi eliminada dos Jogos.

O judô brasileiro ainda está representado em Tóquio. Harlley Damião Arruda e Lúcia Araújo lutam na noite de sexta-feira (27), horário de Brasília. No dia seguinte, Arthur Cavalcante da Silva, Willians Araújo, Antônio Tenório da Silva, Alana Maldonado e Meg Emmerich entram no tatame.

Brasil não se classifica para finais do ciclismo de perseguição

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O Brasil ficou fora das finais do ciclismo de perseguição nas classes C4 e C5. André Grizante (C4) e Lauro Chaman (C5) ficaram, respectivamente, na sétima e na sexta posições de suas eliminatórias.

Chaman fez uma boa bateria, e terminou com o tempo de 4min25s684. Na sua bateria ele dividiu a pista com o francês Dorian Foulon, que quebrou o recorde mundial da prova com 4min18s274. Foram dez participantes nas eliminatórias da classe C5, mas no ciclismo de perseguição apenas os dois melhores tempos passam à disputa do ouro. Além disso, o terceiro e o quarto tempos vão à disputa do bronze.

Grizante entrou sozinho na pista em sua bateria na classe C4, porque o número de atletas na sua eliminatória era ímpar. Isso, no entanto, não influencia o resultado, porque na modalidade o que conta é o tempo em que são percorridos os 4 quilômetros, e não quem fica em primeiro na bateria. E, correndo sozinho na pista, Crisante fez o tempo de 5min01s461, o último das eliminatórias.

 

Tóquio: seleção feminina arranca empate com Japão no goalball

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A seleção feminina de goalball arrancou um empate de 4 a 4 com o Japão na Paralimpíada de Tóquio (Japão), no Centro de Convenções Makuhari Messe na noite desta quinta-feira (26) em partida válida pelo Grupo D.

O Japão chegou a abrir uma vantagem de três gols de vantagem logo no início da partida, graças a gols de Yuki Temma e Norika Hagiwara (dois).

Mas, na etapa final, o Brasil marcou 4 gols, com Carol Duarte e Victoria Amorim, duas vezes cada, enquanto Hagiwara fez mais um, fechando o placar em 4 a 4.

Na estreia da competição, o Brasil perdeu de 6 a 4 para os Estados Unidos. O próximo desafio é contra a Turquia.

Fonte: Globo Esporte - Agência Brasil