Esporte

Paralimpíada: Fernando Rufino conquista ouro na canoagem





O brasileiro Fernando Rufino conquistou a primeira medalha de ouro da história da canoagem brasileira em uma edição de Paralimpíada. O atleta, que é conhecido como cowboy, venceu, na noite desta sexta-feira (3), a prova dos 200 metros (m) classe VL2 com o tempo de 53s077.

O brasileiro fez uma prova forte, assumindo a ponta desde o início. A cada remada ele se distanciava mais dos adversários, e cruzou a chegada quase dois segundos à frente do segundo colocado.

Rufino venceu na canoagem classe va'a, quando é utilizada a canoa havaiana, que tem como particularidade um flutuador lateral, com braços ligando a canoa ao flutuador.

A prova também contou com a participação de Luís Carlos Cardoso (que foi prata na prova dos 200 m classe KL1), que terminou em sétimo lugar, com o tempo de 56s390.

Giovane de Paula conquista prata na canoagem em Tóquio

Giovane Vieira, canoagem, paralimpíada, tóquio 2020© Miriam Jeske/CPB/Direitos Reservados

O brasileiro Giovane Vieira de Paula conquistou a medalha de prata na prova de canoagem va'a individual 200 metros (m) classe VL3 na Paralimpíada de Tóquio (Japão). O paranaense fez o tempo de 52s148 na prova.

Giovane largou entre os quatro primeiros. O britânico Stuart Wood, atual recordista paralímpico, saiu na frente, mas sustentou a vantagem por pouco tempo. O australiano Curtir McGrath engolia cada metro com potência e velocidade únicas. Enquanto isso, Giovane brigava pela terceira colocação.

Enquanto o australiano colocava mais de meia canoa de vantagem sobre o britânico e encaminhava a vitória, o brasileiro começou a superar seus adversários em uma ótima recuperação. Nos metros finais, alcançou Wood e o ultrapassou, para conquistar a prata com uma diferença de menos de um segundo para o adversário.

O também brasileiro Caio Ribeiro de Carvalho terminou a decisão em sétimo lugar, com o tempo de 53s246.

Giovane venceu na canoagem classe va'a, quando é utilizada a canoa havaiana, que tem como particularidade um flutuador lateral, com braços ligando a canoa ao flutuador.

Thiago Paulino sobe protesta contra decisão que lhe tirou o ouro

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A cerimônia de premiação do arremesso de peso classe F57 da Paralimpíada, realizada no Estádio Olímpico na madrugada deste sábado (4), foi marcada pela polêmica envolvendo a invalidação do resultado da prova final, com a anulação dos dois melhores arremessos do brasileiro Thiago Paulino, que perdeu o ouro e ficou com o bronze. Da chegada à saída do pódio, o brasileiro protestou e expressou sua indignação durante toda a cerimônia.

Paulino subiu ao pódio primeiro, como fazem todos os terceiros colocados, mas, ao passar pelo centro do tablado, na posição do medalhista de ouro, pisou firme e apontou para o chão, como se marcasse sua posição de contrariedade à decisão final. Com aquele gesto ele expressou, sem dizer qualquer palavra, que, na verdade, ele era o legítimo medalhista de ouro.

Durante toda cerimônia de premiação, Paulino mostrou sua revolta com o ocorrido. Sinalizou negativamente várias vezes, inclusive quando recebeu a medalha de bronze. No momento das fotos, Paulino abaixou a cabeça e ergueu o punho direito. Além dele, o também brasileiro Marco Aurélio Borges participou da premiação, ficando com a prata.

Chineses apelam ao júri do IPC

Thiago Paulino perdeu a medalha de ouro mais de dez horas após conquistá-la. O Comitê Paralímpico Chinês entrou com um recurso contra o segundo e o terceiro arremessos do brasileiro. Os dois arremessos foram os melhores entre os de todos os competidores, e o maior deles, de 15,10 metros (m), foi o da medalha de ouro. Com a invalidação, Paulino caiu para o terceiro lugar, com a sua melhor marca ainda válida sendo de 14,77 m.

A prova acabou às 9h50 (horário de Brasília) da sexta-feira, e perto das 21h do mesmo dia veio a decisão da organização dos jogos aceitando uma apelação da China, que invalidou os melhores arremessos de Paulino. Segundo o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), o vídeo oficial dos arremessos foram revisados e os árbitros da prova consultados antes da decisão final.

Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), os chineses protestaram durante e após a prova, mas os árbitros não aceitaram os argumentos. Por isso, foram ao júri de apelação, uma instância do IPC. Esse júri decidiu de forma favorável à apelação, mas não revelou qual imagem mostrava a irregularidade dos arremessos.

“O Brasil apresentou imagens das transmissões de TV dos arremessos em que não havia qualquer indício de infração no movimento de arremesso do atleta, mas a alegação do júri é que o vídeo acusatório seria de outro ângulo, mas se recusou a mostrar o vídeo que embasou a decisão”, afirmou o CPB em nota.

Paralimpíada: Ricardo Gomes é bronze nos 200 m da classe T37

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O brasileiro Ricardo Gomes de Mendonça conquistou a medalha de bronze na prova dos 200 metros (m) classe T37 da Paralimpíada de Tóquio (Japão) no Estádio Olímpico da capital japonesa.

Para alcançar a conquista, o carioca correu a distância em 22s62. O ouro ficou com o norte-americano Nick Mayhugh, que, com 21s91, bateu o recorde mundial da prova. Já a prata ficou com Andrei Vdovin, do Comitê Paralímpico Russo, com 22s24.

O outro brasileiro na prova, Christian Gabriel Luiz da Costa, terminou na oitava posição, com o tempo de 23s49.

 

Brasil não segura Bósnia e fica sem medalha no vôlei sentado masculino

 

Seleção brasileira repete roteiro da Rio 2016 e é superada na disputa pelo bronze; feminino ainda briga por pódio nas Paralimpíadas neste sábado

 

Pela segunda edição consecutiva, o Brasil brigou pela medalha de bronze no vôlei sentado masculino nas Paralimpíadas. Assim como no Rio, os brasileiros entraram em quadra na madrugada deste sábado, já início de tarde em Tóquio, com o peso da história nas mãos. O adversário, dessa vez, era nada menos que a Bósnia e Herzegovina, atual vice-campeã paralímpica e líder do ranking mundial. Superada nas semifinais, a seleção europeia se recuperou da derrota para a Turquia e garantiu o terceiro lugar ao vencer por 3 sets a 1, parciais de 23/25, 25/19, 25/18, 25/11. 

Por um lado o Brasil entrou com o peso de fazer história no Centro de Convenções Makuhari Messe, a Bósnia carregava a missão de se manter no pódio paralímpico. Prata nas Paralimpíadas do Rio, em 2016, e ouro em Londres, a seleção europeia intensificou o ritmo no primeiro set e parecia não abrir mão de largar na frente em busca de mais uma medalha. No entanto, os brasileiros mostraram seu repertório com bons saques e diagonais, segurando o ímpeto rival na defesa. A estratégia deu certo, e a seleção verde-amarela explorou o erro do adversário para carimbar a primeira parcial por 25 a 23. 

Brasil não segura Bósnia e fica sem medalha no vôlei sentado masculino — Foto: Rogério Capela/CPB

Brasil não segura Bósnia e fica sem medalha no vôlei sentado masculino — Foto: Rogério Capela/CPB 

No segundo set, a Bósnia mostrou os motivos de ser uma das potências da modalidade, desenhando um novo panorama para o jogo e abrindo vantagem de dez pontos. O técnico Célio Mediato ainda teve de fazer uma mudança depois que o levantador Daniel Jorge machucou o joelho. Seu xará, Daniel Yoshizawa, entrou com a missão de dar ainda mais munição ao ataque, e conseguiu. Comandados por Anderson e Giba, os brasileiros reagiram e diminuíram a diferença, mas um erro de comunicação custou o set point. Explorando o bloqueio, os bósnios asseguraram a segunda parcial por 25 a 19. 

Brasil em atuação contra a Bósnia pelo vôlei sentado masculino — Foto: REUTERS/Issei Kato

Brasil em atuação contra a Bósnia pelo vôlei sentado masculino — Foto: REUTERS/Issei Kato 

No terceiro set, o Brasil demorou a recuperar o ritmo imprimido na reta final do segundo set. Daniel Jorge retornou ao jogo nos levantamentos, e o roteiro inicial se repetiu. Com bastante dificuldade nos minutos iniciais, os brasileiros chegaram a empatar a partida, com contribuições importantes do capitão Fabrício e Wescley, líder de bloqueios na competição, mas em dia inspirado do atacante Mirzet Duran, a Bósnia emendou outra sequência de pontos para fechar por 25 a 18, virando o jogo em 2 sets a 1. 

Brasil e Bósnia pela disputa pelo bronze no vôlei sentado masculino — Foto: REUTERS/Issei Kato

Brasil e Bósnia pela disputa pelo bronze no vôlei sentado masculino — Foto: REUTERS/Issei Kato 

Precisando vencer o quarto set para levar a partida para o tie-break, o Brasil voltou para a quadra com a missão de reencontrar a agressividade apresentada na primeira parcial. Leandrão, Daniel Yoshizawa e Diogo entraram no jogo, mas não foi suficiente. Presente nas últimas quatro finais paralímpicas, a Bósnia administrou a partida e controlou os ataques, fechando o set decisivo sem dificuldades por 25 a 11. 

Desde que estreou nas Paralimpíadas no vôlei sentado masculino, nos Jogos de Pequim, em 2008, o melhor resultado brasileiro na competição entre os homens foi o quarto lugar na última edição. Além de repetir o feito em Tóquio, a seleção brasileira carrega ainda o bronze no mundial de 2018. 

Brasil e Bósnia pela disputa de bronze no vôlei sentado masculino  — Foto: REUTERS/Issei Kato

Brasil e Bósnia pela disputa de bronze no vôlei sentado masculino — Foto: REUTERS/Issei Kato 

O Brasil encerra a participação em Tóquio com quatro derrotas e uma vitória, conquistada na estreia, pela primeira fase da competição, até cair nas semifinais para o Comitê Paralímpico Russo, por 3 a 1. Já a Bósnia, que perdeu a vaga na final para o Irã, por 3 a 0, chega a sua terceira vitória nesta edição. Iranianos e russos medem forças pelo ouro logo mais, a partir das 7h (de Brasília).  

Brasil ainda briga por medalha no feminino 

Com o quarto lugar garantido entre os homens, o Brasil ainda briga por medalha neste sábado, a partir das 4h30 (de Brasília), no feminino. Bronze na Rio 2016, as brasileiras buscam repetir o resultado em Tóquio, contra o Canadá. A partida contará com transmissão ao vivo no SporTV 2.

 

 

Fonte: Agência Brasil - Globo Esporte