Política

Bolsonaristas ameaçam de morte Alexandre de Moraes e família





Bolsonaristas ameaçam de morte Alexandre de Moraes e família

Homem afirmou em live que empresários querem Alexandre de Moraes (foto) "vivo ou morto" Sérgio Lima/Poder 360 

Às véspera das manifestações do 7 de Setembro e um consequente aumento da tensão entre o Judiciário e o Executivo, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro têm manifestado nas redes sociais ameaças ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e à sua família. Em uma live no TikTok, um homem afirma que um empresário oferece dinheiro “pela cabeça de Moraes”. Em post no Twitter, um ex-PM diz que vai assassinar o magistrado e toda sua família.

“A partir de hoje, nós temos um grupamento no Brasil que vai caçar ministro [do STF] aonde quer que eles estejam”, diz um homem identificado como Márcio Giovani Nique ou “professor Marcinho” no TikTok. Ele afirma que “tem um empresário grande (…) oferecendo grana pela cabeça de Moraes” e que não revelaria naquele momento seu nome, nem sob tortura. “Vivo ou morto querem trazer ele”.

“Agora no Brasil, com os ministros do Supremo, vai ser assim, vai ter prêmio pela cabeça deles”, afirma.

AMEAÇA NO TWITTER

Em resposta a uma publicação do perfil do STF, o ex-PM Cássio Rodrigues Costa Souza chama Moraes de “careca filho da puta” e “advogado do PCC”, afirmando que vai matar o ministro e sua família.

MINISTRO PRESTOU QUEIXA DEPOIS DE OFENSAS EM BAR

Na 6ª feira (3.set.2021), um segurança de Alexandre de Moraes prestou queixa em nome do ministro contra uma pessoa que xingou o magistrado ao sair do Clube Pinheiros, em São Paulo. O episódio foi na madrugada de 5ª para 6ª feira.

Exaltado, o sócio do Pinheiros ficou na calçada depois da meia-noite gritando ofensas em frente ao edifício no qual reside o ministro (que fica próximo ao clube). A segurança pessoal de Moraes então pediu apoio da Polícia Militar para levar essa pessoa até uma delegacia e registrar um boletim de ocorrência.

Homem ofende Moraes em bar, ministro fica sabendo e presta queixa

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes prestou queixa contra uma pessoa que o xingou dentro e na calçada do Clube Pinheiros, em São Paulo, na madrugada de 5ª para 6ª feira (3.set.2021). O magistrado não estava no local no momento, mas seus seguranças ouviram as ofensas e fizeram o registro em seu nome. Eis a íntegra do boletim de ocorrência (495 KB).

Segundo o boletim de ocorrência registrado no 14º Distrito Policial da capital paulista e confirmado pelo Poder360“vigilantes particulares” avisaram a um integrante da escolta pessoal de Alexandre de Moraes que “indivíduos embriagados no interior do clube Pinheiros” estariam “proferindo ameaças e injúrias à pessoa da vítima”.

Alexandre de Moraes é sócio e frequentador assíduo do Pinheiros. Mora bem próximo dali. Integrantes de sua escolta pessoal ficam sempre nas imediações do local.

Ao saber do que se passava (avisado por funcionários do clube), um agente de segurança do ministro do STF foi ao Pinheiros e “constatou da calçada, e, por meio da grade do clube, 4 indivíduos em uma mesa falando alto e ingerindo bebidas alcoólicas”. Requereu então que um profissional do estabelecimento orientasse a todos que “cessassem os insultos e a importunação do sossego alheio”. Tudo teria se acalmado por volta da meia-noite de 5ª para 6ª feira.

Só que mais tarde, no início da madrugada, as ofensas prosseguiram na rua por parte de uma pessoa que saiu do clube. O sócio do Pinheiros Alexandre da Nova Forjaz, que se apresenta como agente publicitário, foi identificado como o que proferiu os xingamentos quase em frente ao edifício do ministro. Ele teria gritado “careca ladrão”“advogado do PCC”“vamos fechar o STF” e “careca filha da puta” [sic]. Toda a vizinhança ouviu, inclusive Alexandre de Moraes.

A partir daí, ainda que o ministro não estivesse presente, o segurança do magistrado “acionou apoio da Polícia Militar, que o apoiou na condução do investigado” até o 14º D.P.

Na delegacia, Alexandre da Nova Forjaz disse que estava no Pinheiros “assistindo a jogo de futebol e que havia [pessoas em] várias mesas insultando a pessoa da vítima [o ministro Alexandre de Moraes]. Negou, entretanto, que estivesse fazendo os xingamentos e que desconhecia quem eram as outras pessoas presentes. O Poder360 tentou entrar em contato com Forjaz, mas ainda não obteve resposta.

Fonte: Poder360