Foi suado, sofrido, mas Novak Djokovic está a um jogo de se tornar o maior vencedor de Grand Slams de todos os tempos. O número 1 do mundo enfrentou o alemão Alexander Zverev pela semifinal do US Open e venceu por 3 sets a 2 (parciais de 4/6, 6/2, 6/4, 4/6 e 6/2). O sérvio agora enfrenta o russo Daniil Medvedev #2 na final. O jogo será no domingo às 17h com transmissão do SporTV3 e tempo real no ge.
Se vencer, Djoko conquistará o 21° Grand Slam da carreira, ultrapassando Roger Federer e Rafael Nadal, ambos com os mesmos 20 títulos atuais do sérvio.
Novak Djokovic vibra com ponto na semifinal do US Open — Foto: Sarah Stier/Getty Images
O jogo começou a esquentar só a partir do sexto game. Após início equilibrado com os dois tenistas confirmando seus respectivos serviços com facilidade, Zverev teve o primeiro break-point num rali sensacional, encerrado o ponto com um voleio. Djokovic respondeu na sequência, salvando o break e virando o game: 4/3 no set.
Minutos depois, porém, não teve jeito. Zverev conseguiu a quebra de serviço e fez 5/4, passando a sacar para o set. Sem dar chances ao sérvio, o alemão tratou de confirmar o seu saque, fechando a parcial em 6/4.
Pressionado, Djokovic voltou melhor para o segundo set, abrindo 3/0 graças a uma quebra de serviço no segundo game. Administrando bem a vantagem, o sérvio fez 5/2, ficando muito perto da vitória na parcial. Aproveitando bem a oportunidade, o número 1 do mundo abriu 15-40 no oitavo game, obtendo dois set points. E a vitória veio num erro de saque de Zverev: 6/2 para Djoko, placar final do set.
Alexander Zverev saiu na frente na partida — Foto: Sarah Stier/Getty Images
O terceiro set começou equilibrado com os dois tenistas confirmando os seus serviços. Como começou sacando, Djokovic fez 5/4, ficando a um game da virada no jogo. Confiante, o sérvio abriu 00-40 no 10° game, se aproximando da vitória. Zverev, por sua vez, não desistiu e diminuiu para 30-40 com direito a um ponto de 53 rebatidas. Só que Djokovic ainda conseguiu a quebra em mais um pontaço, fechando o set em 6/4.
Jogando o seu tudo ou nada no US Open 2021, Alexander Zverev começou bem o quarto set, quebrando o saque de Djokovic logo no terceiro game. Na sequência, ele abriu 3/1, pressionando o sérvio. Mesmo bem na partida, o número 1 do mundo não conseguiu reverter a desvantagem, sofrendo a derrota no set - 4/6. Com isso, a decisão foi ao quinto set para delírio dos amantes do tênis.
Consistente e demonstrando melhor preparo físico, Djokovic largou na frente no set decisivo com direito a quebra de serviço no segundo game. Pouco depois, Zverev continuou cometendo erros, e o sérvio fez 4/0. A partir de então, coube a Djokovic apenas administrar a boa vantagem até confirmar a vitória por 6/2. O número 1 do mundo segue em busca do 21° Grand Slam da carreira.
Daniil Medvedev dominou o canadense Felix Auger-Aliassime e venceu por 6-4, 7-5 e 6-2, para avançar à final do US Open com a ajuda de uma dúzia de aces em pouco mais de duas horas de partida.
O vice-campeão de 2019 pareceu sólido no início, disparando sete aces e sem enfrentar breakpoint no primeiro set, em que cometeu apenas cinco erros não forçados e quebrou o saque de Auger-Aliassime em pontos consecutivos no sétimo game.
Com uma quebra atrás no set seguinte, Medvedev parecia estar em apuros, mas não desistiu, e Auger-Aliassime falhou duas vezes no set point no nono game e permitiu que Medvedev quebrasse o seu saque.
Uma dupla falta de Auger-Aliassime no 11º game (uma de 10 em toda a partida) ajudou Medvedev a conseguir outra quebra de serviço e o segundo set, deixando o russo com a confiança em alta para o terceiro set.
O russo de 1,98 metro exibiu excelente cobertura na quadra com uma agilidade incomum para sua altura, disparando 37 golpes vencedores em comparação com 17 de Auger-Aliassime em toda a partida, com 25 erros não forçados.
“Nunca se sabe para onde a partida vai. Consegui salvar o set point e a partida mudou completamente”, disse Medvedev após disputar sua terceira semifinal seguida no US Open.
“Não acho que joguei meu melhor hoje, mas estou muito feliz por estar na final de domingo”, declarou.
Foi a primeira semifinal de Grand Slam para Auger-Aliassime, de 21 anos, que chegou às quartas de final de Wimbledon neste ano e é considerado um dos jovens mais brilhantes do esporte.
Não foi desta vez que o mineiro Bruno Soares voltou a conquistar o título de duplas do US Open. O brasileiro, número 11 do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), e o britânico Jamie Murray (22º) foram derrotados na decisão pelo norte-americano Rajeev Ram (7º) e pelo britânico Joe Salisbury (6º) por 2 sets a 1, parciais de 3/6, 6/2 e 6/2.
Caso triunfasse, este seria o terceiro título do US Open nas duplas masculinas de Bruno, sendo o segundo consecutivo. No ano passado, o mineiro levou o troféu ao lado do croata Mate Pavic, atual número um do mundo nas duplas. A conquista anterior, porém, foi justamente com Murray, em 2016. No mesmo ano, eles também venceram o Aberto da Austrália. Nas duplas mistas, o brasileiro tem duas taças: em 2012 (junto da russa Ekaterina Makarova) e em 2014 (com a indiana Sania Mirza).
O US Open foi o primeiro torneio que Bruno disputou desde Wimbledon, em junho, quando foi eliminado logo na segunda rodada, ao lado de Murray. O brasileiro disputaria a Olimpíada de Tóquio (Japão), mas teve que passar por uma cirurgia de apêndice já na capital japonesa e não pôde ir à quadra.
A outra representante do Brasil em quadra nesta sexta, a medalhista olímpica Luisa Stefani parou a sua participação no US Open nas semifinais após sofrer uma lesão no joelho direito que a impediu de continuar a partida, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski, contra as norte-americanas Cori Gauff e Catherine McNally.
A partida transcorria com grande equilíbrio no primeiro set, que estava no tie-break, quando a brasileira caiu próximo à rede após, aparentemente, sofrer uma torção de joelho durante um movimento lateral. Ela recebeu atendimento médico e tentou retornar, mas não teve sucesso, tendo que ser retirada de quadra em uma cadeira de rodas. Com isso, a vaga na decisão ficou com a dupla norte-americana.
A cidade de Nova York assistirá a uma batalha de adolescentes na final feminina do Aberto dos Estados Unidos de tênis neste sábado (11), já que a britânica Emma Raducanu se tornou a primeira tenista saída do pré-torneio classificatório a chegar à disputa de um título importante e enfrentará a canadense Leylah Fernández, após ambas deixarem gigantes pelo caminho.
A final no colossal Estádio Arthur Ashe será a primeira decisão de um grande torneio da Era Aberta, seja na chave feminina ou masculina, a contar com tenistas que não são cabeças de chave.
Ela também marcará a primeira final de Grand Slam a ser disputada por duas jogadoras tão jovens desde o confronto entre Serena Williams e Martina Hingis no Aberto dos EUA de 1999.
Raducanu, de 18 anos, e Fernández, que fez 19 anos nesta semana, ainda nem haviam nascido quando isso aconteceu.
"Nós nos encontramos pela primeira vez porque nasci em Toronto e ela era canadense, então nós meio que criamos um relacionamentozinho na época", disse Raducanu, cujos pais se mudaram para a Inglaterra quando ela tinha dois anos.
Fernández foi a primeira a garantir vaga na final na quinta-feira (8) ao derrotar a segunda cabeça de chave Aryna Sabalenka por 7-6(3), 4-6 e 6-4 na primeira semifinal.
"Como meu pai me dizia o tempo todo, não existe limite para o potencial do que posso fazer", contou ela. "Todos os dias temos que trabalhar duro, temos que continuar lutando por isso."
Raducanu, por sua vez, precisou de pouco tempo para assegurar o seu lugar na decisão, 84 minutos para derrotar a grega Maria Sakkari por 6-1 e 6-4 e se tornar a primeira britânica a chegar a uma final de Grand Slam desde Virginia Wade, em 1977 em Wimbledon. Ela chega à final sem perder sequer um set no torneio norte-americano, a primeira tenista a fazer isso desde a alemã Angelique Kerber em 2016.
Fonte: Globo Esporte - Agência Brasil