Política

Bolsonaro planeja discurso pró-Biden na ONU





O texto, porém, ainda não está finalizado. O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, irá com Bolsonaro aos EUA

Após divulgar uma carta à nação, na qual sinalizou uma pacificação interna, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) planeja uma viagem aos Estados Unidos na próxima semana para a Assembleia Geral da ONU, onde tentará diminuir as animosidades do mundo em relação ao Brasil.

Sua fala na ONU está prevista para as 9 horas da terça-feira, dia 21, e, segundo quem está ajudando a elaborar o seu discurso, será de alinhamento à agenda que o mundo tem cobrado do Brasil e, em especial, que o novo presidente dos Estados UnidosJoe Biden, vem pregando em sua gestão: desenvolvimento sustentável, com enfoque em mudança do clima e no combate ao desmatamento.

A ideia é marcar, em nível internacional, a guinada na política externa desde a substituição de Ernesto Araújo por Carlos França no Itamaraty.

Bolsonaro, como segue a tradição, será o primeiro a discursar. Em seguida, fala Joe Biden.

Também deverá ser tratado o tema da diplomacia da saúde e recuperação econômica e ainda se estuda falar sobre a situação internacional em lugares específicos, como o Afeganistão.

Bolsonaro deve lembrar que o Brasil tem concedido vistos humanitários a egressos do país após a tomada do Talibã.

O discurso, porém, ainda não está finalizado. O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, irá com Bolsonaro.

Fonte: CNN Brasil 

- Temer telefona a Bolsonaro para explicar satirização do presidente em jantar em SP

'Não esquenta a cabeça', respondeu o presidente, dizendo estar acostumado com críticas e ironias

ex-presidente Michel Temer telefonou para Jair Bolsonaro e explicou a sátira que o comunicador André Marinho fez dele em um jantar na casa do empresário Naji Nahas em São Paulo.

Ele disse ao presidente que Marinho também o imitou e que ninguém no encontro estava tirando sarro de Bolsonaro. Ao contrário do que mostravam algumas reportagens na imprensa, os convidados de Nahas apenas riram de várias piadas e sátiras feitas pelo comunicador.

O potencial de intriga era grande: o comunicador, crítico contumaz de Bolsonaro e dos bolsonaristas, é filho do empresário Paulo Marinho.

Suplente de senador de Flávio Bolsonaro, Paulo Marinho teve papel importante na eleição de 2018, mas rompeu com a família presidencial.

Segundo um interlocutor que tem ligação direta com Bolsonaro, o presidente tranquilizou Michel Temer. "Não esquenta a cabeça", disse. Ele afirmou ainda que já está acostumado com críticas e ironias.

No jantar, Marinho, que é comentarista da rádio Jovem Pan, imitou Bolsonaro e fingiu que conversava com Temer sobre o encontro que o presidente teve com ele na semana passada, e que resultou em uma carta e em um recuo do mandatário das declarações golpistas que ele deu nos atos do dia 7 de Setembro.

VEJA ANDRÉ MARINHO IMITANDO JAIR BOLSONARO:

"No tocante ao presidente, eu tenho que agradecer você [Temer] demais, porque tu salvou o careca aqui de levar uma hemorroida, porra", disse André Marinho imitando a voz de Bolsonaro. "E essa cartinha que eu recebi tua, achei ela meio infantil, meio marica. Tô achando que foi o Michelzinho [filho de 12 anos do presidente] que mandou pra mim", seguiu ele.

Temer gargalhou da piada e, junto com outros convidados do jantar, aplaudiu André Marinho.

O comunicador seguiu com sua sátira: "Cadê a parte que eu combinei contigo de queimar o STF? Cadê a parte que eu combinei de roubar as perucas do [presidente do STF, Luís] Fux? Cadê a parte que eu combinei de montar um pau de arara na Praça dos Três Poderes e 'dá' de chibata no lombo do Alexandre de Moraes?", disse ele.

No telefonema para Bolsonaro, o ex-presidente afirmou que o comentarista da Jovem Pan também imitou Donald Trump, Joe Biden, Ciro Gomes e o governador de São Paulo João Doria.

Fonte: Folha

- Organização internacional critica ataques de Bolsonaro ao Judiciário

Nota da Human Rights Watch afirma que "a comunidade internacional deve mandar uma mensagem clara" ao presidente brasileiro de que "a independência do Judiciário significa que os tribunais não estão sujeitos às suas ordens"

A organização internacional Human Rights Watch (HRW) divulgou um comunicado em que afirma que o presidente Jair Bolsonaro “está ameaçando os pilares da democracia brasileira”. Segundo o texto da entidade dos direitos humanos, que é alusivo ao Dia Internacional da Democracia (15 de setembro), o chefe do governo “buscou intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF) e tem ameaçado cancelar as eleições em 2022 ou, de alguma outra forma, negar aos brasileiros o direito de eleger seus representantes, ao mesmo tempo em que viola a liberdade de expressão daqueles que o criticam”.

No comunicado, a HRW cita as manifestações pró-governo no feriado de 7 de Setembro, em que Bolsonaro, além de ameaçar o Supremo, “alertou aos brasileiros que ‘não podemos admitir’ a manutenção do sistema eleitoral existente e que não poderia haver ‘eleições que pairem dúvidas sobre os eleitores’, citando alegações de fraude eleitoral sem nenhuma evidência”.

A entidade lembra também da fala do chefe do Executivo para o presidente do STF, Luiz Fux, “enquadrar” o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito das fake news. Bolsonaro passou a ser alvo dessa investigação depois de usar informações falsas para questionar a lisura do processo eleitoral brasileiro e defender a impressão dos votos registrados pelos eleitores nas urnas eletrônicas.

No comunicado, a entidade menciona a carta, divulgada no dia 9 pelo presidente Bolsonaro, na qual o titular do Planalto propõe a pacificação dos Poderes. Mas ressalta que o chefe do Executivo "não recuou em relação à afirmação infundada de que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável".

A Human Rights Watch lembra que a Câmara dos Deputados rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que previa o voto impresso. “Os discursos recentes fazem parte de um padrão de ações e declarações do presidente que parecem destinadas a enfraquecer os direitos fundamentais, as instituições democráticas e o Estado de Direito no Brasil”, diz o comunicado da HRW.

Comunidade internacional

O documento traz declarações de José Miguel Vivanco, diretor de Américas da Human Rights Watch. “O presidente Bolsonaro, um apologista da ditadura militar no Brasil, está cada vez mais hostil ao sistema democrático de freios e contrapesos”, disse o ativista. “Ele está usando uma mistura de insultos e ameaças para intimidar a Suprema Corte, responsável por conduzir as investigações sobre sua conduta, e com suas alegações infundadas de fraude eleitoral parece estar preparando as bases para tentar cancelar as eleições do próximo ano ou contestar a decisão da população se ele não for reeleito”, disse Vivanco.

O diretor regional da HRFW afirma ainda que “as ameaças do presidente Bolsonaro de cancelar as eleições e agir fora da Constituição em resposta às investigações contra ele são imprudentes e perigosas”. Segundo ele, “a comunidade internacional deve mandar uma mensagem clara ao presidente Bolsonaro de que a independência do Judiciário significa que os tribunais não estão sujeitos às suas ordens.”

A organização internacional dos direitos humanos também lembra que o STF “tornou-se um dos principais freios das políticas anti-direitos humanos do presidente Bolsonaro” e que, ao invés de “respeitar a independência do sistema judiciário, o presidente tem respondido com insultos e ameaças”.

Confira a seguir a íntegra da nota da Human Rights Watch:

Brasil: Bolsonaro ameaça pilares da democracia

Presidente ataca o Supremo Tribunal Federal, ameaça eleições, viola a liberdade de
expressão

(São Paulo, 15 de setembro de 2021) - O presidente Jair Bolsonaro está ameaçando os pilares da democracia brasileira, disse a Human Rights Watch hoje, no Dia Internacional da Democracia.

Ele buscou intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF) e tem ameaçado cancelar as eleições em 2022 ou, de alguma outra forma, negar aos brasileiros o direito de eleger seus representantes, ao mesmo tempo em que viola a liberdade de expressão daqueles que o criticam.

Em 7 de setembro de 2021, em discursos durante manifestações em Brasília e São Paulo, o presidente Bolsonaro atacou o Supremo Tribunal Federal e alertou aos brasileiros que “não podemos admitir” a manutenção do sistema eleitoral existente e que não poderia haver “eleições que pairem dúvidas sobre os eleitores”, citando alegações de fraude eleitoral sem nenhuma evidência. O Congresso rejeitou uma emenda constitucional defendida por Bolsonaro para mudar o processo eleitoral com base nessas acusações. Os discursos recentes fazem parte de um padrão de ações e declarações do presidente que parecem destinadas a enfraquecer os direitos fundamentais, as instituições democráticas e o Estado de Direito no Brasil.

“O presidente Bolsonaro, um apologista da ditadura militar no Brasil, está cada vez mais hostil ao sistema democrático de freios e contrapesos”, disse José Miguel Vivanco, diretor de Américas da Human Rights Watch. “Ele está usando uma mistura de insultos e ameaças para intimidar a Suprema Corte, responsável por conduzir as investigações sobre sua conduta, e com suas alegações infundadas de fraude eleitoral parece estar preparando as bases para tentar cancelar as eleições do próximo ano ou contestar a decisão da população se ele não for reeleito”.

O Supremo Tribunal Federal tornou-se um dos principais freios das políticas anti-direitos humanos do presidente Bolsonaro, como por exemplo, seu esforço para, na prática, suspender a lei de acesso à informação. Em vez de respeitar a independência do sistema judiciário, o presidente tem respondido com insultos e ameaças, disse a Human Rights Watch.

No dia 7 de setembro, o presidente Bolsonaro disse que não acataria nenhuma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O ministro Moraes conduz as investigações da Polícia Federal sobre eventual interferência ilegal do presidente nas nomeações internas da Polícia Federal a fim de promover seus interesses pessoais, o vazamento de um documento sigiloso da Polícia Federal por motivos políticos e a disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral.

Em seu discurso, o presidente Bolsonaro disse ao ministro Alexandre de Moraes para arquivar os referidos inquéritos e disse ao presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, que se ele não “enquadrar” o ministro Moraes, o judiciário “pode sofrer aquilo que nós não queremos”, sem explicar o que isso significa.

Outro inquérito em andamento, autorizado por uma ministra do Supremo, examina se o presidente Bolsonaro cometeu prevaricação em relação a um caso de suposta corrupção na
compra de vacinas para Covid-19.

Em 8 de setembro, o presidente do STF, ministro Fux, respondeu que insultar os ministros e incitar o descumprimento de decisões judiciais “são práticas antidemocráticas, ilícitas e
intoleráveis”.

Em 9 de setembro, após inúmeras críticas nacionais e internacionais sobre seus posicionamentos, o presidente Bolsonaro disse em uma declaração escrita que nunca teve a
intenção de “agredir quaisquer Poderes”. Mas ele não recuou em relação à afirmação infundada de que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável, como repetiu em 7 de setembro.

Anteriormente, o presidente Bolsonaro havia alegado, sem fornecer qualquer evidência, que as duas últimas eleições presidenciais foram fraudadas, incluindo sua própria eleição, na qual alegou ter obtido mais votos do que a contagem final mostrava. Desde 1996, o Brasil utiliza urnas eletrônicas não conectadas à Internet. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que não houve “qualquer vestígio ou comprovação de fraude” desde então. Em 9 de setembro, o TSE instituiu uma comissão de transparência composta por órgãos públicos, sociedade civil e especialistas para monitorar e auditar as próximas eleições.

Em 4 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes determinou a instauração de uma investigação sobre o presidente Bolsonaro por suas alegações sem provas sobre fraude eleitoral. A investigação irá apurar se o presidente acusou falsamente alguém de cometer um crime ou infração com finalidade eleitoral, incitou a subversão da ordem política ou social ou cometeu outros crimes.

O presidente ameaçou reagir fora das “quatro linhas” da Constituição. Ele também encaminhou ao Senado um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, algo inédito desde que a democracia foi restaurada no Brasil em 1985. O pedido foi rejeitado pelo presidente do Senado.

O presidente Bolsonaro quer que as urnas eletrônicas imprimam um recibo do voto e o deposite automaticamente dentro de uma urna de acrílico. Luís Barroso, ministro do STF e atual presidente do TSE, disse que a proposta é “uma solução arriscada para um problema que não existe” e pode possibilitar o tipo de fraude que ocorria quando o Brasil ainda utilizava cédulas de papel.

O presidente Bolsonaro respondeu o ministro Barroso com insultos, acusando-o de querer fraudar a eleição presidencial de 2022, na qual Bolsonaro planeja concorrer à reeleição.

Em janeiro, o presidente Bolsonaro disse que, a menos que o sistema eleitoral seja alterado, o Brasil terá “um problema pior que os Estados Unidos”, onde, segundo ele, houve fraude eleitoral nas eleições de 2020 — uma alegação falsa. E em julho, ele ameaçou: “corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”.

O Congresso rejeitou a proposta de voto impresso em 10 de agosto. Ainda assim, em 7 de setembro, o presidente Bolsonaro deu a entender que as eleições não podem ser realizadas a menos que as mudanças que ele defende sejam implementadas. Essa ameaça é uma afronta ao direito dos brasileiros de eleger seus representantes, o que é protegido pela legislação internacional de direitos humanos, disse a Human Rights Watch.

O presidente Bolsonaro frequentemente afirma defender a “democracia”, mas suas declarações levantam dúvidas sobre o que ele entende por democracia, disse a Human Rights Watch. Ex-capitão do Exército, ele é um defensor da ditadura militar (1964-1985), período marcado por milhares de casos de tortura e assassinatos. O presidente Bolsonaro restabeleceu as comemorações de aniversário do golpe de 1964, que seu governo já definiu como “marco para a democracia brasileira”, e ele também chamou um coronel que comandava um dos centros de tortura da ditadura de “herói nacional”.

Em abril e maio de 2020, em um momento no qual o presidente Bolsonaro já atacava o Supremo Tribunal Federal, seus apoiadores realizaram manifestações pedindo por um golpe
militar e pelo fechamento do STF e do Congresso.

O presidente Bolsonaro ocupou o governo federal com mais de 6.000 militares da ativa e da reserva, inclusive em cargos importantes do seu gabinete. Ele sugeriu diversas vezes que as
forças armadas apoiam seu governo. Em uma manifestação em maio de 2020, ele disse: “nós temos as Forças Armadas ao lado do povo”. Em outra manifestação, em janeiro de 2021, ele afirmou que “quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas”.

Além disso, o presidente Bolsonaro tem violado a liberdade de expressão, que é vital para uma democracia saudável. Ele bloqueia seguidores que o criticam em contas de redes sociais que utiliza para anunciar e discutir assuntos de interesse público.

Seu governo requisitou a instauração de inquéritos criminais contra pelo menos 16 críticos, incluindo jornalistas, professores universitários e políticos. Mesmo que muitos desses casos tenham sido arquivados sem denúncias, as ações do governo mandam a mensagem de que criticar o presidente pode levar à perseguição, disse a Human Rights Watch.

O direito internacional protege o direito ao voto e a liberdade de expressão e a independência do judiciário. O Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP), ratificado pelo Brasil, estabelece que “(t)odo cidadão terá o direito e a possibilidade (...) de votar e de ser eleito em eleições periódicas, autênticas (...) que garantam a manifestação da vontade dos eleitores”.

O Comitê de Direitos Humanos da ONU, órgão especializado e independente, responsável por realizar interpretações oficiais do PIDCP, declarou que “eleições periódicas genuínas (...) são
essenciais para assegurar a responsabilidade dos representantes pelo exercício dos poderes legislativos ou executivos que lhes são conferidos” e acrescentou que “as eleições devem ser conduzidas de forma justa e livre, periodicamente, dentro de uma estrutura de leis que garantam
o exercício efetivo do direito ao voto.”

O PIDCP também protege o direito à liberdade de expressão, incluindo a liberdade de “procurar, receber e difundir informações e ideias de qualquer natureza”. E os Princípios Básicos das Nações Unidas sobre a Independência do Judiciário afirmam que o Judiciário deve “decidir todos os casos que lhes sejam submetidos com imparcialidade, baseando-se nos fatos e em conformidade com a lei, sem quaisquer restrições e sem quaisquer outras influências, aliciamentos, pressões, ameaças ou intromissões indevidas, sejam diretas ou indiretas, de qualquer setor ou por qualquer motivo”.

“As ameaças do presidente Bolsonaro de cancelar as eleições e agir fora da constituição em resposta às investigações contra ele são imprudentes e perigosas”, disse Vivanco. “A comunidade internacional deve mandar uma mensagem clara ao presidente Bolsonaro de que a independência do judiciário significa que os tribunais não estão sujeitos às suas ordens.”

Fonte: Correio Braziliense 

- Bolsonaro, Michelle, Flávio e ministros recebem prêmio do próprio governo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, receberam hoje o prêmio Marechal Rondon de Comunicações. Além dos três, também foram agraciados 12 ministros de Estado, além de parlamentares e funcionários do governo e de estatais.

O prêmio Marechal Rondon foi criado em abril deste ano com o objetivo de homenagear personalidades que contribuem para o avanço das telecomunicações no Brasil. Durante a entrega, que aconteceu na tarde de hoje em solenidade no Palácio do Planalto, não houve nenhuma explicação sobre o motivo para a escolha dos premiados.

Bolsonaro faz aceno e diz que não há como acreditar em futuro sem entendimento com Judiciário 

Em seu discurso, Bolsonaro disse: "Esse prêmio é um reconhecimento a todos vocês pela colaboração com o governo e com o Brasil".

No total, 44 pessoas receberam o prêmio. Além dos três Bolsonaro, 12 ministros, seis parlamentares, o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro de Andrade, o presidente dos Correios, Floriano Peixoto, e cinco ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) foram homenageados.

No palco, quase metade das autoridades não usava máscara. Bolsonaro, os ministros Fábio Faria, Luiz Eduardo Ramos e Ciro Nogueira, além do ex-presidente e senador Fernando Collor (Pros-AL) não usavam o item de proteção.

Bolsonaro tem enfrentado desafios no governo, principalmente na relação entre os Poderes. Depois de fazer diversos ataques ao STF, a relação com o judiciário ficou tensionada. Na última semana, ele divulgou uma carta à nação para tentar demonstrar um recuo e amenizar essa tensão.

Além disso, a negociação do Executivo com o Congresso Nacional também já foi alvo de preocupação, que levou à troca no comando da Casa Civil no final de julho, quando Ciro Nogueira, até então senador, foi nomeado.

"O que seria do executivo sem o Senado, sem a Câmara? e também, por que não dizer, em muitos momentos, sem o nosso STF? Nós somos um só corpo", falou Bolsonaro em seu discurso.

Veja a lista dos premiados, por ordem de entrega:

Carolina Scherer, consultora jurídica do Ministério das Comunicações

Glen Valente, diretor-presidente da EBC

Márcio Novaes, presidente da Abratel

Flávio Lara Resende, presidente da Abert

Leonardo Euler de Morais, conselheiro da Anatel

Artur Coimbra, secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações

Maximiliano Martinhão, secretário de radiodifusão do Ministério das Comunicações

Flávia Duarte Nascimento, secretária-executiva adjunta do Ministério das Comunicações

Jarbas José Valente, presidente da Telebras

Martha Seillier, secretária especial do PPI do Ministério da Economia

André Costa, secretário especial de comunicação social do Ministério das Comunicações

Floriano Peixoto, presidente dos Correios

Fausto Ribeiro de Andrade, presidente do Banco do Brasil

Estella Dantas, secretária-executiva do Ministério das Comunicações

Ministro Walton Alencar do TCU

Ministro Vital do Rego do TCU

Ministro Raimundo Carreiro do TCU

Ministro Jorge Oliveira do TCU

Ministro Bruno Dantas, vice-presidente do TCU

Senador Flávio Bolsonaro

Pedro César Nunes, subchefe de assuntos jurídicos da presidência da República

Deputado Marcos Pereira

Deputado Cesinha de Madureira

Senador Davi Alcolumbre

Senador Fernando Bezerra Coelho, líder do governo no Senado

Almirante Flávio Rocha, secretário de assuntos estratégicos da Presidência

Célio Faria Júnior, chefe do gabinete pessoal do presidente da República

Ministro Dias Toffoli do STF

Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional

Flávia Arruda, ministra da Secretaria de Governo

Luis Eduardo Ramos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República

Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos

Gilson Machado, ministro do Turismo

Marcelo Queiroga, minsitro da Saúde

João Roma, ministro da Cidadania

Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho

Milton Ribeiro, ministro da Educação

Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura

Braga Netto, ministro da Defesa

Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

Jair Bolsonaro

Michelle Bolsonaro

 

Fonte: UOL

 

 

- Liberdade de imprensa tem defeitos, mas deve persistir, diz presidente

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a liberdade de imprensa no Brasil "tem defeitos", mas deve ser preservada. Ele participou, no Palácio do Planalto, da cerimônia de entrega do Prêmio Marechal Rondon, distinção do Ministério das Comunicações que reconhece o trabalho de pessoas e instituições para o setor. Diversos ministros, parlamentares e auxiliares do governo federal foram agraciados. 

 

"A nossa liberdade de imprensa, com todos os seus defeitos, tem que persistir. Com todos os seus defeitos, é melhor ela falando do que calada", afirmou Bolsonaro durante discurso na solenidade. O presidente não deu detalhes sobre o que considera como defeitos dessa liberdade, mas lembrou que é um dos maiores alvos de ataques na internet atualmente. 

 

"Se for levar em conta o que se fala do presidente nas mídias sociais, eu duvido quem apanha mais do que eu, mas em nenhum momento eu recorri ao Judiciário para tentar reparar isso", disse.

 

"Não precisamos de regular isso aí. Deixemos o povo à vontade. Obviamente, quando se vai para pedofilia e outras coisas mais, aí não tem cabimento. Isso não é fake news, isso é crime", acrescentou. 

 

Ainda segundo Bolsonaro, a internet é um fator de união e influencia na eleição dos representantes brasileiros na política. "A internet, realmente, une nosso povo. A internet elege vereador, prefeito, governador. Elegeu um presidente da República". 

 

Em seu discurso, o ministro Fábio Faria, das Comunicações, que fez um balanço de diversas ações da pasta, afirmou que Bolsonaro foi alvo de injustiças e protagonizou diversos "embates" com a mídia, mas que jamais pretendeu estabelecer algum tipo de nova regulação do setor. 

 

"Em nenhum momento, em nenhum segundo, esse presidente que está aqui do meu lado falou em regular a mídia."

 

Leilão do 5G

 

Fábio Faria destacou a importância do edital do leilão do 5G. Para ele, não se trata de um projeto de governo, mas de país. Ele lembrou que serão cerca de 1,2 trilhão de dólares em investimentos pelos próximos 15 anos. 

 

"O leilão vai fazer com que 40 milhões de brasileiros que não tem internet possam receber. O 4G conectou pessoas, e o 5G vai conectar toda a indústria e toda a cadeia produtiva". 

 

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) havia aprovado o edital no último dia 25 de agosto, e a avaliação final pela Anatel deve ser concluída na semana que vem. Se o governo mantiver o calendário, o leilão ocorrerá em meados de outubro. 

 

O 5G é uma nova tecnologia que amplia a velocidade da conexão móvel e reduz a latência, permitindo novos serviços com conexão com segurança e estabilidade que abrem espaço para o uso de novos serviços em diversas áreas, como indústria, saúde, agricultura e na produção e difusão de conteúdos.

 

A proposta de leilão tem valor previsto de R$ 44 bilhões e está estruturada com foco em investimentos e oferta da tecnologia a todos os municípios com mais de 600 pessoas, e não na arrecadação de recursos para o governo.

 

Fonte: Agência Brasil