Política

TSE estuda adotar tecnologia para eleitor checar voto





O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e a USP (Universidade de São Paulo) vão assinar na próxima terça-feira (28) um acordo de cooperação técnica para aprimorar o sistema de votação eletrônica adotado no país. Uma das melhorias em estudo é a impressão de um comprovante com um código, que seria entregue ao eleitor ao fim da votação. Esse código poderá ser acessado em um site para comprovar que o voto foi computado e está incluído na totalização.

O comprovante não tem relação com o voto impresso. No papel, não estará escrito em quem o eleitor votou. Essa informação não poderá ser acessada de nenhuma forma, para garantir o caráter secreto das eleições.

Ainda com o objetivo de dar mais transparência ao processo eleitoral, técnicos do TSE e da USP cogitam adotar o sistema de "block chain", que é a base das criptomoedas. É uma espécie de rede da Justiça Eleitoral que pode ser auditada por outras instituições - como Ministério Público e Justiça Federal. Esses órgãos terão acesso às informações, mas não poderão modificá-las. Será possível, por exemplo, fazer a recontagem dos votos pelo sistema.

Outra preocupação da parceria será encontrar formas de deixar as eleições mais baratas. Uma possibilidade é diminuir o número de urnas. A outra é criar um sistema em que o mesário poderá identificar o eleitor por um terminal, e não mais de forma manual, como é feito hoje. O valor da eleição ficaria menor com menos mesários trabalhando.

Os trabalhos serão executados pela equipe do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (LARC), do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais, da Escola Politécnica da USP. O convênio vai durar um ano, com possibilidade de prorrogação por mais um ano. A ideia é que as inovações sejam usadas nas eleições municipais de 2024.

Fonte: UOL