Esporte

Tênis de mesa: Hugo Calderano conquista maior título da carreira





O brasileiro Hugo Calderano fez história neste sábado (25) ao conquistar o WTT Star Contender de Doha (Catar), primeiro torneio do circuito mundial de tênis de mesa após a Olimpíada de Tóquio (Japão). Na final, o carioca de 25 anos, número oito do ranking da Federação Internacional da modalidade (ITTF, sigla em inglês), venceu o esloveno Darko Jorgic (25°) por 4 sets a 2 (11/5, 6/11, 10/12, 11/9, 11/3 e 11/9).

Foi o primeiro título de Calderano em um torneio de nível Star Contender pela WTT (sigla para World Table Tennis), criada pela ITTF para organizar as competições internacionais. Até o ano passado, eventos assim eram chamados de Platinum, sendo os segundos em importância no circuito mundial. A melhor campanha anterior do brasileiro em um Platinum havia sido em 2018, também em Doha, quando foi vice-campeão. Trata-se agora, portanto, da maior conquista da carreira do atleta.

O resultado garante a Calderano uma premiação de US$ 25 mil (o equivalente a R$ 142 mil), além de 600 pontos no ranking mundial. Com isso, o carioca se aproxima do quinto lugar da lista da ITTF na próxima atualização.

O duelo contra Jorgic foi equilibrado. No primeiro set, Calderano foi mais eficiente que o rival e venceu por 11 a 5. O cenário se inverteu na parcial seguinte, com o esloveno encaixando os golpes desde o começo e levando a melhor por 11 a 6. No terceiro set, o brasileiro abriu 10 a 7 e teve três set points, mas Jorgic reagiu, anotando cinco pontos em sequência para ganhar a parcial com 12 a 10. O europeu tentou manter o embalo, mas a força mental do carioca fez a diferença: 11/9 para o número 8 do mundo e duelo empatado.

A partir daí, Calderano foi dominante. Controlou o quinto set do início ao fim, fechando rapidamente em 11 a 3. No sexto, Jorgic esboçou reação após um pedido de tempo quando perdia por 8 a 3, anotando cinco pontos seguidos. O brasileiro, porém, não deixou o filme do terceiro set se repetir, definindo a parcial em 11 a 9 e a partida em 4 a 2.

"Posso dizer que estou muito feliz de ver que o trabalho do Hugo foi recompensado. Ele jogou muito bem, com uma intensidade muito alta. Isso é uma grande satisfação", disse o técnico do carioca, o francês Jean-René Mounié, em depoimento ao site da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).

Antes da decisão, também neste sábado, Calderano teve pela frente o inglês Liam Pitchford (15º) na semifinal. O brasileiro deu poucas chances ao rival e venceu por 4 sets a 1 (11/2, 11/8, 8/11, 11/5 e 11/9).

- Bia Ferreira atropela rival e garante ouro no Mundial Militar de Boxe

Bia Ferreira ganha ouro no Mundial Militar de boxe

Na primeira competição após a medalha de prata na Olimpíada de Tóquio (Japão), a pugilista Beatriz Ferreira voltou a figurar no pódio da modalidade. Desta vez, no topo. Neste sábado (25), a brasileira ficou com o título da categoria até 60 quilos do Campeonato Mundial Militar de boxe, disputado em Moscou (Rússia).

Na final, a baiana de 28 anos, terceiro-sargento da Marinha do Brasil, derrotou a venezuelana Krisandi Rios Ojeda por decisão unânime dos juízes. No terceiro e último round, após uma boa sequência de golpes de Bia, a árbitra chegou a abrir contagem para a adversária, o que poderia decretar a vitória por nocaute. A rival se recuperou, mas não o suficiente para tirar o título da brasileira.

A pugilista de Salvador disputa competições internacionais de boxe desde 2017. De lá para cá, só não esteve no pódio no Campeonato Mundial de 2018 (eliminada nas oitavas de final). No ano seguinte, porém, sagrou-se campeã do mundo e medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru).

Bia disputou (e venceu) quatro lutas em Moscou. Na estreia, superou a cazaque Aizhan Khojabekova. Nas quartas de final, no duelo contra a russa Nune Asatrian, a rival foi declarada vencedora pelos árbitros, mesmo sendo dominada na maior parte do combate. A comissão brasileira entrou com um recurso e teve êxito: o resultado se inverteu e a baiana avançou. Na semifinal, ela reencontrou a uzbeque Raykhona Kodirova, a quem já havia derrotado em Tóquio, voltando a ganhar da adversária.

Outros dois brasileiros disputaram finais neste sábado, ficando com a prata. Na categoria até 49 quilos, Leanderson Conceição foi derrotado pelo cazaque Temirtas Zhussupov, enquanto Bárbara Santos não superou a russa Saadat Dalgatova na categoria até 69 quilos. Os dois resultados foram decretados por decisão unânime dos árbitros.

O Brasil encerrou o Mundial Militar de boxe com cinco medalhas: uma de ouro ouro, duas de prata e duas de bronzes, estas últimos conquistados por Wanderson "Sugar" Oliveira (até 64 quilos) e Jucielen Romeu (até 57 quilos). Dos sete pugilistas do país que competiram em Tóquio, apenas Keno Marley e Hebert Conceição (ouro na Olimpíada) não foram a Moscou.

- Brasil vai ao pódio em primeiro torneio após Jogos de Tóquio

Guilherme Schmidt leva prata no judô no Grand Prix de Zagreb

O brasileiro Guilherme Schmidt representou o judô nacional no pódio da primeira competição do circuito mundial após a Olimpíada de Tóquio (Japão). Neste sábado (25), o judoca de 20 anos conquistou a medalha de prata no Grand Prix de Zagreb (Croácia), na categoria até 81 quilos. O jovem, medalhista de bronze no Campeonato Mundial júnior de 2019, venceu três lutas e caiu somente para o georgiano Tato Grigalashvili, número um do mundo.

Guilherme estreou derrotando o francês Tizie Gnamien por ippon (pontuação máxima) ao imobilizá-lo com uma chave de braço. Na luta seguinte, venceu o espanhol José Maria Izquieta por wazari (quando o atleta derruba o adversário com parte das costas no tatame; rende um ponto). Na semifinal, superou o moldavo Dorin Gotonoaga por ippon. Na decisão, o brasileiro sofreu um wazari de Grigalashvili no começo da disputa. O georgiano, quinto colocado em Tóquio, recebeu duas punições por falta de combatividade, mas adminstrou a vantagem para garantir a vitória antes de levar uma terceira advertência, que poderia custar a desclassificação.

Ainda neste sábado, Luana Carvalho, Millena Silva (ambas da categoria até 70 quilos) e Michael Marcelino (até 73 quilos) não prosseguiram para a disputa por medalhas, assim como Matheus Takaki (até 60 quilos) e Yasmin Lima (até 52 quilos) na sexta-feira (24). Natasha Ferreira (até 48 quilos) brigou pelo bronze, mas foi superada por wazari pela holandesa Gersjes Amber.

O Brasil levou para Zagreb uma delegação jovem, com objetivo de dar experiência internacional a judocas da nova geração. Dos oito representantes na Croácia, seis tinham, no máximo, 23 anos. O próximo compromisso da seleção brasileira será o Grand Slam de Paris (França), entre 16 e 17 de outubro.

Fonte: Agência Brasil