Mariangela Jaguraba - Vatican News
"Queridos jovens, quero agradecer-lhes pelos sonhos e projetos de bem que vocês têm e pelo fato de se preocuparem tanto com as relações humanas e com o cuidado com o meio ambiente."
Estas são as palavras do Papa Francisco na mensagem em vídeo, divulgada nesta quarta-feira (29/09), por ocasião da Youth4climate, conferência dos jovens pelo clima, que teve início, em Milão, na Itália, na terça-feira, 28, e prossegue até 30 de setembro, organizada pelo Governo italiano em parceria com o Reino Unido, em vista da Cop26 de Glasgow, na Escócia, em novembro próximo.
Segundo o Papa, os jovens têm "uma preocupação que faz bem a todos. Essa visão é capaz de colocar o mundo dos adultos em crise, pois mostra que vocês não estão apenas preparados para agir, mas estão disponíveis para a escuta paciente, o diálogo construtivo e a compreensão recíproca".
Francisco os encorajou "a unir os esforços através de uma ampla aliança educativa para formar gerações de bem, maduras, capazes de superar as fragmentações e reconstruir o tecido das relações de modo que possamos chegar a uma humanidade mais fraterna".
Diz-se que vocês são futuro, mas nessas coisas vocês são o presente, são os que estão construindo hoje, no presente, o futuro. O Pacto Educativo Global, lançado em 2019, vai nessa direção e tenta dar respostas compartilhadas à mudança histórica que a humanidade está vivendo e que a pandemia tornou ainda mais evidente. Não bastam soluções técnicas e políticas, se não estiverem amparadas pela responsabilidade de cada membro e por um processo educativo que favoreça um modelo cultural de desenvolvimento e sustentabilidade voltado para a fraternidade e a aliança entre o ser humano e o meio ambiente. Deve haver harmonia entre as pessoas, homens e mulheres e o meio ambiente. Não somos inimigos, não somos indiferentes. Fazemos parte dessa harmonia cósmica.
Segundo o Papa, "através de ideias e projetos comuns, será possível encontrar soluções que superem a pobreza energética e coloquem o cuidado dos bens comuns no centro das políticas nacionais e internacionais, favorecendo a produção sustentável, a economia circular e o compartilhamento de tecnologias adequadas".
Francisco ressaltou que "é o momento de tomar decisões sábias para que as muitas experiências adquiridas nos últimos anos possam ser aproveitadas, a fim de tornar possível uma cultura do cuidado, uma cultura de partilha responsável".
Por fim, o Papa encorajou os jovens "a desenvolverem o seu trabalho para o bem da humanidade".
Jane Nogara – Vatican News
O Papa Francisco enviou uma Mensagem aos participantes no Evento de Alto Nível da Assembleia Parlamentar o Conselho da Europa sobre o tema: “Meio ambiente e direitos humanos: Direito à segurança, saúde e meio ambiente sustentável, que se realiza em Estrasburgo nesta quarta-feira, 29 de setembro. O Papa iniciou sua mensagem recordando que “a Santa Sé, como país Observador, segue com particular atenção e interesse todas as atividades do Conselho da Europa a este respeito, na certeza de que toda iniciativa e decisão concreta desta Organização, que possa melhorar a dramática situação em que se encontra a saúde de nosso planeta, deve ser apoiada e bem valorizada”.
“O presente evento – escreveu o Papa aos participantes - que se realiza às vésperas da COP26, prevista para novembro próximo em Glasgow, poderá oferecer, graças a uma maior consideração do princípio fundamental do multilateralismo, uma contribuição válida também para a próxima Reunião das Nações Unidas”.
Elogiando a iniciativa Francisco afirmou que esta poderia se estender não só à Europa mas “chegar a todo o mundo”. “Neste sentido, é vista com muito interesse a decisão que o Conselho da Europa tomará para criar um novo instrumento jurídico que poderá ligar o cuidado com o meio ambiente ao respeito pelos direitos fundamentais do homem”.
E Francisco adverte mais uma vez:
“Não há mais tempo para esperar, é preciso agir. Qualquer instrumento que respeite os direitos humanos e os princípios da democracia e do estado de direito, que são valores fundamentais do Conselho da Europa, pode ser útil para enfrentar este desafio global”
“Os antigos já diziam”, continua o Santo Padre: “Esse oportet ut vivas, non vivere ut edas: ‘É preciso comer para viver, não viver para comer’. Deve-se consumir para viver, não viver para consumir. Acima de tudo, nunca se deve consumir desenfreadamente, como é o caso hoje. Cada pessoa deve usar da terra o que é necessário para seu sustento”, conclui Francisco. E reitera: “Tudo está conectado, e como uma família de nações devemos ter uma preocupação comum: ‘fazer com que o meio ambiente seja mais limpo, mais puro e preservado. E cuidar da natureza, a fim de que ela cuide de nós".
Francisco continua sua mensagem recordando a importância da ação interdisciplinar e das futuras gerações: “Certamente esta crise ecológica, que é ‘uma única e complexa crise sócio-ambiental’, nos convida a um diálogo interdisciplinar e operacional em todos os níveis, do local ao internacional, mas também a uma responsabilidade individual e coletiva. Devemos, portanto, falar também dos deveres de cada ser humano de viver em um ambiente saudável, sadio e sustentável. Em vez disso, quando falamos apenas de direitos, pensamos apenas no que nos é devido. Devemos também pensar na responsabilidade que temos para com as gerações futuras e o mundo que queremos deixar para nossas crianças e nossos jovens”.
Por fim Francisco concluiu: "Desejo que esta Assembleia Parlamentar e o Conselho da Europa sejam capazes de identificar, promover e implementar com determinação todas as iniciativas necessárias para construir um mundo mais saudável, mais justo e mais sustentável", afirmando:
“Das mãos de Deus recebemos um jardim, para nossos filhos não podemos deixar um deserto”
Vatican News
O Estado independente localizado na ilha de Madagascar, no sul da África, próximo a Moçambique, sofre a pior seca em quatro décadas. Esta catástrofe devastou comunidades agrícolas isoladas no sul do país, onde as famílias recorrem a insetos para sobreviver.
A ONU estima que 30 mil pessoas estejam atualmente sofrendo o nível cinco de insegurança alimentar – o mais alto reconhecido internacionalmente – e há o temor de que o número de afetados possa aumentar muito quando Madagascar entrar no tradicional “período de escassez” antes da colheita.
O impacto da seca atual também está sendo sentido em cidades maiores do sul de Madagascar, com muitas crianças forçadas a pedir esmolas nas ruas para conseguir comida.
A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série de jornadas desenvolvidas pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária CNBB e ACN que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar pelo país. Faça parte desta corrente de oração e nas redes sociais utilize a hashtag #rezepelomadagascar.
A República de Madagascar (Repoblikan’i Madagasikara em malgache; République de Madagascar em francês) é um estado independente localizado na ilha de Madagascar, no sul da África, próximo a Moçambique. Madagascar possui uma área total de 587.041 km², equivalente à área do estado de Minas Gerais e uma população de cerca de 21,3 milhões de habitantes, na grande maioria seguidores de religiões tradicionais (52%), além de 41% de cristãos e 7% de muçulmanos. Sua capital é Antananarivo, e a moeda local é o ariary. As línguas oficiais do país são o malgaxe e o francês.
A população de Madagascar é de origem mista asiática e africana. Pesquisas sugerem que a ilha era desabitada até navegantes vindos da Indonésia chegaram por volta do primeiro século. Migrações posteriores, tanto do Pacífico quanto da África consolidaram esta mistura original, e 18 diferentes grupos tribais surgiram.
A história escrita de Madagascar começa no século VII com os árabes, responsáveis por instalar feitorias ao longo da costa noroeste. O contato europeu começa em 1500, quando o capitão português Diogo Dias avistou a ilha depois que seu navio se separou de uma frota com destino à Índia. Começando na década de 1790, o reino Merina conseguiu estabelecer a hegemonia sobre a maior parte da ilha. Em 1817, o governante merina e o governador britânico de Maurício concluem um tratado de abolição do comércio de escravos, e em troca, a ilha recebeu assistência militar e financeira britânica.
Os britânicos aceitaram a imposição de um protetorado francês sobre Madagáscar em 1885, em troca de eventual controle sobre Zanzibar (atualmente parte da Tanzânia) e como parte de uma definição geral de esferas de influência na área. O controle francês absoluto sobre Madagascar foi estabelecida pela força militar e a monarquia merina foi abolida.
Em 1947, com o prestígio francês em baixa, um levante nacionalista foi suprimido após vários meses de luta violenta. A partir daí, a França adotou uma política de reforma das instituições, pacificação da população e preparou a ilha em direção à independência. Um período de governo provisório terminou com a adoção de uma constituição em 1959 e independência total a 26 de junho de 1960, com Philibert Tsiranana como presidente.
De 1975 a 1993 o tenente da marinha Didier Ratsiraka assume o poder através de um golpe militar, mas, três anos depois, está de volta, governando até 2002, quando, em meio a disputas pelo poder, busca exílio na França. Seu rival, Marc Ravalomanana assume a presidência, mas em 2009 é obrigado a entregar o cargo aos militares. Atualmente, continua a indecisão sobre o futuro do país, mergulhado em uma disputa política envolvendo grupos políticos rivais e as forças militares.
Fonte: CNBB
Apresentado o Decreto da Secretaria de Estado para a entrada das pessoas no Vaticano em tempo de Covid. O documento assinado pelo Cardeal Parolin segue a anterior Portaria do Presidente da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano, de 18 de setembro passado, que está previsto para entrar em vigor em 1º de outubro de 2021. O Decreto delineia em vários pontos as regras a serem observadas para a entrada no Vaticano, a fim de evitar um possível contágio da Covid-19.
Segundo o Decreto, todos os funcionários da Cúria Romana e instituições relacionadas são obrigados a possuir os documentos indicados na Portaria, ou seja, um certificado de vacinação, o chamado “green pass” (passaporte da vacina), ou um certificado de negatividade do vírus Sars-Cov-2, emitido na Itália após um teste molecular ou antigênico, com a frequência indicada pela Direção de Saúde e Higiene do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano. Os custos do teste não são arcados pela Instituição. A medida se estende aos colaboradores externos e aos que, por qualquer outro motivo, realizam atividades na Instituição, aos funcionários de empresas externas e a todos os visitantes e usuários.
Também, com exceção das verificações realizadas pelo Corpo da Gendarmaria vaticana, cada Entidade é obrigada a verificar o cumprimento das disposições, estabelecendo os procedimentos operacionais para organizar tais verificações e identificando as pessoas responsáveis pela verificação e contestação das violações das obrigações.
A consequência do não cumprimento das regras para os funcionários sem as necessárias certificações é a proibição de acesso ao local de trabalho. Neste caso, o funcionário será considerado como ausente injustificado, sem retribuição, com exceção das contribuições sociais e assistenciais assim como o pagamento da ajuda familiar.
Por fim, está previsto que a possível isenção destas obrigações documentais possa ser avaliada pela Secretaria de Estado do Vaticano com base no parecer da Direção de Saúde e Higiene. Quaisquer outras eventuais restrições podem ser consideradas necessárias pelas autoridades sanitárias competentes do Vaticano para pessoas vindas de países com alto risco de contágio.
Fonte: Vatican News