O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que estabelece a proibição da eutanásia de cães e gatos pelos órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e outros estabelecimentos similares. Normalmente, animais recolhidos das ruas são encaminhados para essas unidades.
O texto havia sido aprovado no final de setembro pelo Congresso Nacional e é de autoria dos deputados federais Ricardo Izar (PP-SP) e Celio Studart (PV-CE).
Pela nova lei, somente os animais com doenças graves ou enfermidades infectocontagiosas incuráveis, que coloquem em risco a saúde humana e de outros animais, poderão sofrer eutanásia. Neste caso, o procedimento deve estar devidamente justificado por laudo veterinário prévio.
"A ideia central do projeto é a proteção animal e o incentivo à adoção, retirando de cena o abatimento desmotivado e desarrazoado de animais sem doença infectocontagiosa incurável", informou a Secretaria-Geral da Presidência da República, em comunicado.
- Lei que cria Tribunal Regional Federal da 6ª Região é sancionada
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei de criação do Tribunal Regional Federal (TRF) da 6ª Região, com jurisdição em Minas Gerais. Com isso, o estado deixa de compor o TRF da 1ª Região, composto pelo Distrito Federal e mais 12 estados do Norte e do Centro-Oeste. O projeto de lei de criação do novo tribunal federal de segunda instância foi aprovado pelo Senado Federal no último dia 22 de setembro e aguardava a sanção presidencial.
A iniciativa de criação do TRF6 veio de uma proposta legislativa apresentada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o objetivo de acelerar a tramitação das ações. Mais de um terço (30%) dos processos que tramitavam no TRF1 eram oriundos de Minas Gerais.
"Além de agilizar o julgamento dos processos judiciais originários de Minas Gerais, a criação do TRF6 irá desafogar a imensa carga de processos que tramita no TRF da 1ª Região, beneficiando não apenas os mineiros, mas outras 13 unidades da federação abrangidas pelo TRF com sede em Brasília", destacou o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, durante cerimônia de sanção da lei no Palácio do Planalto.
O TRF da 6ª Região abrangerá o estado de Minas Gerais e terá 18 juízes, cujos cargos deverão ser criados por transformação de 20 cargos vagos de juiz substituto do TRF da 1ª Região. Além disso, o novo tribunal terá cerca de 200 cargos em comissão.
"Esta é uma iniciativa inovadora para o Judiciário federal, porque está sendo criado um novo tribunal, sem aumento de dotações orçamentárias destinadas à Justiça Federal, respeitando os limites constitucionais do teto de gastos", acrescentou Martins.
"Esse novo TRF simboliza mais agilidade. E nós precisamos disso", afirmou o presidente Jair Bolsonaro.
A lei estabelece que as varas federais que tiverem cargos vagos de juiz federal substituto transformados em cargos de juiz de tribunal regional federal terão seu quadro permanente ajustado para um cargo de juiz federal, sendo prevista a redistribuição de outros cargos e funções do quadro permanente da Justiça Federal da 1ª Região para o quadro permanente do Tribunal Regional Federal da 6ª Região.
O texto também prevê que os atuais juízes do Tribunal Regional Federal da 1ª Região optem pela remoção para o novo tribunal em até 15 dias após a publicação da lei e cria o quadro de cargos efetivos e em comissão dos servidores da primeira instância, além do quadro de cargos efetivos e em comissão dos servidores da segunda instância, ambos do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, nos limites do orçamento global da Justiça Federal.
Serão aproveitados os atuais servidores públicos lotados na Seção Judiciária de Minas Gerais, que será a sede do TRF6, em Belo Horizonte. Os quadros efetivos de magistrados e de servidores, providos ou não, atualmente integrantes da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais e das Subseções Judiciárias a ela vinculadas passam a pertencer aos quadros efetivos de magistrados e de servidores da primeira e da segunda instâncias da 6ª Região da Justiça Federal.
A lei determina ainda que poderão ser nomeados para os cargos de provimento efetivo do TFR6 candidatos aprovados em concursos públicos realizados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região ou, em sua falta, por órgãos do Poder Judiciário da União, considerada a data de homologação mais antiga na hipótese de existência de mais de um concurso válido.
A lei sancionada modifica a estrutura do Conselho de Justiça Federal (CJF), alterando o quantitativo de dois para quatro membros efetivos, eleitos entre os integrantes do STJ, além de suplentes. Caberá ao CJF adotar as providências necessárias para execução da ei de criação do TRF, incluindo a distribuição e o estabelecimento de cronograma anual de preenchimento dos cargos criados, observada a disponibilidade orçamentária.
- Decreto cria Embaixada do Brasil em Manama, capital do Bahrein
Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro cria a Embaixada do Brasil no Reino do Bahrein - país insular que fica no Golfo Pérsico, Oriente Médio, próximo a nações como Kuwait, Catar e Arábia Saudita. A representação brasileira ficará sediada em Manama, capital do país árabe. Até então, o Bahrein era representado, cumulativamente, pela Embaixada do Brasil no Kuwait.
O Bahrein possui embaixada no Brasil, sediada em Brasília, desde 2018. As relações diplomáticas entre os dois países se estabeleceram em 1974.
Segundo o governo federal, a abertura de missão diplomática em Manama contribuirá para a promoção da cooperação econômico-comercial entre os dois países. A corrente de comércio bilateral é a sexta maior do Brasil com um país árabe do Oriente Médio.
A pauta exportadora brasileira para o Bahrein é concentrada em minérios, produtos químicos, ferro, aço e combustíveis minerais, que representam em torno de 90% do valor exportado. O agronegócio representa entre 8% e 9% do valor exportado, a maior parte em carnes.
"A presença de embaixada residente do Brasil na capital bahreinita facilitará a interlocução empresarial entre os dois países, contribuirá para a coordenação regional de atividades de promoção comercial e de atração de investimentos e pode favorecer a atuação local dos demais órgãos brasileiros envolvidos em atividades dessa natureza, como a Apex-Brasil. As tratativas em torno de protocolos e certificados também se beneficiarão da instalação da missão em Manama", informou a Secretaria-Geral da Presidência da República, em comunicado.
O presidente Jair Bolsonaro também promulgou um acordo sobre serviços aéreos com Bahrein nesta quarta. O texto já havia passado pelo Congresso Nacional. De modo geral, o acordo concede o direito de ambos os países venderem e comercializarem serviços de transporte aéreo internacional, diretamente ou por meio de agentes ou outros intermediários, incluindo o direito de estabelecer seus próprios escritórios, tanto como empresa operadora como não operadora, e usar documentação própria de transporte.
Fonte: Agência Brasil