Saúde

Covid-19: médias móveis sobem, e Brasil registra 451 óbitos em 24 horas





As médias móveis de óbitos e de infecções apresentam tendência de elevação e ficaram em 369 e 12.158, respectivamente, nesta quinta-feira (21)

O Brasil registrou 451 mortes e 16.852 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. As médias móveis de óbitos e de infecções apresentam tendência de elevação e ficaram em 369 e 12.158, respectivamente, nesta quinta-feira (21).

As informações são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com a atualização, o país tem um total de 604.679 mortes e 21.697.341 casos confirmados da doença desde o início da pandemia, em março de 2020.

- Estudo do Butantan em Serrana mostra 99% de efetividade da CoronaVac

Pesquisa aponta alta soroconversão na população da cidade paulista

O estudo de efetividade da vacina CoronaVac, que o Instituto Butantan está realizando sobre a imunidade da população de Serrana (SP), mostrou que 99% dos moradores apresentaram soroconversão (desenvolveram anticorpos para se defender da infecção por covid-19) três meses após receber a segunda dose do imunizante.

Estes são os primeiros números da pesquisa do Butantan na cidade em que foi realizado o Projeto S, que imunizou toda a população acima de 18 anos em fevereiro, por meio de um mutirão de vacinação.

O indicador foi superior aos resultados dos ensaios clínicos das fases 1 e 2 da CoronaVac, que mostraram soroconversão em torno de 97% e 98%, respectivamente, dependendo da dose. Segundo o instituto, além de comprovar, mais uma vez, a durabilidade da proteção gerada pela vacina, a pesquisa tem o diferencial de analisar os anticorpos e a imunidade celular no mundo real, o que, até o momento, na literatura científica, sempre foi feito apenas em laboratório.

Os números preliminares têm como base a primeira etapa da avaliação sorológica, em julho e agosto, quando foram coletadas amostras de 3.903 voluntários de Serrana. A segunda etapa da avaliação sorológica está em andamento.

Quem participou da primeira fase da avaliação pode se dirigir, no sábado (23) ou domingo (24) próximos, das 8h às 16h30, à mesma escola onde teve o sangue coletado para ceder uma nova amostra para ser analisada. O estudo envolve todos os maiores de 60 anos e parte dos menores de 60 anos vacinados no Projeto S, conforme aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.

Um artigo científico sobre a avaliação da imunidade dos vacinados no Projeto S deve ser publicado em alguns meses. “Já temos o número de anticorpos dos adultos e dos mais idosos. O artigo vai contar como estava a variação sorológica nesses últimos três meses”, diz o médico Gustavo Volpe, um dos coordenadores do estudo e diretor técnico do Hospital Estadual de Serrana.

A adesão dos idosos que já tomaram a dose de reforço à pesquisa tem sido boa, e isso deve ser mostrado nos exames. “Vai ser um dado interessante. A gente vê que a titulação [concentração de anticorpos presente no soro/plasma] vai caindo conforme as pessoas são mais velhas. Elas tendem a ter um título de sorologia menor que os jovens, mas, com a dose de reforço, vamos ver se será mais ou menos igual”, ressalta Volpe.

Dose de reforço

A partir de setembro, os moradores de Serrana que têm mais de 60 anos começaram a receber uma dose adicional de CoronaVac como forma de potencializar a imunidade geral contra o SARS-CoV-2 e aumentar a proteção contra a variante Delta, que começava, então, a se tornar prevalente no Brasil.

Em seguida, os pesquisadores vão avaliar a imunidade celular dos voluntários e entender como os anticorpos se comportam com seis, nove e 12 meses.

Volpe destaca que ter mais anticorpos não quer dizer estar mais protegido contra a doença. “Uma pessoa pode ter dez, outra, 20 e outra, 50. Será que a pessoa que tem 20 tem mais chance de pegar a doença do que a que tem 50? A princípio, parece ser uma coisa lógica, mas a realidade biológica é diferente. Existem outros fatores que protegem alguém do vírus”, acrescenta.

Medidas de prevenção

Em maio, dados preliminares do Projeto S mostraram que a imunização da população adulta de Serrana fez os casos sintomáticos de covid-19 despencarem 80%; as internações, 86%; e as mortes, 95%. De acordo com Volpe, o número de internações por covid-19 na cidade continua baixo, mas as medidas de proteção precisam ser mantidas.

“O que estamos vendo hoje no Brasil, de redução de internações, de casos e diminuição de transmissibilidade, já vimos em Serrana nos meses de maio, junho. Observar o que acontece em Serrana é essencial para ver o que acontecerá no Brasil. Por isso, que a cidade é um laboratório tão importante: é ali que a gente consegue ver realmente o efeito da vacina”, completa.

- Ministério da Saúde alerta para riscos de dengue no período chuvoso

Recomendação é verificar se não tem água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas e outros recipientes que acumulam água

Neste momento em que as chuvas estão voltando na maior parte do país, aumentam as preocupações com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. 

Por isso, o Ministério da Saúde orienta que para prevenir as doenças transmitidas pelo inseto é fundamental evitar o acúmulo de água parada, onde ocorre a proliferação do mosquito.

O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

Por isso, é importante verificar se não tem água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas e outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito. “É importante lembrar de tapar os tonéis d’água, manter as calhas limpas, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente e encher os pratos de vaso de plantas com areia, manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos, com aplicação de telas, além de manter lonas para material de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água. São medidas extremamente simples, numa varredura rápida, de 15 minutos, você pode impedir a proliferação do mosquito e fazer a sua parte no combate à dengue”, ressalta o secretário de Vigilância em Saúde Arnaldo de Medeiros.

O Ministério da Saúde mantém uma vigilância contínua no país durante todo o ano para evitar a proliferação do Aedes aegypti com estruturas de pesquisa, uso de inseticidas e ação de agentes de saúde, entre outros. 

Com o agravamento das questões de saúde causado pela Covid-19, as vistorias nas casas das pessoas foram suspensas, mas estão retornando agora. “Com o avanço da vacinação e a considerável redução de hospitalização por Covi-19, os agentes de combate a endemias e os agentes comunitários estão retomando as visitas, observando todas as recomendações dos órgãos de saúde para que esta retomada seja segura para todos”, concluiu o secretário de Vigilância em Saúde Arnaldo de Medeiros.

Sintomas e tratamento

Existem quatro tipos de vírus de dengue - sorotipos 1, 2, 3 e 4. A febre alta é um dos principais sintomas da doença. Outros são dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

A infecção por dengue também pode não causar sintomas, ser leve ou grave. Nesse último caso, pode até levar à morte.

As pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar à morte. O risco aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão.

Não há tratamento específico para a dengue. De acordo com a avaliação médica, são recomendadas medidas como fazer repouso, ingerir bastante água e não tomar medicamentos por conta própria. Pode ser recomendada também a hidratação com soro nas veias. Em caso de suspeita, é fundamental procurar um profissional de saúde para ter o diagnóstico correto.

A zika e chikungunya têm sintomas semelhantes aos da dengue como febre, dor de cabeça, mal-estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas. O tratamento também é feito de acordo com os sintomas.

No caso da chikungunya, algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas articulações que duram meses ou anos.

Panorama

Segundo o Ministério da Saúde, de 3 de janeiro a 9 de outubro de 2021, da 1ª até a 40ª semana epidemiológica, o país registrou 479.745 casos de dengue, redução de 47,7% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Nesse mesmo intervalo foram confirmadas 199 mortes por dengue, redução de 64% se comparado com 2020.

 

Fonte: CNN Brasil - Agência Brasil