Economia

Dólar fecha em alta de 0,36%, a R$5,5727 na venda





O dólar subiu contra o real nesta terça-feira, mas fechou longe de patamares acima dos 5,60 reais atingidos nas máximas do pregão, com expectativas de elevação mais agressiva da taxa Selic pelo Banco Central nesta semana dividindo atenções com temores inflacionários e fiscais domésticos.

O dólar à vista subiu 0,36%, a 5,5727 reais na venda. No pico da sessão, atingido no início da tarde, a moeda havia chegado a subir 0,98%, a 5,6070 reais. Na B3, o dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,27%, a 5,5770 reais.

Fonte: UOL - Reuters

 

- China libera primeira carga de carne brasileira desde início do embargo

 

Decisão, entretanto, não altera o veto chinês à importação do produto vindo do Brasil, que dura sete semanas

China liberou a primeira entrada no país de uma carga de carne brasileira desde o anúncio do veto à importação do produto vindo do Brasil. A decisão, no entanto, foi específica a um lote que aguardava em um porto do país asiático e não altera o embargo ao produto brasileiro, que já dura sete semanas.

 

A informação foi anunciada pelo próprio comprador do lote liberado, Conrado Beckerman – que mora em Xangai desde 2005 e é dono de uma empresa de importação e distribuição de carne, em entrevista ao podcast “Agrifatto Cast” nesta terça-feira (26).

 

De acordo com Beckerman, o aviso de liberação e a solicitação do envio de documentos para o desembarque foram recebidos por ele na madrugada desta terça-feira (26). Ainda segundo o importador, o lote havia chegado no dia 15 de outubro e estava há 11 dias parado no Porto de Xangai. Ainda de acordo com a entrevista ao “Agrifatto Cast”, o lote liberado é oriundo do Tocantins.

 

Em conversa com a CNN Brasil, a CEO da casa de análises de investimento em ativos agropecuários Agrifatto, Lygia Pimentel, confirmou a liberação da carga de carne brasileira para envio de documentação para o desembarque e informou que o carregamento foi embarcado no dia 10 de setembro, mas que obteve certificação no Brasil em 26 de agosto – portanto, antes da suspensão pela China (4 de setembro).

 

“É o primeiro caso em que a China libera uma carga para que seja enviada a documentação, desde que começou a suspensão”, analisou Lygia Pimentel.A consultora de ativos agropecuários observou também que há outros 21 lotes em situação semelhante – que obtiveram certificação antes da data da suspensão, mas que teriam embarcado dias depois.

 

De acordo com a análise da CEO da Agrifatto, embora sinalize uma mudança de direção nas negociações, a liberação não representa uma reversão do embargo chinês ao produto brasileiro.”É mais um tijolinho na construção dessa solução. Mas está tudo evoluindo em uma velocidade bem lenta. Não será da noite para o dia”, afirmou.

 

A informação de que a carga foi liberada foi confirmada à CNN Brasil por interlocutores do Ministério da Agricultura. Embora o produto tenha obtido certificação antes do embargo, a liberação foi vista como um passo importante para o fim do veto. Oficialmente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou não ter informações sobre o fato.

 

Na semana passada, a China sinalizou ao Brasil que o impasse deve ser resolvido em breve. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que cogitou se deslocar ao país asiático para ajudar na negociação de retomada da importação, desistiu da viagem nesta semana justamente diante da expectativa positiva.

 

À CNN, a Embaixada da China em Brasília afirmou não haver nenhuma novidade sobre o assunto.A Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes informou via assessoria que não comenta a questão do embargo da carne brasileira pela China.

Fonte: CNN Brasil