Saúde

Covid-19: Brasil registra 442 mortes e mais de 13 mil casos em 24 horas





Nesta terça-feira (26), as médias móveis de óbitos e de infecções ficaram em 342 e 12.015, respectivamente

O Brasil registrou 442 mortes e 13.424 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. Nesta terça-feira (26), as médias móveis de óbitos e de infecções ficaram em 342 e 12.015, respectivamente.

Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com a atualização, o país tem um total de 606.246 mortes e 21.748.984 infecções confirmadas desde o início da pandemia, em março de 2020.

- Brasil já identificou ao menos 25 sublinhagens da variante delta no país

O Brasil já identificou ao menos 25 sublinhagens da variante delta do coronavírus no país. Dado é de levantamento do ITPs (Instituto Todos pela Saúde) com base em dados da plataforma Gisaid, iniciativa científica global e fonte de dados genômicos dos vírus influenza e coronavírus.

De acordo com o instituto, novas sublinhagens da B.1.617.2, conhecida como variante delta, continuam sendo detectadas, porque o vírus segue em circulação. No mundo, já há registro de ao menos 70 sublinhagens da cepa.

A variante delta é predominante no Brasil. De acordo com 4.939 genomas de 29 de agosto a 9 de outubro submetidos até o dia 14 de outubro nas 5 regiões brasileiras, 91,4% identificaram variante delta, 7,2% gama e 1,4% outras variantes.

A região Norte, segundo o levantamento, é a única que ainda tem predomínio da variante gama e de suas sublinhagens. Na região, a variante gama foi identificada em 65,8% dos sequenciamentos, enquanto a delta representou 33,7%.

Em todas as demais regiões, a variante delta é predominante. No Nordeste, foi identificada em 96% dos genomas sequenciados, comparado com apenas 2,9% da variante gama e 1,1% de outras variantes.

No Centro-Oeste, 65,4% dos sequenciamentos identificaram a variante delta e 34,6% identificaram a gama.

No Sudeste, a variante delta representava 96,2% dos sequenciamentos, a gama correspondia a 2,8%.

No sul, a delta representava 83,8% e a gama 16,2%.

Sublinhagens

O mundo observa atentamente o surgimento de novas sublinhagens do coronavírus. Na última semana, o Reino Unido informou que monitora “de perto” uma nova mutação da delta, a AY 4.2.

Em Belém, no Pará, a subvariante da delta AY 33, que pode não ser detectada em testes rápidos, tem circulado de forma cada vez mais intensa.

Segundo a Fiocruz, linhagens são definidas como entidades/organismos que compartilham um ancestral comum e apresentam mutações similares. Novas linhagens de diversos organismos surgem a partir de mutações.

De acordo com a Fiocruz, quando um vírus está circulando amplamente em uma população, e causando muitas infecções, a probabilidade de sofrer mutação aumenta. Quanto mais oportunidades um vírus tem de se espalhar, mais ele se replica –e mais possibilidades tem de sofrer mudanças.

“A maioria das mutações virais têm pouco ou nenhum impacto na capacidade do vírus de causar infecções e doenças. Mas, dependendo de onde as alterações estão localizadas no material genético do vírus, podem afetar as propriedades de um vírus, como a transmissão (pode se espalhar mais ou menos facilmente) ou gravidade (pode causar doenças mais ou menos graves)”, informa a Fiocruz.

- Covid-19: mais de 18 milhões estão com segunda dose da vacina atrasada

Mais de 18 milhões de brasileiros que já deveriam ter tomado a segunda dose da vacina contra a covid-19 para completar o ciclo de imunização estabelecido pelas autoridades sanitárias ainda não o fizeram.

Segundo o Ministério da Saúde, o resultado é preocupante - mesmo considerando que, na última semana, este número caiu 10%, baixando de 20 milhões de pessoas cuja segunda dose da vacina estava atrasada, para os atuais 18 milhões.

Em nota, a pasta enfatizou que, para obter a máxima proteção oferecida pelos imunizantes, é preciso tomar as duas doses da vacina.

“A recomendação da pasta é para que os brasileiros completem o ciclo vacinal mesmo se o prazo para a segunda dose estiver atrasado. No caso das vacinas da Pfizer e da Astrazeneca, o intervalo é de oito semanas. Já para a CoronaVac, a segunda dose deve ser aplicada 4 semanas após a primeira”, acrescentou o ministério, na nota.

O Ministério da Saúde distribuiu mais de 320 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para estados e municípios. Destas, 270 milhões foram aplicadas. A primeira dose foi aplicada em 153,8 milhões de brasileiros. Pouco mais de 116,1 milhões de pessoas receberam a segunda dose ou dose única e 6 milhões a dose adicional ou de reforço.

Por meio da nota ministerial, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, enfatizou que a ocorrência de novos casos e de mortes em consequência da doença vêm caindo graças “à ampla campanha de vacinação”.

“Mesmo com um cenário mais tranquilo, com queda no número de casos, óbitos e internações, não dá para relaxar nessa hora. Todos sabemos que só com a segunda dose é que garantimos a máxima proteção contra a doença. Precisamos vencer o vírus. E uma das formas de vencê-lo é vacinar toda a população brasileira”, mencionou Queiroga, citando que a média móvel de casos caiu 85,4% entre abril deste ano e ontem (25), enquanto a média móvel de mortes diminuiu 88,9%.

- Anvisa diz que ainda não recebeu pedido de estudo de vacina em spray para Covid-19

No dia 21 de outubro, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo informou que havia realizado o pedido de autorização junto à Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta terça-feira (26), que ainda não recebeu o protocolo com os primeiros dados e documentos sobre a vacina contra Covid-19 em formato de spray nasal. A candidata a vacina desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) foi apresentada em uma reunião realizada no dia 19 de outubro.

Segundo a Anvisa, a apresentação técnica indicou que o projeto está em fase pré-clínica, que envolve estudos com animais, e ainda não cumpriu com as etapas de pesquisa necessárias para o teste em humanos.

No dia 21 de outubro, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Incor/USP) informou que havia realizado o pedido de autorização, junto à Anvisa, para início dos estudos clínicos de fases 1 e 2 da vacina contra a Covid-19 administrada em spray nasal.

De acordo com a Anvisa, os pesquisadores foram orientados a submeter os dados de forma contínua para a pesquisa clínica, com a participação de voluntários. “Isso significa que os desenvolvedores podem ir apresentando as informações na medida em que elas estão sendo produzidas”, diz a nota da Anvisa.

Segundo a agência, o objetivo da medida é promover a agilidade nas análises e o início dos testes em humanos.

Vacina nacionais

Até o momento, duas vacinas brasileiras já tiveram início de estudos clínicos autorizados no país, a Butanvac, do Instituto Butantan, e a vacina HDT-301, projeto do Senai/Cimatec da Bahia e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os demais projetos desenvolvidos por universidades brasileiras estão em fases anteriores e, segundo a Anvisa, ainda não definiram suas propostas de protocolo clínico para a pesquisa ou não completaram a documentação e os dados necessários para autorização.

Segundo a Anvisa, não há avaliação de estudos de vacinas pendentes de avaliação pela agência.

Fonte: CNN Brasil - Poder360