Saúde

Covid-19: Brasil registra 13,3 mil casos e 436 mortes em 24 horas





Em 24 horas, as autoridades de saúde registraram 13.352 casos de covid-19. Também foram confirmadas 436 mortes em decorrência da doença. Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (4), consolidado a partir das informações enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde.  

Boletim epidemiológico 04.11.2021

 

Boletim epidemiológico 04.11.2021 - Ministério da Saúde

 

Com os novos casos, o total de pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus ao longo da pandemia chegou a 21.849.137. 

Ainda há 193.170 casos em acompanhamento, de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado.

Com as novas mortes registradas pelas secretarias de saúde, a quantidade de pessoas que não resistiram à covid-19 alcançou 608.671. 

Ainda há 2.926 falecimentos em investigação. Essa situação ocorre pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até esta quinta-feira, 21.047.296 pessoas já se recuperaram da covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Após os fins-de-semana e feriados, como ocorreu nesta semana, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (152.222), Rio de Janeiro (68.409), Minas Gerais (55.670), Paraná (40.584) e Rio Grande do Sul (35.570).

Já os estados com menos óbitos resultantes da covid-19 são Acre (1.845), Amapá (1.993), Roraima (2.035), Tocantins (3.884) e Sergipe (6.032). Não houve novas mortes entre ontem e hoje no Acre e no Amapá.  

Vacinação

No total, até o início da noite desta quinta-feira (4) o sistema do Ministério da Saúde marcava a aplicação de 276,4 milhões de doses de vacina contra a covid-19 no Brasil, sendo 155,2 milhões da primeira dose e 121,1 milhões da segunda dose e dose única.

Foram aplicados 7,8 milhões de doses de reforço. No total, foram distribuídas 344,1 milhões de doses a estados e municípios.

 

Confira outras notícias:

- Covid-19: mais de 14 milhões estão com segunda dose da vacina atrasada

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que mais de 14 milhões de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra covid-19 em atraso de mais de 15 dias. A informação foi divulgada hoje (4) no segundo Boletim VigVac, produzido pela Fiocruz Bahia, com base em dados até 25 de outubro.

Os pesquisadores ressaltam que o número de pessoas com a dose em atraso de mais de 15 dias duplicou, entre 25 de setembro e 25 de outubro, saltando de cerca de 7 milhões para 14.097.777. Cerca de metade dos atrasados já deveria ter tomado a segunda dose há mais de 30 dias e 14% deles já perderam o prazo há mais de 90 dias.

A análise levou em conta apenas atrasos de mais de 15 dias por considerar o tempo de entrada das informações na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e por entender que um tempo curto de atraso pode ocorrer por motivos de dificuldade de agendamento e indisponibilidade das pessoas para se vacinarem. Além disso, os pesquisadores ponderam que o risco individual não é elevado em um intervalo relativamente curto de demora na conclusão do esquema vacinal. 

Entre as vacinas utilizadas no Brasil, AstraZeneca, Coronavac e Pfizer requerem a aplicação da segunda dose para que a imunização seja considerada completa. O número de atrasos para a AstraZeneca é de 6.739.561; Coronavac, 4.800.920; e Pfizer, 2.557.296. Os dados do atraso na segunda dose podem ser consultados em um painel mantido pela Fiocruz Bahia.

Motivos

Os pesquisadores alertam que o atraso diagnosticado no sistema de informações do Ministério da Saúde pode ser justificado por diferentes razões, como a própria demora em buscar a segunda dose, a lentidão para registro na base de dados, o esgotamento e a sobrecarga das equipes de gestão, vigilância e atenção à saúde, a disseminação de notícias falsas sobre a imunização, a falta de estoque de reserva de imunizantes e mortalidade, dentre outros. 

Apesar dessa variedade de possibilidades, a pesquisa ressalta que os gestores de saúde devem fazer uma análise cuidadosa para identificar as causas mais prováveis do atraso em cada localidade. "Este diagnóstico será útil para orientar as ações de estímulo à população para completar o esquema vacinal", recomendam.

"É fundamental adotar estratégias para aumentar a adesão ao esquema vacinal completo, uma vez que os estudos sobre efetividade de vacinação têm demonstrado que a proteção contra infecção, hospitalização e morte é significativamente maior no grupo com esquema vacinal completo quando comparado com o grupo com apenas uma dose da vacina. Também foi mostrado que a proteção contra as novas variantes do Sars-CoV-2 é mais efetiva somente após duas doses da vacina."

 

- Anvisa flexibiliza normas para pesquisas clínicas no Brasil

Medida tem objetivo de diminuir tempo de análise de novas pesquisas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou norma flexibilizando os procedimentos e exigências para a realização de ensaios clínicos visando o registro de medicamentos no Brasil.

Pela nova norma, poderão ser considerados pela agência os dados de análises realizadas por autoridades sanitárias de outros países nesse processo de exame. Contudo, serão válidas apenas aquelas das nações integrantes do Conselho Internacional para Harmonização de Requerimentos Técnicos para Produtos Farmacêuticos de Uso Humano.

A norma também alterou o tempo de análise dos Dossiês de Desenvolvimento Clínicos de Medicamentos, de 180 para 120 dias. Se este prazo não for cumprido, a Anvisa autorizará a importação do produto relativo à pesquisa desde que esse tenha um ou mais estudos aprovados por autoridade sanitária de países do Conselho Internacional para Harmonização de Requerimentos Técnicos para Produtos Farmacêuticos de Uso Humano ou do Reino Unido.

Essa flexibilização, contudo, não valerá para vacinas. Neste caso, a pesquisa clínica só poderá ocorrer após avaliação da Anvisa e permissão emitida pelo órgão, bem como as aprovações éticas previstas na legislação.  

Segundo comunicado da Anvisa, o objetivo com a flexibilização foi diminuir o tempo de análise de novas pesquisas. A medida terá caráter temporário, durando até 120 depois do fim da emergência em saúde pública de importância nacional decretada em razão da pandemia do novo coronavírus.

Ainda conforme o órgão, com a pandemia, a equipe técnica da Anvisa se concentrou nas análises de requerimentos relacionados ao tema, como o exame de pesquisas e autorizações de vacinas contra a covid-19.

Isso teria feito com que a análise de pedidos de pesquisas de medicamentos de outras enfermidades tivesse uma demora maior no tempo de resposta de 180 dias, prazo aplicável a um conjunto de pesquisas clínicas que correspondem a 46% dos pedidos feitos entre janeiro de 2020 e setembro de 2021.

 

Retomada de eventos sociais requer cobertura vacinal de 80%

Boletim considera percentual da população total imunizada

O novo Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado hoje (4) pela instituição, adverte para a necessidade de cautela na retomada de eventos sociais com aglomeração, considerando somente o percentual de adultos completamente vacinados. Os pesquisadores do Observatório afirmaram ser fundamental que se atinja o patamar de 80% de cobertura vacinal da população total para que sejam retomados eventos com grande público. Alcançada essa meta, alertam que, além dos adultos, a campanha de imunização deve atingir também crianças e adolescentes.

Os cientistas lembraram que a população de adolescentes, pelo tipo de comportamento social que tem, é um dos grupos com maior intensidade de circulação nas ruas e convive com outros grupos etários e sociais mais vulneráveis. “Por isso, é equivocado pensar que, com a população somente adulta coberta adequadamente, a retomada irrestrita dos hábitos que aglomeram pessoas é possível”, diz o boletim.

De acordo com o boletim, a cobertura vacinal vem aumentando gradualmente, tendo atingido, recentemente, 55% da população total, portanto ainda distante do patamar ideal. O documento destaca também a existência de uma quantidade significativa de pessoas que precisam retornar aos postos de saúde para a segunda aplicação da vacina contra a covid-19.

Segundo destacam os pesquisadores, a recomendação é que, enquanto se caminha para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos devem ser mantidas e a realização de atividades que representem maior concentração e aglomeração de pessoas só sejam realizadas com comprovante de vacinação. O documento acentua que países do Leste Europeu, bem como os Estados Unidos, vêm apresentando surtos de covid-19 em condições de baixa cobertura de vacinação, o que deve ser evitado no Brasil.

Estabilidade

Na avaliação dos pesquisadores da Fiocruz, o cenário brasileiro ainda é de estabilidade nas taxas de transmissão do vírus Sars-CoV-2. Foram notificados, em média, 11.500 casos e 320 óbitos diários, ao longo da Semana Epidemiológica (SE) 43, compreendida entre os dias 24 e 30 de outubro. Esses números representam redução de 0,7% ao dia nos registros de casos e menor velocidade de redução do número de óbitos no país, que agora atinge 0,4%, depois de 14 semanas de redução acelerada e sustentada, com velocidade de 1% a 2%.

Os cientistas acentuaram que embora o registro de casos e de óbitos por covid-19 se mantenha em trajetória declinante, a taxa de positividade dos testes de diagnóstico permanece alta, o que pode ser atribuído à exposição ao vírus e à presença de indivíduos fora de casa. “O Índice de Permanência Domiciliar mostra, por exemplo, que há mais pessoas nas ruas do que antes da pandemia”, indica o boletim.

No que se refere à ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS), o indicador se mantém em patamares inferiores a 50% na maior parte das unidades da Federação. Segundo o documento da Fiocruz, o único estado na zona de alerta intermediário é o Espírito Santo (67%). Com exceção dos estados onde não ocorreu a retirada de leitos destinados à covid-19, os aumentos mais significativos do indicador foram registrados no Pará (34% para 47%) e no Rio Grande do Norte (41% para 50%), entre os dias 25 de outubro e 1º de novembro. “É importante também comentar que as taxas do Rio Grande do Sul (54%) e sua capital, Porto Alegre (63%), estão baseadas em todo o conjunto de leitos de UTI disponíveis no SUS, tanto para covid-19 quanto para outras causas de internação, e que possivelmente as taxas específicas para covid-19 seriam mais baixas”, observaram os pesquisadores.

Ocorreram reduções nos leitos de UTI para adultos destinados à covid-19 no SUS em Rondônia (89 para 79 leitos), Amazonas (155 para 135 leitos), Amapá (116 para 76 Leitos), Ceará (133 para 90 leitos), Pernambuco (777 para 760 leitos), Bahia (562 para 536 leitos), Minas Gerais (2.516 para 2.449 leitos), Rio de Janeiro (1.614 para 1.522 leitos), Paraná (1.436 para 1.215 leitos), Santa Catarina (786 para 761 leitos), Mato Grosso do Sul (259 para 239 leitos) e Mato Grosso (275 para 248 leitos).

 

Fonte: Agência Brasil