Política

Bolsonaro defende PEC dos Precatórios para dobrar valor do Bolsa Família





O presidente Jair Bolsonaro defendeu neste sábado (6.nov.2021) a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios para conseguir “dobrar” o valor do Bolsa Família. O chefe do Executivo quer alterar o nome do programa assistencial para Auxílio Brasil.

A declaração foi feita depois de “motociata” no Paraná. Ele passeou de moto com apoiadores entre Piraí do Sul e Ponta Grossa. Ao final do trajeto, comentou sobre os efeitos da pandemia de covid-19 na economia. Disse que o mundo foi impactado pela inflação, que aumentou os preços dos combustíveis e alimentos. Segundo ele, é preciso dobrar o valor do benefício aos mais pobres para compensar o aumento do custo dos produtos.

“Estamos votando aqui a tal da PEC dos Precatórios para poder realmente fazer com que o Orçamento nosso funcione no ano que vem, para dobrar o Bolsa Família, porque estamos vivendo uma inflação de alimentos, inflação de combustíveis. Estamos pagando a conta, que eu não apoiei, do ‘fica em casa, a economia a gente vê depois’. Estamos fazendo o possível”, afirmou o presidente. O valor médio do Auxílio Brasil será de R$ 300.

O governo federal tenta aprovar a proposta que revê o pagamento de R$ 89 filhões dos precatórios –dívidas judiciais da União– e flexibiliza a emenda constitucional do teto dos gastos, que limita as despesas do governo. As PECs são o tipo de projeto mais difícil de ser aprovado. Precisam de 3/5 dos votos nos plenários da Câmara e do Senado, em 2 turnos de análise em cada Casa. Depois, podem ser promulgadas. Não necessitam de sanção presidencial como projetos de lei, por exemplo. Entenda os próximos passos.

Bolsonaro não comentou a decisão da ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou na 6ª feira (5.nov.2021) a suspensão do pagamento das emendas de relator do Orçamento de 2021. As emendas são uma parte do Orçamento que o relator da LOA (Lei Orçamentária Anual) define a destinação, mas não há a devida transparência sobre onde os recursos são empregados e quem pede por eles. Esse tipo de emenda tem sido negociada entre os deputados e senadores para viabilizar a aprovação de projetos de interesse do governo, como a PEC dos Precatórios. Congressistas falam que a decisão pode inviabilizar a votação.

Confira outras notícias:

- Bolsonaro diz que Petrobras “infelizmente” é independente e sugere privatização

Em comunicados, Ministério da Economia e Petrobras afirmaram que não há estudos para a venda da empresa

Ao comentar sobre preços de combustíveis em alta, o presidente Jair Bolsonarolamentou neste sábado (6) que a Petrobras seja independente na definição das cotações e voltou a falar sobre a possibilidade de privatizar a companhia.

“Sabemos da inflação, aumento de combustíveis, sabemos da Petrobras, (ela) é independente, infelizmente, independente. E estamos buscando uma maneira da nossa parte de ficar livre da Petrobras”, afirmou ele, após participar de uma motociata no Paraná.

O presidente também manifestou a intenção de fatiar “bastante” a Petrobras e “quem sabe partir para privatização”. Mas ele ponderou que esse processo de desestatização seria demorado.

A Petrobras vem realizando um amplo programa de desinvestimentos, que inclui vendas de oito refinarias, para reduzir sua dívida e focar investimentos em ativos de exploração e produção de petróleo no pré-sal.

Recentemente, executivos da Petrobras reforçaram que a empresa segue política de preços de combustíveis que se baseia em análises técnicas independentes, mas evitando repassar para o mercado e clientes as volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.

Com ajustes ao final do mês passado, o diesel vendido nas refinarias da Petrobras passou a acumular alta de cerca de 65% neste ano, enquanto a gasolina subiu mais de 70% no acumulado de 2021.

Os comentários de Bolsonaro ocorrem após o Ministério da Economia ter encaminhado comunicação à Petrobras afirmando que não há estudos para a privatização da empresa, após o presidente Jair Bolsonaro ter feito declarações sobre o tema.

“O Ministério da Economia encaminhou comunicação formal informando não haver fato relevante a ser comunicado ao mercado pela União neste momento ou recomendação de inclusão da desestatização da Petrobras no Programa de Parcerias de Investimentos, e que não há estudos ou avaliações em curso que tratem do tema”, informou a Petrobras em nota pública divulgada na sexta-feira (5).

Procurada pela CNN neste sábado, a companhia informou que não vai se posicionar sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro e destacou que o único posicionamento da estatal será o já enviado nesta sexta-feira (05).

PEC dos Precatórios

O presidente voltou a afirmar sobre a importância de o Congresso Nacional concluir a votação da chamada PEC dos Precatórios, para o governo “fazer com que o orçamento funcione no ano que vem, para dobrar o Bolsa Família”.

“Estamos vivendo uma inflação de alimentos, inflação de combustíveis, estamos pagando a conta ‘do fique em casa, a economia a gente vê depois'”, comentou diante de uma plateia, formada em grande parte por motociclistas que participaram do evento.

Ele disse também que é importante renovar o Poder Judiciário.

“No Judiciário também tem renovação, quem se eleger presidente ano que vem indica dois ministros do Supremo no início de 2023, vai mudando, vamos oxigenando, e não podemos ficar eternamente no poder, isso não é bom, o meu limite são oito anos”, disse.

 

- Presidente da CPI tem "cara de capivara", diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje que o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), tem "cara de capivara". A comissão atribuiu crimes ao presidente na condução da pandemia de combate ao coranavírus, como a de causar epidemia com resultado em mais mortes, por tentar contaminar mais pessoas propositadamente, a chamada "imunidade de rebanho".

 

Mas, para Bolsonaro, "a única acusação bombástica" foi a crítica de Omar Aziz de que o presidente era motoqueiro e participava de passeios com motociclistas durante a pandemia.

 

"Aquela cara de capivara me chamando de motoqueiro", ironizou o presidente, em Ponta Grossa (PR), depois de participar de uma motociata com outros motociclistas na região.

 

Ele defendeu a categoria dos motoqueiros, como os motoboys que entregam pizzas e remédios à noite.

 

Bolsonaro disse que ninguém nunca pensou nos motoqueiros. Ele citou proposta para zerar os pedágios para veículos sobre duas rodas.

 

 

Justiça derruba decisão que suspendeu resultado de leilão da Aneel

Eia a íntegra da decisão.

O Procedimento Competitivo Simplificado 1/2021 foi feito em 25 de outubro e resultou na contratação adicional de 1.220 MWh de potência para o SIN (Sistema Interligado Nacional). O objetivo é formar uma espécie de backup ou “colchão” de energia em caso de insuficiência da oferta em relação à demanda para o país nos próximos 4 anos.

Essa reserva energética custará cerca de R$ 39 bilhões, valor que será pago pelos consumidores por meio da conta de luz. O leilão foi determinado em setembro pela CREG (Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética), um grupo interministerial criado em junho para definir as ações de combate à crise energética decorrente da escassez hídrica.

Em sua decisão, Ítalo afirmou que verificou, na suspensão, “a existência de potencial risco de grave lesão à ordem pública” e que a decisão do juiz na primeira instância interferiu “o próprio mérito da competência administrativa de gestão das políticas públicas de fornecimento de energia elétrica traçadas pela União e pela Aneel“.

Fonte: Poder360 - CNN Brasil - UOL