Política

Não seremos marido e mulher. Seremos uma família, diz Bolsonaro a Valdemar





Durante seu evento de filiação ao PL, o presidente Jair Bolsonaro recorreu mais uma vez a uma metáfora que ele usa frequentemente: a do casamento. Desta vez, Bolsonaro disse, dirigindo-se ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, que eles não serão marido e mulher, mas serão uma família. Valdemar foi condenado e preso por causa do esquema do mensalão.

Confesso, prezado Valdemar, a decisão não foi fácil. Até mesmo o Marcos Pereira [presidente nacional do Republicanos], conversei muito com ele, bem como outros parlamentares também. E uma filiação é como um casamento. Agora, não seremos marido e mulher, seremos uma família. Mas vocês todos fazem parte dessa nossa família.Jair Bolsonaro, durante evento de filiação ao PL

Bolsonaro se elegeu presidente com um discurso de crítica à política tradicional, apesar de ter passado sete mandatos como deputado federal e a maior parte do tempo filiado a partidos do centrão.

Com a filiação ao PL, Bolsonaro retoma também seu "casamento" com o centrão. "Estou me sentindo em casa", falou ele aos diversos deputados presentes, passando a mão sobre os ombros do deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, em referência aos 28 anos que passou na Casa.

Ainda sobre sua relação com o partido, o presidente afirmou que ele e Valdemar não vão definir as coisas sozinhos. Informações de bastidores davam conta de que Bolsonaro demorou para acertar sua entrada em um partido porque exigia ter controle total sobre a legenda.

"Eu e o Valdemar não somos pessoas que vamos definir as coisas sozinhos. Em grande parte, a nossa visão vai passar por vocês. Nós queremos compor e, com essa composição, fazer o melhor para o Brasil", disse.

 

- Presidente Bolsonaro assina filiação ao PL

O presidente Jair Bolsonaro se filiou hoje (30) ao Partido Liberal (PL). O ato de assinatura da ficha de filiação foi realizado nesta manhã durante uma cerimônia promovida pela legenda.

Eleito em 2018 pelo PSL, Bolsonaro deixou o partido em novembro de 2019 e não estava filiado a nenhum partido. A condição é necessária para a disputa das eleições gerais de 2022. Até o momento, a eventual candidatura do presidente à reeleição não foi oficializada.

Durante o evento, Bolsonaro destacou que a cerimônia foi uma simples filiação ao partido e que não estava “lançando ninguém a cargo nenhum”.

"Estou me sentindo aqui em casa, dentro do Congresso Nacional, aquele plenário da Câmara dos Deputados, tendo em vista a quantidade enorme de parlamentares aqui presentes. Vocês me trazem lembranças agradáveis, lembranças de luta, de embate, mas, acima de tudo, momentos em que nós, juntos, fizemos pelo nosso país. Eu vim do meio de vocês. Fiquei 28 anos dentro da Câmara dos Deputados”, disse.

Pelas redes sociais, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, confirmou que também se filiou ao partido e que será pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte.

 

- Bolsonaro destaca ministro Rogério Marinho para concorrer ao Senado

 

O pedido foi feito pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) ao ministro do Desenvolvimento Regional

 

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, foi o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser candidato ao Senado nas eleições de 2022. O pedido foi feito ao ministro pelo próprio presidente. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.

 

Com o pedido, Bolsonaro tem o objetivo de formar bancadas fortes na Câmara e no Senado. A lista de nomes para candidaturas inclui também o da ministra da Agricultura, Teresa Cristina, e o do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni.

 

Todos eles devem mudar de partido até o mês de março do ano que vem. Isso por conta da janela partidária que permite as alterações nas bancadas sem que ninguém possa ser acusado de infidelidade partidária.

 

Múltiplos partidos

 

O Partido Liberal (PL) não deve ser o único a receber os novos nomes. Bolsonaro pretende distribuir os candidatos de seu governo em várias linhas de frente.

 

A ministra Cristina, por exemplo, pode se filiar tanto ao PL como também ao Partido Progressista (PP). Para isso, deve haver um estudo com o objetivo de analisar quais destes partidos basilares do centrão vai se compor melhor aos nomes indicados, mantendo a aliança com as bancadas.

 

Filiação ao PL

 

Após dois anos sem estar em um partido político, o presidente Jair Bolsonaroassinou sua filiação ao PL nesta terça-feira (30) em um evento em Brasília.

 

Em seu discurso, o presidente afirmou que, no PL, quer ajudar a compor bancadas para as eleições 2022 a fim de “fazer melhor para o Brasil”, mas também disse que o evento não servia para “lançar ninguém a cargo nenhum”.

 

Fonte: Poder360 - Agência Brasil - CNN Brasil