Política

Bolsonaro é intimado a depor sobre ataque hacker no TSE





Desconfiança surgiu após o chefe do Executivo utilizar dados da investigação sigilosa para atacar urnas eletrônicas

A Polícia Federal (PF) desconfia que o presidente Jair Bolsonaro tenha ligação com o ataque hacker ocorrido no sistema do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) em 2018. Detetives enviaram intimação nesta terça-feira (14/12) ao Planalto para que Bolsonaro se explique sobre afirmações dadas em uma entrevista em agosto, na qual o chefe do Executivo utilizou informações da investigação sigilosa para atacar, sem provas, a segurança das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro.

O caso tramita dentro de investigação das fake news e foi aberto por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Na época, os ministros do TSE encaminharam ao STF uma notícia-crime contra o presidente por vazamento de inquérito sigiloso da PF nas redes sociais do chefe do Executivo. O documento pedia a apuração de eventual delito por parte de Bolsonaro, do delegado da PF que preside as investigações e do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR). 

 

 

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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado sabatinou nesta terça-feira (14) os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG), Kátia Abreu (PP-TO) e Fernando Bezerra (MDB-PE), para concorrem a uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A votação em plenário para a escolha do substituto do ministro Raimundo Carreiro, recém-aprovado embaixador do Brasil em Portugal, vai ocorrer ainda hoje, às 16h.

 

Ao contrário da apreciação por acordo, como acontecia nos últimos anos, os sabatinados vão disputar a vaga voto a voto. Lá,  será necessário o maior número de votos para um nome ser aprovado. A votação será secreta e impressa.

 

A relatoria dos nomes ficaram por conta do senadores Cid Gomes (PDT-CE), com Anastasia. O líder do Governo no Congresso, com Eduardo Gomes (MDB-TO).  Já a indicação de Kátia será feita por Oriovisto Guimarães (Podemos-PR).

 

O senador Antonio Anastasia destacou sua passagem por cargos públicos durante sua carreira profissional. O parlamentar disse que seria o ideal ao cargo porque reunia todos os requisitos para compor um perfil de ministro da corte de contas.

 

“Eu tenho essa dedicação e essa formação ao tema, que me estimula e me entusiasta. Acredito, de uma maneira humilde, que eu tenha o perfil de um magistrado, o equilíbrio, o bom senso”, disse.

 

Em fala aos senadores, o líder do governo afirmou que o cargo de ministro é um dos “mais importantes na área pública”. Segundo ele,  a vaga exige conhecimento técnico, experiência em gestão e, acima de tudo, sensibilidade para bem fiscalizar os usos do dinheiro público. 

 

Bezerra também pediu apoio dos colegas partidários do MDB e destacou seu histórico na vida parlamentar. Ele afirma que vai reunir as condições necessárias para assumir uma cadeira no TCU.

 

Em fala centrada na família e na vida de administração pública, Katia Abreu ressaltou sua “ficha limpa” na política.  “Graças a Deus, eu não tenho um processo que duvide da minha idoneidade. Sei que muitos são processados injustamente e vão provar sua inocência, mas eu nunca fui processada”, afirmou. 

 

Religiosa, Abreu diz que é movida pela fé e exemplo familiar dos pais. Aos senadores, Kátia pediu para que os colegas fossem “iluminados” pelo Espírito Santo de Deus, para que consigam fazer a melhor escolha para o país.

 

No TCU, a vaga garante um salário bruto de R$ 37.328,65, de acordo com o site de transparência do órgão. O cargo também dá o direito a 60 dias de férias por ano e a possibilidade de uso de um apartamento funcional na capital federal. Os ministros do Tribunal devem permanecer no cargo até completarem 75 anos. Pelas contas, Bezerra ficaria por 11 anos; Anastasia por 15 e Katia por 16. 

Fonte: Correio Braziliense - Congresso em Foco