O estoque de crédito do país subiu 1,8% em novembro, no 10º mês consecutivo de crescimento. Com isso, atingiu o saldo de R$ 4,575 trilhões.
Os dados sobre o saldo de novembro das operações de crédito do sistema financeiro nacional foi publicado nesta 3ª feira (28.dez.2021) pelo BC (Banco Central). Eis a íntegra (332 KB).
Segundo o BC, o estoque de empréstimos e financiamentos do país está em alta desde fevereiro e acumula uma alta de 13,8% em 2021. A autoridade monetária estima que o saldo de crédito crescerá 14,6% neste ano.
Em novembro, o saldo das operações de crédito concedidas a pessoas físicas avançou 2%, para R$ 2,640 trilhões. Já o saldo referente às pessoas jurídicas subiu 1,4%, para R$ 1,934 trilhão.
Em termos de crédito livre e direcionado, o aumento do estoque foi puxado pelo crédito livre. Esse tipo de crédito cresceu 2,4% em novembro e é negociado livremente no mercado. Já o crédito direcionado conta com subsídios do governo e subiu 0,8% no mês.
As concessões de crédito subiram 4,5% em novembro e registraram uma taxa média de juros de 24,3% ao ano. A taxa subiu 1,2 ponto percentual no mês e 5,7 pontos percentuais em 1 ano. O spread bancário, diferença entre a taxa que os bancos pagam para captar dinheiro e os juros cobrados dos clientes, chegou a 15,6 pontos percentuais.
Segundo o BC, a inadimplência ficou estável em 2,3%.
- Juro do rotativo do cartão de crédito é o maior desde 2017
A taxa de juros do cartão de crédito rotativo subiu de 343,5%, em outubro, para 346,1% em novembro, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central nesta 3ª feira (28.dez.2021). O índice é o maior desde agosto de 2017.
O rotativo é uma linha de crédito oferecida aos clientes que não pagam o valor integral da fatura do seu cartão, e o débito restante vem no mês seguinte, sobre o qual é aplicado juros. Os índices divulgados pelo BC nesta 3ª feira (28.dez) correspondem a uma média, já que os números podem variar de acordo com a instituição financeira e com o plano contratado pelo cliente.
A taxa de juros de pessoa jurídica subiu 20,3% em novembro, considerando as operações com recursos livres, ou seja, que não contam com subsídios do governo. O índice é o maior desde janeiro de 2019, quando a taxa estava em 20,4%.
O índice de juros do cheque especial também aumentou, fechando em 129,6% no mês passado. Em outubro, o BC registrou 128,2%.
Já a taxa do parcelado do cartão de crédito caiu de 172,6%, em outubro, para 167,5%, em novembro.
As demais taxas divulgadas pelo BC subiram em novembro, veja:
Fonte: Poder360