Política

Com ômicron, governo avalia crédito extraordinário para Saúde





O governo federal pode ter que pedir mais créditos extraordinários para lidar com a pandemia de covid-19 em 2022. A possibilidade é analisada por causa do avanço da variante ômicron.

O crédito extra foi discutido nesta 3ª feira (11.jan.2022) em reunião realizada no Ministério da Economia pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Marcelo Queiroga (Saúde). O compromisso não constava na agenda dos ministros.

Na saída da reunião, Queiroga disse a jornalistas que procurou Guedes para falar sobre o Orçamento de 2022 e a possibilidade de créditos extraordinários por causa da ômicron e da perspectiva de reforço do sistema de saúde.

“Existe um orçamento regular. Mas, se tivermos um cenário emergencial, pode ser que isso (crédito extra) seja necessário. Não estamos pensando nisso, mas temos que nos preparar para tudo”, afirmou. Ele seguiu: “Vamos esperar a coisa ficar mais clara para ter um posicionamento mais claro”.

Segundo Queiroga, Guedes foi “muito receptivo” e a reunião foi “produtiva”. Em vídeo postado pelo ministro da Saúde nas redes sociais, o titular da Economia fala que “nunca faltou dinheiro para a saúde e não vai faltar”.

O Orçamento de 2022 que foi aprovado pelo Congresso Nacional e aguarda a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL) prevê R$ 147 bilhões para o Ministério da Saúde. O projeto orçamentário foi aprovado antes do aumento de casos de covid-19. Segundo os dados do governo, a média móvel de casos subiu 734% nesta 3ª feira (11.jan), em relação a duas semanas atrás.

 

Confira outras notícias 

- Pfizer derruba vídeo em que CEO cita eficácia limitada de vacina

A farmacêutica norte-americana Pfizer tirou do ar um vídeo em que seu CEO, Albert Bourla, diz que duas doses da vacina produzida pela empresa contra a covid-19 podem não fornecer proteção contra a infecção causada pela variante ômicron.

No vídeo, o executivo afirmou: “Sabemos que as duas doses da vacina oferecem uma proteção muito limitada, se houver. As 3 doses, com o reforço, oferecem proteção razoável contra hospitalização e óbitos”.

A empresa tirou do ar o vídeo publicado na conta do Twitter do comentarista político Clay Travis. A alegação foi de que as imagens infringiram os direitos autorais da companhia.

As declarações, dadas ao Yahoo! Finance na 2ª feira (10.jan), foram alvo de críticas. “Então por que as pessoas estão sendo demitidas por não tomarem uma vacina que aparentemente não funciona mais?”, questionou um dos comentários.

Na entrevista, Bourla disse ainda que a ômicron é um alvo mais difícil do que as variantes anteriores do coronavírus, já que tem dezenas de mutações que podem escapar de parte da proteção fornecida pelas duas doses do imunizante da Pfizer.

Ainda na 2ª feira (10.jan), o CEO disse que a Pfizer espera ter pronta uma vacina contra a covid-19 adaptada à variante ômicron até março.

A empresa começou a trabalhar em uma nova versão da vacina destinada mais especificamente a conter a variante ômicron em novembro de 2021.

A eficácia reduzida do imunizante da Pfizer contra a variante ômicron já era conhecida. Estudo da Universidade Oxford divulgado em dezembro de 2021 indicou que duas doses do imunizante induzem menos anticorpos contra a ômicron do que contra outras variantes. A conclusão agora é corroborada por declaração do próprio CEO da farmacêutica.

Poder360 procurou a Pfizer para maiores esclarecimentos sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

Fonte: Poder360