Cultura

O encorajamento do Papa aos habitantes atingidos pelo vulcão nas Canárias





"Eu os acompanho na reconstrução” é a mensagem do Papa aos habitantes da ilha que, desde setembro, sofre com as consequências da erupção de um vulcão. O bispo de Tenerife gravou o vídeo com o Pontífice na sexta-feira (21/01), durante a audiência ao terceiro grupo de bispos espanhóis em visita ad limina.

Sofia Lobos – Vatican News

"Eu os acompanhei desde o momento da erupção e os acompanho na reconstrução." O Papa Francisco expressou palavras de encorajamento à população de La Palma, ilha das Canárias que há seis meses sofre com as consequências do vulcão, cujas erupções começaram em 19 de setembro e prosseguiram até 13 de dezembro.

O Pontífice gravou um breve vídeo no celular do bispo de Tenerife (uma das ilhas das Canárias), por ocasião da visita ad limina apostolorum do terceiro grupo de bispos da Conferência Episcopal Espanhola, recebidos no Vaticano. Trata-se de bispos das províncias eclesiásticas de Granada, Sevilha e Mérida-Badajoz.

Francisco se dirige a uma população que está enfrentando um futuro repleto de incertezas, porque, depois do desastre devastador, milhares de pessoas tiveram que ser evacuadas, perderam suas moradias e também o emprego.

"É difícil, mas não se rendam. Reconstruir significa sempre fazer um passo adiante. Significa dizer que a derrota não tem a última palavra, significa não se cansar de olhar o horizonte." Palavras de solidariedade e afeto, como aquelas recentemente dirigidas ao povo das ilhas de Tonga, também atingidas por uma devastadora erupção de um vulcão submarino e pelo tsunami que provocou. 

"É difícil, mas não abatam”, acrescentou o Papa, concluindo: "Estou com vocês e rezo por vocês ".

 

Confira outras notícias 

- Domingo da Palavra: uma semente que deve ser levada ao mundo

Dom Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização se detém em alguns detalhes da Missa que o Papa celebrará no próximo Domingo da Palavra de Deus. "Tornar os fiéis responsáveis pelo processo da transmissão viva da Palavra de Deus".

Eugenio Bonanata e Daniele D’Elia – Vatican News

No próximo Domingo da Palavra de Deus, 23 de janeiro, o Papa Francisco presidirá a celebração da Missa na Basílica de São Pedro. Na ocasião estarão presentes duas pessoas provenientes da Amazônia para receber o ministério de Catequista. "É um modo de dar sequência ao Sínodo sobre a Amazônia, que pediu que seja incrementada a obra de evangelização naquela terra", afirma Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Ao falar sobre da celebração litúrgica, o prelado assinalou que Francisco instituirá cerca de quinze pessoas nos ministérios tanto do Leitorado como o de Catequista. "São jovens, homens e mulheres da Coreia, Polônia, Itália, Espanha, África". Enfim, o mundo inteiro está representado. Entretanto, disse Dom Fisichella, "é sobretudo a Igreja que mais uma vez recebe o sinal de que a Palavra de Deus é uma semente que deve ser levada para todo o mundo".

A responsabilidade dos fiéis

E esta é precisamente a dimensão central do dia, que foi criada para difundir a consciência sobre as Sagradas Escrituras: "Tornar os fiéis responsáveis pelo processo da transmissão viva da Palavra de Deus", diz o prelado, que olha em particular para as famílias e as crianças. "Tornamo-nos responsáveis", explicou ele, "na medida em que conseguimos fazer as pessoas entenderem que a Palavra de Deus toca nossas vidas, e na medida em que conseguimos colocar a Sagrada Escritura nas mãos de nossos jovens e famílias, acompanhada também pela reflexão que a Igreja sempre fez sobre o assunto, conseguindo transmiti-la até nós".

A Palavra, depósito de nossa fé

Sobre este ponto Dom Fisichella identifica a preocupação dos cristãos de hoje. E ao fazer isso cita São Jerônimo, que disse que "ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo". "A proclamação da Palavra de Deus, o aprofundamento, a formação dos fiéis são mais urgentes do que nunca neste momento da história". Esta, portanto, é a razão do livro que será dado pelo Papa no final da celebração e das ajudas disponibilizadas pelo Dicastério do Vaticano: trata-se de instrumentos que acompanharão as comunidades para viverem a festa do domingo. "Um sinal - observa Dom Fisichella - para nos lembrar que a Palavra de Deus é escrita, mas também transmitida, pensada, repensada e rezada. E que tudo isso constitui o depósito da nossa fé". Um processo que pode ser traduzido em um projeto formativo concreto que o prelado resume em um princípio antigo: o da "Página Sagrada", ou melhor, de uma leitura da Palavra eclesial feita em comunhão com a experiência viva da Igreja.

 

- Domingo da Palavra de Deus: ministério do Leitorado e Acolitado confiado a leigos e leigas

Com a Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio “Aperuit illis”, o Papa Francisco instituiu em 30 setembro 2019 o Domingo da Palavra de Deus, a ser celebrado no III Domingo do Tempo Comum, dia em que a Igreja celebra a memória litúrgica de São Jerônimo.

Em 23 de janeiro de 2022 será celebrado o terceiro Domingo da Palavra de Deus. Durante a celebração presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro, com início às 9h30, horário local, se sucederão alguns momentos muito significativos. Pela primeira vez, o ministério do Leitorado e do Acolitado será confiado também a leigos e leigas.

 

Na celebração, o Santo Padre realizará o rito pelo qual o ministério de catequista será conferido a fiéis leigos, mulheres e homens. Cada um desses dois ministérios é conferido por meio de um rito, preparado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, apresentado pela primeira vez.

Os candidatos serão convocados antes da homilia, chamados pelo nome e apresentados à Igreja. Após a homilia, queles que terão acesso ao ministério do Leitorado recebem a Bíblia, a Palavra de Deus que são chamados a anunciar.

Aos catequistas, por outro lado, é confiada uma cruz, reprodução da cruz pastoral usada primeiro por São Paulo VI e mais tarde por São João Paulo II, para recordar o caráter missionário do serviço que se preparam para administrar.

Para receber o ministério de catequista, estarão presentes dois leigos provenientes do Vicariato Apostólico de Yurimaguas (Peru), na Amazônia; dois fiéis do Brasil que já estão envolvidos na formação de catequistas; uma mulher proveniente de Kumasi, Gana; o presidente do Centro de Oratórios Romanos, fundado pelo catequista Arnaldo Canepa - que dedicou mais de quarenta anos de sua existência à fundação e direção de Oratórios para jovens, o primeiro dos quais em 1945 - e um leigo e uma leiga de Łódź e Madrid, respectivamente.

Por motivos relacionados às dificuldades de deslocamento provocadas pelas restrições sanitárias atualmente em vigor, não será possível a presença dos dois fiéis da República Democrática do Congo e de Uganda.

Fonte: Vatican News