A taxa básica, a Selic, subiu de 9,25% para 10,75% ao ano nesta 4ª feira (2.fev.2022). A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) foi unânime e era esperada pelo mercado.
Os juros chegaram ao maior nível desde abril de 2017, quando esteve em 11,25% ao ano.
O colegiado aumentou a Selic pela 8ª vez consecutiva. Foi a 3ª alta consecutiva de 1,5 ponto percentual. O Copom começou a subir os juros em março de 2021, de 2% para 2,75%. Relembre:
O comitê é formado pelos diretores do BC (Banco Central). Reúnem-se a cada 45 dias para definir os juros. A Selic é o principal instrumento para controlar a inflação.
O mercado financeiro esperava a alta de 1,5 ponto percentual na Selic nesta 4ª feira (2.fev.2022). As estimativas das principais instituições já indicavam Selic de 10,75% ao ano. O colegiado havia sinalizado elevar o percentual para este patamar.
A Selic subiu 7,25 pontos percentuais em 2021, a maior alta da série histórica.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) terminou 2021 em 10,06%, patamar que é 6,31 pontos percentuais acima da meta de inflação. O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, precisou divulgar uma carta pública com as justificativas para o descumprimento do objetivo inflacionário.
Para 2022, a meta de inflação é de 3,5%. As projeções do mercado financeiro, segundo o Boletim Focus, indicam que a taxa será de 5,38% no fim do ano. O percentual supera o intervalo permitido, que varia de 2% a 5%. Em dezembro de 2021, a autoridade monetária afirmou que as chances de descumprimento da meta de inflação de 2022 são de 41%.
Ao considerar a correção pela inflação, os juros na economia brasileira serão de 6,41% nos próximos meses. A projeção é da Infinity Asset. O país fica em 1º no ranking de maiores juros reais no mundo.
Fonte: Poder360