Economia

Dólar fecha em alta de 0,36%, a R$ 5,295; Bolsa opera em queda





O dólar fechou hoje em alta de 0,36%, cotado a R$ 5,295 na venda. Desde o início de fevereiro, a moeda tem variado pouco, na terça e quarta-feira o valor de venda comercial ficou em R$ 5,27.

Ante a semana passada, o dólar apresentou queda de 1,76%. No comparado com janeiro, a moeda norte-americana teve baixa de 0,20% e, em relação a 2021, caiu em 5,03%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), opera em queda de 0,05%, atingindo 111.833,88 pontos, segundo o atualizado às 17h20 (horário de Brasília). As negociações se encerram às 18h. Ontem também foi um dia de baixa na Bolsa de Valores de São Paulo, com queda de 1,18% na comparação com terça-feira.

Mesmo com a alta do dólar hoje, o preço de venda apresenta uma tímida melhora para quem utiliza o real. Na terça-feira, a moeda norte-americana apresentou queda de 0,62%, cotada a R$ 5,273 na venda, emendando o quarto recuo seguido até então e consagrando o menor valor do dólar em mais de quatro meses, desde 16 de setembro (R$ 5,266).

Reajuste da taxa de juros

A alta do dólar frente ao real nesta quinta-feira é relacionada à indicação do BC (Banco Central), na véspera, de que desacelerará o ritmo de seu ciclo de aperto monetário.

Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) subiu a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual pela terceira vez consecutiva, a 10,75% ao ano, mas surpreendeu parte do mercado ao indicar uma redução no ritmo de ajuste em março.

Taxas de empréstimo mais altas no Brasil, são, no geral, vistas como positivas para o real, já que elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico, atraindo mais recursos de investidores estrangeiros.

 

Confira outras notícias 

BC comunica vazamento de dados de 2,1 mil chaves Pix

Um total de 2.112 clientes da Logbank Soluções em Pagamentos tiveram dados das chaves Pix vazadas, informou hoje (3) o Banco Central (BC). Esse foi o terceiro vazamento de dados desde o lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020.

Segundo o BC, o vazamento ocorreu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. Dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos não foram expostos.

O incidente ocorreu em 24 e 25 de janeiro e expôs os seguintes dados: nome do usuário, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), instituição de relacionamento e número da conta. Todas as pessoas que tiveram informações expostas receberão avisos, mas o BC não informou como as vítimas serão notificadas. Segundo o BC, a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) também foi avisada.

A exposição de dados não significa necessariamente que todas as informações tenham vazado, mas que ficaram visíveis para terceiros durante algum tempo e podem ter sido capturadas. O BC informou que o caso será investigado e que sanções poderão ser aplicadas, como multa, suspensão ou até a exclusão da Logbank do sistema do Pix.

Resposta

A LogBank é uma empresa de meios eletrônicos de pagamentos que atua no segmento Business-to-Business-to-Consumer (B2B2C, na sigla em inglês). Nesse modelo, a indústria vende diretamente ao consumidor, mas a venda é facilitada por outro negócio (distribuidor, varejista ou atacadista), incluindo toda a cadeia comercial.

Agência Brasil está em contato com a Logbank para se posicionar sobre o vazamento. Assim que receber uma resposta, o texto será atualizado.

Esse foi o terceiro incidente de vazamentos de dados do Pix desde a criação do sistema, em novembro de 2020. Em agosto, ocorreu o vazamento de dados 414,5 mil chaves Pix por número telefônico do Banco do Estado de Sergipe (Banese).

No último dia 21, foi a vez de 160,1 mil clientes da Acesso Soluções de Pagamento terem informações vazadas. Nos dois casos, na ocasião foram vazados dados cadastrais, sem a exposição de senhas e de saldos bancários.

Inicialmente, o BC tinha divulgado que o vazamento no Banese tinha atingido 395 mil chaves, mas o número foi revisado mais tarde. Por determinação da Lei Geral de Proteção de Dados, a autoridade monetária mantém uma página em que os cidadãos podem acompanhar incidentes relacionados com a chave Pix ou demais dados pessoais em poder do BC.

 

 

Facebook despenca 26% na Bolsa dos EUA após anúncio de queda nos lucros

As ações da Meta, controladora do Facebook, chegaram a operar em queda de 26% em Wall Street nesta quinta-feira (3), após divulgação de lucros menores no quarto trimestre de 2021. A queda representa cerca de US$ 200 bilhões em capitalização do grupo de Mark Zuckerberg.

Às 15h14, a ação da Meta Platforms perdia 26,01%, a US$ 238,98, pesando fortemente no índice Nasdaq, que recuava 2,67%.

Na quarta-feira após o fechamento, a gigante da mídia social anunciou que perdeu usuários na América do Norte pela primeira vez em sua história, uma queda em seu lucro no quarto trimestre de 2021 e uma perspectiva de crescimento em desaceleração, o que decepcionou analistas.

Só o Facebook perdeu um milhão de usuários diários, algo inédito para a rede social que sempre soube, em seus 18 anos de existência, como atrair novos usuários. A Meta também é dona de Instagram, WhatsApp e Messenger.

Enquanto o preço das ações despencava, a capitalização do Facebook, avaliada em US$ 879 bilhões no fechamento do dia anterior, sofria uma perda fenomenal na quinta-feira, a maior da história de Wall Street, de menos US$ 200 bilhões em uma sessão.

"200 bilhões de dólares é mais do que a capitalização combinada de 452 empresas do S&P 500", comentou o presidente da Meeschaert Financial Services, Gregori Volokhine.

A fortuna de Zuckerberg, estimada em US$ 113 bilhões, também sofreu um corte severo de quase US$ 28 bilhões.

O fundador e presidente do Facebook, agora Meta, falou sobre a concorrência de outras plataformas, mencionando, inclusive, o TikTok.

Queda das empresas de tecnologia

Com um faturamento de US$ 33,6 bilhões, a Meta teve um lucro líquido de US$ 10,3 bilhões no quarto trimestre, ou seja, 8% menos que no mesmo período do ano anterior.

E para o primeiro trimestre de 2022, o grupo prevê o menor crescimento de sua história.

As projeções decepcionantes do Facebook chegam em um momento em que o mercado de ações está muito volátil desde o início do ano, enquanto o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos, Fed) anunciou que em breve aumentará as taxas de juros.

As ações de tecnologia, que são altamente sensíveis às taxas de juros, pois afetam os lucros futuros, sofreram perdas desde janeiro.

Fora do Facebook, outras ações da Nasdaq, que subiram durante a pandemia, foram punidas violentamente nas últimas semanas pelo mercado.

É o caso da Netflix, que caiu quase 22% na sessão de 21 de janeiro, perdendo US$ 40 bilhões de avaliação após ter anunciado previsões de crescimento fracas.

Outros investidores viram neste outono uma oportunidade de fazer um bom negócio: "Não acreditamos que a reação do mercado seja justificada e achamos que a ação da Meta é agora uma oportunidade de investimento atraente", disse Ali Mogharabi, analista da Morningstar.

Fonte: UOL - Agência Brasil - Reuters