Economia

Dólar atinge menor valor em cinco meses, apesar de tensões na Ucrânia





Apesar do agravamento das tensões entre Rússia e Ucrânia, o dólar não sentiu as tensões no mercado externo e caiu para o menor valor em cinco meses. A bolsa de valores também resistiu à baixa nos índices europeus e norte-americanos e fechou em alta pela quinta sessão consecutiva.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (14) vendido a R$ 5,219, com recuo de R$ 0,024 (-0,46%). A cotação começou o dia em alta, chegando a R$ 5,26 por volta das 9h30, mas logo inverteu o rumo e passou a cair após a abertura do mercado norte-americano.

A moeda norte-americana está no nível mais baixo desde 6 de setembro, quando estava a R$ 5,177. A divisa acumula queda de 1,65% em fevereiro e de 6,41% em 2022.

No mercado de ações, o dia também foi dominado pela resistência às pressões externas. O índice Ibovespa, da B3, fechou esta segunda-feira aos 113.899 pontos, com leve alta de 0,29%. O indicador chegou a cair em alguns momentos do dia, mas conseguiu consolidar os ganhos, impulsionado por ações de bancos, que estão divulgando lucros maiores que o esperado.

A bolsa subiu, mesmo com o recuo das ações da Petrobras. Influenciados pelas tensões na Ucrânia, os papéis da estatal, os mais negociados na bolsa, caíram 2,25% (ações preferenciais) e 2,58% (ações ordinárias). As ações despencaram mesmo com a cotação internacional do petróleo tendo atingido o maior nível desde 2014. O barril do tipo Brent, que serve de referência para a Petrobras, foi negociado a US$ 96 hoje.

Apesar das turbulências globais em relação à possibilidade de conflito na Ucrânia, os juros altos no Brasil continuaram atraindo capitais externos nesta segunda-feira. No início do mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, para 10,75% ao ano, no maior nível desde julho de 2017.

 

Confira outras notícias 

Banco Central informará novos valores esquecidos a partir de maio

Segunda etapa da consulta abrangerá mais R$ 4,1 bilhões não sacados

Quem fez a consulta a valores esquecidos nos bancos e foi informado de que não tinha nada a receber terá de repetir o procedimento nos próximos meses. Em maio, o Banco Central (BC) ampliará a base de dados para incluir novos tipos de saldos residuais.

A primeira etapa da consulta, que começou hoje (14) no site do Banco Central(valores a receber), prevê a devolução de R$ 3,9 bilhões para 28 milhões de pessoas físicas ou de empresas com valores não sacados.

O dinheiro vem das seguintes fontes:

• contas-correntes ou poupanças encerradas e não sacadas;

• cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o BC;

• cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito;

• grupos de consórcio extintos.

A segunda etapa do serviço, prevista para começar em maio, permitirá a consulta para a devolução de mais R$ 4,1 bilhões.

Serão incluídos os seguintes valores:

• cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso;

• contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e com saldo disponível;

• contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários;

• demais situações que resultem em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.

Balanço parcial

Segundo o Banco Central, até as 12h de hoje (14), cerca de 20 milhões de pessoas físicas e de empresas haviam consultado a nova plataforma. Diferentemente do sistema anterior, que ficava no ambiente Registrato (siteque informa a relação entre correntistas e as instituições financeiras), o novo site exigirá a criação de uma conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br para autorizar a retirada, caso tenha valores esquecidos.

Calendário

A consulta pode ser feita por qualquer cidadão ou empresa em qualquer horário. No entanto, caso o sistema informe recursos a receber, os usuários foram divididos em três grupos, baseados na data de nascimento ou na data de fundação da empresa.

Quem nasceu antes de 1968 ou abriu a empresa antes desse ano poderá conhecer o saldo residual e pedir o resgate entre 7 e 11 de março, no mesmo site. A própria página informará o horário e a data para pedir o saque. Caso o usuário perca o horário, haverá uma repescagem no sábado seguinte, em 12 de março, das 4h às 24h.

Para pessoas nascidas entre 1968 e 1983 ou empresas fundadas nesse período, o prazo será de 14 a 18 de março, com repescagem em 19 de março. Quem nasceu a partir de 1984 ou abriu empresa nesse ano, a data vai de 21 a 25 de março, com repescagem em 26 de março. As repescagens também ocorrerão aos sábados no mesmo horário, das 4h às 24h.

Quem perder o sábado de repescagem poderá pedir o resgate a partir de 28 de março, independentemente da data de nascimento ou de criação da empresa. O BC esclarece que o cidadão ou empresa que perderem os prazos não precisam se preocupar. O direito a receber os recursos são definitivos e continuarão guardados pelas instituições financeiras até o correntista pedir o saque.

 

 

- BC informará viúvos e órfãos sobre saque de valores esquecidos

Disponível desde ontem (13) à noite, a consulta a valores esquecidos em bancos e demais instituições financeiras pode ser feita facilmente pelos correntistas. Basta digitar o CPF ou o CNPJ e a data de nascimento para saber se existem saldos residuais a serem sacados.

No entanto, como fica no caso de o correntista ter morrido? Os viúvos e herdeiros terão direito a reaver os valores?

Responsável pelo site que informa sobre valores a receber, o Banco Central (BC) informou que divulgará, nos próximos dias, os procedimentos a serem seguidos por terceiros legalmente autorizados que querem pedir o saque de valores. A orientação valerá para herdeiros, procuradores, tutores, curadores, inventariantes e responsáveis por menores não emancipados.

Conforme teste da reportagem da Agência Brasil, a primeira etapa da consulta, em que o sistema informa se existem valores a receber pode ser feita digitando o CPF do falecido.

A segunda etapa, em que a quantia disponível é revelada e se pode pedir o resgate, não pode ser executada. Isso porque essa etapa exigiria login prata ou ouro no Portal Gov.br, no nome do titular da conta.

As etapas no site do BC são apenas a primeira parte do desafio. O saque de contas de falecidos só pode ser feito por inventariante e com autorização da Justiça.

Caso o órfão ou o viúvo não tenha inventário pronto, é possível abrir o processo direto no cartório, sem a necessidade de ir à Justiça. Em tese, há uma segunda etapa mais complicada, que pode exigir autorização da Justiça.

O filho, irmão ou viúvo que quer ter acesso ao dinheiro precisará pedir um alvará na Justiça para obter as certidões de nascimento, de óbito e de casamento do parente falecido.

Os documentos precisam estar atualizados com a data do pedido de saque. O pedido de nova emissão só pode ser feito por meio de advogado ou de defensor público, com base nos artigos 666 e 725 do Código de Processo Civil.

As certidões atualizadas são necessárias para verificar o regime de casamento, se o viúvo era casado com comunhão parcial ou total de bens. Assim como na partilha tradicional de bens, o dinheiro seria repartido conforme o testamento do falecido. Na ausência de testamento, cada herdeiro ficaria com sua parcela, com o viúvo podendo ficar com a metade do valor, dependendo do regime de casamento.

O Banco Central pode adotar procedimentos simplificados para reaver o dinheiro. Essa possibilidade, no entanto, precisa estar em linha com a legislação, o que demanda tempo para a autoridade monetária analisar as opções, antes de tomar uma decisão.

Balanço parcial

Segundo o Banco Central, até as 12h de hoje (14), cerca de 20 milhões de pessoas físicas e de empresas haviam consultado a nova plataforma. Diferentemente do sistema anterior, que ficava no ambiente Registrato (siteque informa a relação entre correntistas e as instituições financeiras), o novo site exigirá a criação de uma conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br para autorizar a retirada, caso tenha valores esquecidos.

Calendário

A consulta pode ser feita por qualquer cidadão ou empresa em qualquer horário. No entanto, caso o sistema informe recursos a receber, os usuários foram divididos em três grupos, baseados na data de nascimento ou na data de fundação da empresa.

Quem nasceu antes de 1968 ou abriu a empresa antes desse ano poderá conhecer o saldo residual e pedir o resgate entre 7 e 11 de março, no mesmo site. A própria página informará o horário e a data para pedir o saque. Caso o usuário perca o horário, haverá uma repescagem no sábado seguinte, em 12 de março, das 4h às 24h.

Para pessoas nascidas entre 1968 e 1983 ou empresas fundadas nesse período, o prazo será de 14 a 18 de março, com repescagem em 19 de março.

Quem nasceu a partir de 1984 ou abriu empresa nesse ano, a data vai de 21 a 25 de março, com repescagem em 26 de março. As repescagens também ocorrerão aos sábados no mesmo horário, das 4h às 24h.

Quem perder o sábado de repescagem poderá pedir o resgate a partir de 28 de março, independentemente da data de nascimento ou de criação da empresa.

O BC esclarece que o cidadão ou empresa que perderem os prazos não precisam se preocupar. O direito a receber os recursos são definitivos e continuarão guardados pelas instituições financeiras até o correntista pedir o saque.

 

- Procura por crédito sobe 7,2% em janeiro, mostra Serasa Experian

A procura dos consumidores por crédito aumentou 7,2% em janeiro em comparação ao mesmo mês do ano passado. Segundo os dados divulgados hoje (14) pela Serasa Experian, o crescimento na busca de crédito financeiro do primeiro mês do ano, no entanto, foi o menor desde outubro de 2021, quando registrou alta de 5,6%. Em novembro foi 7,6% e em dezembro, 11,6%. 

De acordo com o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, os gastos de início de ano com o pagamento do IPVA, IPTU e de materiais escolares, fazem os consumidores buscarem crédito para a complementação da renda.

“Os consumidores que precisam fechar as contas do fim do mês recorrem ao recurso financeiro para não ficar no vermelho. No entanto, as altas taxas de juros, também encareceram o acesso ao crédito. Por isso, embora as pessoas continuem precisando, o mês de janeiro registrou o menor percentual dos últimos três meses”, explica.

De acordo com os dados da Serasa Experian, as maiores altas na busca por crédito ocorreram no Centro-Oeste (16%), seguido das regiões Norte (14,5%), Sul (9,8%), Sudeste (5,4%), e Nordeste (3,7%).

 

- Banco do Brasil tem lucro recorde de R$ 21 bilhões em 2021

 

Apenas no quarto trimestre, instituição lucrou R$ 5,9 bilhões

 

O Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido ajustado recorde de R$ 21 bilhões em 2021, com crescimento de 51,4% em relação a 2020. Segundo balanço divulgado hoje (14) à noite pela instituição financeira, apenas no quarto trimestre, o lucro totalizou R$ 5,9 bilhões, alta de 60,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

 

De acordo com o BB, o crescimento no lucro pode ser explicado pela queda nas despesas com provisões de crédito (reserva do banco para cobrir eventuais calotes). Esse item, que é computado como gasto na contabilidade financeira, caiu 40,2% em 2021. No início da pandemia de covid-19, em 2020, os bancos tinham elevado as provisões para enfrentarem um possível aumento da inadimplência.

 

Outros fatores que ajudaram a aumentar o lucro do banco no ano passado foram o crescimento na carteira de crédito, o aumento nas receitas de prestação de serviços e a melhoria na margem financeira bruta. Os gastos administrativos ficaram estáveis.

 

Em nota, o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, comemorou o crescimento no lucro. “O nosso lucro recorde fez com que nossa rentabilidade ficasse ainda mais próxima dos pares privados. O resultado que entregamos concilia retorno e solidez. É uma demonstração de nosso compromisso com todos os acionistas”, declarou.

 

Carteira de crédito

 

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou 2021 em R$ 874,9 bilhões, com alta de 17,8% em relação a 2020. Os destaques foram as operações com pessoas físicas, o agronegócio e os títulos e valores mobiliários privados.

 

Em relação ao agronegócio, a carteira ampliada somou R$ 248 bilhões no ano passado, batendo o recorde registrado em 2020. Apenas no quatro trimestre, o crescimento totalizou 9,9% em relação ao trimestre anterior. O crédito para pessoa física aumentou 4,5% na mesma comparação.

 

O índice de inadimplência acima de 90 dias das operações de crédito do banco ficou em 1,75%, inferior à média do Sistema Financeiro Nacional. A carteira de negócios sustentáveis, que engloba os empréstimos a projetos com impacto social e ambiental positivo, ultrapassou R$ 291 bilhões no ano passado e corresponderam a cerca de um terço do crédito total do banco.

 

Receitas e despesas

 

As receitas com prestação de serviços totalizaram R$ 29,3 bilhões em 2021, alta de 2,2% quando comparado com 2020. Os destaques foram os segmentos de administração de fundos (+8,8%), seguridade (+10,7%), e consórcios (+29,2%).

 

As despesas administrativas aumentaram 1,4% no ano passado, mantendo-se dentro do intervalo das projeções corporativas 2021.

 

O BB também divulgou as projeções para 2022. Para este ano, a instituição prevê lucro líquido ajustado entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões, expansão de 8% a 12% na carteira de crédito e crescimento de 4% a 8% tanto nas receitas com prestação de serviços como com gastos administrativos.

 

No ano passado, a instituição financeira fez um concurso. Os aprovados estão sendo convocados desde novembro.

 

Fonte: Agência Brasil com informações da Reuters