Política

Presidente agradece a Putin apoio à soberania brasileira na Amazônia





O presidente Jair Bolsonaro avaliou hoje (18) que as viagens à Rússia e à Hungria foram positivas e disse que agradeceu ao presidente russo, Vladimir Putin, por apoiar a soberania brasileira sobre a Amazônia em discussões internacionais. A comitiva do presidente retornou do Leste Europeu e foi diretamente para Petrópolis (RJ), onde um temporal deixou mais de 120 mortos e causou destruição. 

"Estive por duas horas a um metro e meio do senhor Vladimir Putin, em uma conversa bastante saudável e até em alguns momentos de descontração, o que demonstra o carinho que tem para conosco. Agradeci a ele em público e em particular também o que nos é muito caro: a nossa região amazônica", disse Bolsonaro, acrescentando que "é um grande aliado ao nosso lado nessa questão tão cara para nós da soberania nacional".

O presidente disse ainda que a viagem à Rússia teve como saldo o compromisso do empresariado russo em fornecer fertilizantes ao agronegócio brasileiro, além da palavra final de uma empresa russa de que vai produzir fertilizantes em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. "Assinamos alguns acordos ou protocolos de intenções voltados para as áreas de defesa e energia, prospecção de petróleo", disse.

A viagem ocorreu em um momento de tensão nas relações entre a Rússia e os países ocidentais da Organização Tratado do Atlântico Norte (Otan), que acusam Moscou de planejar a invasão da Ucrânia, enquanto os russos afirmam se sentir ameaçados por uma possível adesão do vizinho à aliança militar.

O presidente Bolsonaro disse que o assunto também foi discutido entre ele e Putin durante a reunião. "Tive um contato com Putin por mais de duas horas. Almoçamos. Uma conversa sobre vários assuntos, entre eles, obviamente essa questão que leva certa tensão ao mundo. Uma conversa reservada".

Sobre a Hungria, Bolsonaro também afirmou que foi bem recebido e foram realizadas reuniões bilaterais de integrantes de seu governo com o país europeu. "Nossa passagem pela Hungria também foi excepcional", disse.

 

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- Bolsonaro: até com “tudo arrumadinho” teria catástrofe em Petrópolis

 

Presidente afirma lamentar “profundamente” mortes causadas pela chuva; município registrou ao menos 136 óbitos

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta 6ª feira (18.fev.2022) que, mesmo com obras de infraestrutura em dia e “tudo arrumadinho” em Petrópolis (RJ), ocorreria uma catástrofe por causa do grande volume de chuvas. Em live nas redes sociais, o chefe do Executivo mencionou que fortes chuvas também atingiram a cidade em 1932.

“Obviamente obras de infraestrutura, de contensão de encostas, é bem-vinda e etc, mas mesmo, no meu entender, em Petrópolis se tivesse tudo arrumadinho –não ia morrer tanta gente – ia ter uma catástrofe, mas ia ser menor, mas não ia deixar de ser uma catástrofe porque realmente o chovido lá foi semelhante a 90 anos antes”, disse. 

O presidente lamentou as mortes causadas pelas chuvas e deslizamentos registrados na cidade. Ao menos 136 pessoas morreram por causa dos danos causados pela chuva, de acordo com a Defesa Civil. Nesta 6ª feira, Bolsonaro sobrevoou as áreas atingidas e se reuniu com autoridades locais. Declarou para jornalistas que a cidade passou por “intensa destruição”.

Na 5ª (17.fev), o governo reconheceu estado de calamidade em Petrópolis e autorizou o uso das Forças Armadas na cidade. O Ministério do Desenvolvimento Regional autorizou o repasse de R$ 2,33 milhões para ações de defesa civil na região.

Outros repasses estão previstos para os próximos dias. O governo deve liberar mais R$ 500 milhões para o apoio ao município, segundo anunciou o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional). O governo do Rio de Janeiro já destinou R$ 30 milhões para o município.

Crítica

O presidente também respondeu críticas que atribuiu ao comentarista Gerson Camarotti da Globonews. Afirmou que o jornalista fez um comentário “idiota” relacionado à catástrofe em Petrópolis. “Meu negacionismo que levou à catástrofe em Petrópolis? Ah, pelo amor de Deus”, disse Bolsonaro.

Em comentário na 3ª feira (15.fev), Camarotti afirmou que as fortes chuvas em Petrópolis são um “alerta de mudança climática”, que precisa ser reconhecido. Ele disse que o país tem um “nagacionismo climático que é a tônica da gestão atual no Palácio do Planalto”.

 

Fonte: Agência Brasil - Poder360