Política

Secretário-geral da Otan: A decisão de Putin é um erro e a Rússia vai pagar





Jens Stoltenberg fez um pronunciamento na tarde desta sexta-feira (25/2), na sede da aliança em Bruxelas, capital da Bélgica, e deixou claro que a Otan já está com uma mobilização militar pronta

Por volta das 14h40 da tarde desta sexta-feira (25/2), o Secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg foi a público em uma coletiva de imprensa na sede da aliança militar em Bruxelas, na Bélgica, para com pontuar as ações do grupo contra a invasão da Rússia no espaço da Ucrânia. Segundo Stoltenberg, a Otan já mobilizou uma defesa militar para agir caso a Rússia entre em “qualquer polega” dos países que formam o grupo.

De acordo com o secretário, o grupo tem disponíveis cerca de 14 mil soldados (dos Estados Unidos e de diversos países da Europa) — apesar de ter pontuado que nem todos serão usados em um primeiro momento —, 50 aviões e 20 navios (sendo três porta-aviões de ataques) prontos para uma ação militar.

Vale lembrar que atualmente a Otan conta com 26 países (Bélgica, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Reino Unido, Grécia, Turquia, República Tcheca, Hungria, Polônia, Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Albânia e Croácia). A Ucrânia não faz parte dos países associados.

Ainda na coletiva de imprensa desta sexta, Stoltenberg fez duros ataques à Rússia. O secretário disse que “A Rússia abalou a paz na Europa” e que “A Rússia rasgou acordos que eram feitos antes para poder manter a paz no mundo todo (...) A guerra contra a Ucrânia não vai fazer a Rússia ser mais respeitada no mundo”.

Stoltenberg defendeu ainda que “a Rússia vai continuar a perseguir seus objetivos”, mas que “o mundo fará a Rússia e a Biellorussia pagarem pelos atos”.

A Otan também indicou que está em contato com o governo ucraniano em Kiev e reforçou o apoio ao país do leste europeu: “nossos parceiros estão se juntando a nós, e estamos nos preparando para fazer mais (...) As forças ucranianas estão lutando de forma corajosa e ainda contando perdas para os russos”.

 

- Contamos com apoio do Brasil na ONU, diz encarregado ucraniano

O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, disse nesta 6ª feira (25.fev.2022) que espera contar com o apoio do governo brasileiro na ONU (Organização das Nações Unidas). O Conselho de Segurança irá votar resolução que condena invasão da Rússia à Ucrânia.

“Nós estamos vendo o pronunciamento de muitas autoridades brasileiras e o principal é que o Brasil está apoiando uma solução política e diplomática do conflito. É necessário, claro, mais ações para voltar as negociações e parar esse ataque contra o nosso país”, disse o encarregado ucraniano.

Tkach afirmou ainda que a embaixada do Brasil está trabalhando com o governo da Ucrânia para assegurar a saída dos cidadãos brasileiros.

O encarregado também comentou a visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Rússia em 16 de fevereiro e disse que não acredita que o encontro faz com que o Brasil tenha receio de se envolver nas discussões sobre o conflito.

“Eu acho que, durante a visita, o presidente braisleiro também se expressou a favor da solução diplomática da crise. Foi até assegurado pelo presidente Putin que ele também compartilha esse ponto de vista. Só que, claro, a Ucrânia já sabe que não pode confiar no Putin”, disse.

PERDAS RUSSAS

Anatoliy Tkach anunciou que cerca de 800 soldados russos foram mortos pelas forças da Ucrânia. A jornalistas, disse também que o governo da Ucrânia registrou a perda de 7 aviões russos, 6 helicópteros, mais de 30 tanques e 130 unidades de veículos blindados. Dados são referentes à manhã desta 6ª feira (25.fev).

Tropas das Rússia já estão em Kiev. Segundo o Ministério de Defesa da Ucrânia, forças russas entraram no distrito de Obolon a cerca de 11,3km da Praça da Independência de Kiev na manhã desta 6ª feira (25.fev).

Guardian noticiou que sirenes de ataque aéreo soaram sobre Kiev e tiros e explosões foram ouvidos em bairro residencial. Houve ainda relatos de ataques de mísseis na região e tiros no centro histórico da capital ucraniana. A cidade já havia registrado novas explosões nesta madrugada (25.fev).

O encarregado voltou a dizer que a Ucrânia espera ajuda humanitária e com armas e aplicações de sanções. “Nós precisamos de sanções muito fortes. Sanções que consigam parar o invasor. Condenação é muito bom, mas são nessárias sanções”, disse.

Fonte: Correio Braziliense - Poder360