Dólar e Ibovespa operam em alta na tarde desta sexta-feira (25), um dia após o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em meio a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Por volta das 16h (horário de Brasília), o dólar subia 1,05%, vendido a R$ 5,159. Na véspera, a moeda americana já havia registrado alta de mais de 2%, na maior variação percentual diária desde setembro de 2021.
No mesmo horário, o Ibovespa — principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) — subia 0,16%, aos 111.768,27 pontos, revertendo a tendência de queda registrada pela manhã. Ontem (24), o indicador caiu 0,37%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
O desempenho de momento do Ibovespa destoa dos resultados de Bolsas da Ásia e da região do Oceano Pacífico, que ensaiaram uma recuperação nesta sessão. O Nikkei 225, do Japão, fechou o dia em alta de 1,95%, depois de cair 1,81% na última sessão. Já o KOSPI, da Coreia do Sul, subiu 1,06%.
Em Hong Kong, porém, o Hang Sang emendou sua segunda queda, esta de 0,59%. Na véspera, o índice já havia tombado 3,21%.
Veja o desempenho de alguns dos principais índices asiáticos e do Pacífico:
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi à TV na madrugada de quinta-feira (24, horário de Brasília) para dizer que faria uma "operação militar especial" no Donbass, a área de maioria russa no leste da Ucrânia. Seu comando militar, porém, confirmou que "armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, bases aéreas e aviação das Forças Armadas ucranianas".
Posteriormente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou em discurso à nação o rompimento das relações diplomáticas com Moscou. Ele também adotou lei marcial em todo o território ucraniano — uma medida que altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou a operação militar da Rússia na Ucrânia, que definiu como "não provocada e injustificada". Para o americano, Putin escolheu uma "guerra premeditada" e "que trará uma perda catastrófica".
"A Rússia sozinha é responsável pela morte e destruição que este ataque trará, e os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de forma unida e decisiva. O mundo responsabilizará a Rússia", disse Biden em comunicado enviado à imprensa.
Fonte: UOL com AFP e Reuters