O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky recusou uma oferta dos Estados Unidos de sua retirada de Kiev, informou a embaixada da Ucrânia no Reino Unido neste sábado (26/02) por meio das redes sociais. O objetivo seria evitar que ele seja morto por militares russos. A publicação traz uma declaração de Zelensky, afirmando "precisar de munição, não de carona". O post acrescenta que os ucranianos estariam "orgulhosos de seu presidente".
Zelensnky também postou em seu Twitter um vídeo destacando que "não estão abaixando as armas" e disse que a Rússia o tem como inimigo número 1, além de sua família. "De acordo com as informações que temos, o inimigo me fez o alvo número um, e minha família, o alvo número dois. Eles querem destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe do Estado".
- Zelensky agradece conselheiros da ONU por votos contrários à Rússia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu, em sua conta no Twitter, os 11 votos de países integrantes do Conselho de Segurança da ONU, favoráveis à resolução contrária às ações militares russas contra a Ucrânia.
Integrante temporário do conselho, o Brasil foi um dos países que manifestaram voto condenatório. O único país a votar contra foi a própria Rússia, que acabou por exercer seu poder de veto, fazendo com que a resolução fosse rejeitada.
A votação recebeu ainda três abstenções. Uma delas, da China, país que não se posicionou contra as ações comandadas pelo presidente russo, Vladmir Putin. Os outros foram Índia e Emirados Árabes Unidos.
“Grato a todos os membros do Conselho de Segurança da ONU que votaram para parar o ataque traiçoeiro da Rússia à Ucrânia e à Carta das Nações Unidas. O veto da Rússia é uma mancha de sangue em sua placa no Conselho de Segurança, no mapa da Europa e no mundo. A coalizão antiguerra deve agir imediatamente”, twittou o presidente ucraniano.
O avanço das tropas russas sobre o país vizinho teve início na noite de quarta-feira (24), já madrugada na Rússia. O avanço é em direção à capital do país, Kiev.
Entre as argumentações apresentadas pelo governo russo está a tentativa de aproximação entre a Ucrânia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos (EUA) que conta com 30 países signatários, com o compromisso de defender qualquer país-membro, caso seja atacado.
Já existem tropas da Otan posicionadas em países vizinhos à Ucrânia, como Lituânia, Polônia e Romênia. Em declarações recentes, Putin diz que o avanço da Otan no Leste Europeu representa o descumprimento de acordos já firmados entre EUA e Rússia.
Diante da situação, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia usou o Twitter para ameaçar também a Finlândia, com quem faz fronteira mais ao Norte.
Pela rede social, lembrou o país vizinho de seu compromisso de não alinhamento militar e fez ameaças caso decida integrar a Otan. “Consideramos o compromisso do governo finlandês com uma política de não alinhamento militar como fator importante para garantir a segurança e a estabilidade no Norte da Europa. A adesão da Finlândia à Otan teria sérias repercussões militares e políticas”.
Fonte: Correio Braziliense