Política

Moraes dá 5 dias para Planalto explicar ida de Carlos à Rússia





O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu 5 dias para a Presidência da República explicar a presença do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na comitiva que foi à Rússia em 14 de fevereiro.

Moraes também mandou a Câmara de Vereadores do Rio informar se houve licença oficial para que Carlos fizesse a viagem internacional. Eis a íntegra da decisão do ministro (114 KB).

Moraes analisou um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para investigar a ida de Carlos e do assessor Tercio Arnaud à Rússia na comitiva presidencial. A solicitação foi feita no inquérito que investiga a suposta existência de uma milícia digital criada para atacar o sistema democrático brasileiro.

Arnaud é apontado por congressistas como participante do chamado “gabinete do ódio”, suposto grupo de servidores do Planalto que atuaria nas redes sociais contra adversários do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Qual a verdadeira razão para uma viagem à Rússia em momento internacional tão delicado, com uma comitiva sui generis, com ausência de ministros e a presença de numerosos integrantes de seu gabinete do ódio e no início de ano eleitoral”, afirma Randolfe.

Moraes enviou o pedido de investigação a PGR (Procuradoria Geral da República). O órgão se manifestou afirmando que a solicitação deveria ser separada do inquérito das milícias digitais. Eis a íntegra do parecer (200 KB).

Moraes negou. De acordo com ele, “os fatos noticiados [por Randolfe] guardam aparente relação com o objetivo” do inquérito sobre as milícias.

 

- Bolsonaro: pets poderão embarcar com brasileiros na Polônia

O presidente Jair Bolsonaro informou nesta sexta-feira (4) que a Força Aérea Brasileira (FAB) vai transportar os animais de estimação de brasileiros que estão em Varsóvia, na Polônia, e que serão repatriados na semana que vem em um voo que está sendo organizado pelo governo brasileiro. 

"Após contato com os Ministros das Relações Exteriores e da Defesa, dei sinal verde à FAB para o embarque dos cães que acompanham aqueles brasileiros no retorno à Pátria", postou o presidente no Twitter. Os cidadãos brasileiros estão na Polônia após terem fugido da Ucrânia, país vizinho, que vem sofrendo uma invasão militar da Rússia.   

A previsão é que a aeronave multimissão KC-390 Millennium parta da Base Aérea de Brasília na segunda-feira (7), com destino a Varsóvia, onde os brasileiros embarcarão de acordo com definições do Ministério das Relações Exteriores, que coordena a missão de resgate em conjunto com o Ministério da Defesa.

No voo de ida, serão transportadas 11,5 toneladas de material de ajuda humanitária a ser doado pelo Brasil. A previsão é que o KC-390 retorne ao Brasil na quinta-feira (10) pela manhã.

 

- G7 pede responsabilização da Rússia por crimes de guerra

Os ministros das Relações Exteriores do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) disseram nesta sexta-feira (4) que estão "profundamente preocupados" com o impacto humanitário dos "ataques contínuos da Rússia" contra a população civil da Ucrânia e acrescentaram que vão responsabilizar os culpados ​​​​por crimes de guerra.

"Reenfatizamos que ataques indiscriminados são proibidos pelo direito internacional humanitário. Vamos responsabilizar os culpados ​​por crimes de guerra, incluindo o uso indiscriminado de armas contra civis", disseram ministros das Relações Exteriores do G7 em comunicado conjunto divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA.

Os ministros das Relações Exteriores de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA também pediram à Rússia que pare os ataques nas “vizinhanças das usinas nucleares da Ucrânia”.

Forças russas na Ucrânia tomaram a maior usina nuclear da Europa nesta sexta-feira em um ataque que causou alarme em todo o mundo e que Washington disse ter arriscado uma catástrofe, embora autoridades tenham dito mais tarde que a instalação agora estava segura.

Os ministros do G7 acrescentaram que seus países continuarão a impor mais sanções em resposta à agressão russa, que eles disseram ter sido permitida por Belarus.

"O presidente Putin, seu governo e apoiadores, e o regime de [Aleksandr] Lukashenka [presidente da Belarus] , têm total responsabilidade pelas consequências econômicas e sociais dessas sanções", disse o comunicado conjunto dos ministros das Relações Exteriores do G7.

Os países do G7 também se comprometeram a aumentar o apoio humanitário à Ucrânia. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, encontrou-se com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Bruxelas, pedindo aos aliados e parceiros da Otan que forneçam à Ucrânia equipamentos e suprimentos para lidar com a invasão da Rússia.

Fonte: Poder360 - Agência Brasil