Economia

Bolsa tomba 2,52%, puxada por aéreas; dólar fecha estável em R$ 5,08





O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), abriu a semana em forte queda de 2,52%, terminando a segunda-feira (7) aos 111.593,46 pontos. É a maior queda percentual desde 26 de novembro de 2021, quando o indicador tombou 3,39%, em meio a temores sobre o avanço da recém-descoberta variante ômicron do coronavírus.

O resultado foi puxado principalmente pelo desempenho das companhias aéreas Gol e Azul, que despencaram 17,77% e 16,82%, respectivamente.

Já o dólar fechou a sessão praticamente estável, com leve alta de 0,03%, vendido a R$ 5,08. Na sexta (4), a moeda americana havia subido 1%, a R$ 5,078, ainda na esteira das incertezas trazidas pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Disparada do petróleo

Os preços do petróleo bateram recorde nesta segunda (7), com o barril do tipo Brent chegando a superar os US$ 139, maior valor desde 2008. A disparada é reflexo da intenção dos Estados Unidos e seus aliados europeus de proibirem a importação do petróleo da Rússia, o que se somaria às várias sanções já adotadas contra o Kremlin depois da invasão da Ucrânia.

Ao mesmo tempo, os preços futuros de grãos como trigo, soja e milho também foram negociados em seus maiores patamares em vários anos, afetados por temores de uma eventual restrição da oferta diante das tensões no leste europeu.

Nesse contexto, "o fluxo de capital de economias centrais para países produtores [de commodities], como o Brasil, o qual já era intenso antes da crise, parece não ter cessado e tende a se intensificar, mesmo com a perspectiva de volatilidade à frente", explicou em relatório Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

Apesar da leve alta de hoje, o dólar acumula perdas de quase 9% frente ao real em 2022, mesmo em meio às expectativas de aperto da política monetária nos EUA.

Fonte: UOL