Economia

Dólar cai a R$ 5,034 e Bolsa sobe mais de 1% pelo segundo dia consecutivo





Assim como ontem, tanto o dólar quanto a Bolsa de Valores de São Paulo fecharam com variação de mais de 1% em relação ao dia anterior. O dólar comercial caiu 1,16% e ficou cotado a R$ 5,034. Já a Bolsa, subiu 1,77%.

Em relação à semana anterior, houve baixa do dólar de 0,39%. Na variação mensal, a moeda desceu 2,35% e na anual, 9,71%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Um dos principais fatores que influenciaram a queda da moeda estrangeira está a decisão dos Bancos Centrais dos Brasil e dos Estados Unidos de aumentar a taxa básica de juros. Com isso, os investidores estavam com mais apetite de risco.

Thomas Giuberti, economista e sócio da Golden Investimentos, avaliou que o real, que já vem se beneficiando de fluxos estrangeiros para o Brasil neste início de ano, tem espaço para se valorizar ainda mais caso o BC seja mais agressivo na alta da Selic.

"O real vem performando bem porque teve uma rotação global para commodities, veio um fluxo muito grande de recursos e ainda temos o carrego voltando a ficar muito bom", disse ele, referindo-se aos retornos oferecidos pelo real em estratégias que buscam lucrar com diferenciais de juros. "A gravidade puxa em favor do real."

Bolsa fecha em alta de 1,98%

Por sua vez, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou o dia em alta. O pregão se encerrou às 17h12 a 113.076,33 pontos, um aumento de 1,77% do índice Ibovespa em relação a ontem.

Na variação semanal, a Bolsa subiu 1,22%. Na mensal, ficou quase estável em -0,06% e na anual o balanço é 7,87% positivo.

Na B3, a ação com a maior alta do dia foi da PetroRio (PRIO3), que recuperou a perda de ontem. Hoje, ela fechou em alta de 8,12%. A maior baixa foi da construtora MRV Engenharia (MRVE3), com queda de 4,61%.

O crescimento teve ajuda das ações de commodities e de bancos e aconteceu em meio aos ganhos em Wall Street. O mercado também reagiu às elevações de juros no Brasil e Estados Unidos.

A Vale foi a principal contribuição positiva para o índice, diante da valorização do minério de ferro, enquanto a Petrobras cedeu, com os ruídos políticos que rondam a empresa contrapondo-se à disparada do petróleo.

 

Confira outras notícias 

- Correios dobram ganhos e registram lucro de R$ 3,7 bilhões em 2021

 

Para presidente da estatal, melhoria de gestão resultou em ganhos

 

Os Correios registraram lucro de R$ 3,7 bilhões em 2021, valor que representa o dobro do registrado em 2020 e representa o melhor resultado nos últimos 22 anos. Esse foi o terceiro ano seguido de ganhos na estatal, que aumentou o volume de operações e receitas durante a pandemia de covid-19.

Os números foram apresentados hoje (17) pela estatal. Segundo o presidente dos Correios, Floriano Peixoto, a melhoria nos resultados decorreu do saneamento financeiro e das medidas de sustentabilidade econômica executadas nos últimos anos.

 

“As medidas adotadas ao longo dos dois últimos anos e meio, mesmo sendo consideradas austeras, além de necessárias, se comprovaram eficazes. Elas possibilitaram priorizar objetivos, reformular serviços, reduzir despesas e aumentar receitas”, disse Peixoto, em cerimônia de apresentação do balanço da estatal no ano passado.

 

O presidente dos Correios ressaltou que a empresa conseguiu crescer, apesar dos obstáculos impostos pela pandemia. “Consideremos que, em 2021, ocorreu a maior Black Friday dos últimos anos no que se refere ao volume de encomendas. Mesmo com as dificuldades inerentes à pandemia, toda a demanda decorrente do aumento de transações no período foi absorvida pelos Correios”, destacou.

 

Peixoto comparou a evolução da empresa desde o início da gestão, em junho de 2019. Na época, disse ele, a empresa corria o risco de tornar-se dependente do Tesouro Nacional. Como medidas para recuperar as finanças da companhia, ele citou ajustes na direção da administração central e das superintendências estaduais, planejamento econômico para sanear a empresa em seis meses, suspensão de contratos de consultoria e revisão dos maiores contratos.

 

Ele também mencionou a reavaliação das condições das diretorias e o estreitamento do contato com órgãos federais, como Tribunal de Contas da União, Controladoria-Geral da União, Procuradoria-Geral da República, Polícia Federal, entre outros.

 

Saúde financeira

 

O presidente da estatal evitou comentar o processo de privatização dos Correios. Apenas disse que a empresa hoje tem condições de competir no mercado. “Embora a saúde financeira da estatal hoje esteja em melhor situação que a verificada há três anos e ainda não tenha atingido o patamar necessário para garantir a perenidade dos negócios, é possível afirmar que o alcance de taxas de crescimento equivalentes ou superiores às do mercado se dará com mais rapidez”, declarou.

 

Em relação aos gastos com pessoal, a empresa ressaltou que as mudanças no acordo coletivo de trabalho dos empregados proporcionaram economia de cerca de R$ 1,3 bilhão ao ano. Além disso, os dois planos de demissão incentivada efetuados durante a gestão atual resultaram em economia de R$ 2,1 bilhões na folha de pagamento.

 

A empresa apresentou metas de médio e longo prazo, apesar do programa de privatização em curso. Nos próximos cinco anos, a estatal quer dobrar o volume de encomendas, o resultado da receita, triplicar o patrimônio líquido; manter em dois dígitos a margem Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). No ano passado, os Correios registraram Ebtida de R$ 3,1 bilhões, crescimento de 113% em relação a 2020.

 

 

- Netflix sabe que usuários compartilham senhas e se prepara para ganhar com isso

 

Plataforma lançará dois recursos de teste no Chile, Costa Rica e Peru, chamados "Membro Extra" e "Transferência de Perfil", para ter mais controle sobre usuários que compartilham contas

 

A Netflix sabe que você compartilha sua senha. E em breve você pode ter que começar a pagar pelo privilégio.

 

Ao longo do ano passado, a plataforma de streaming vem trabalhando em maneiras de “permitir que os membros que compartilham fora de casa façam isso com facilidade e segurança, além de pagar um pouco mais”, disse a empresa em um post no blog na última quarta-feira (16).

 

Como parte desse esforço, nas próximas duas semanas, a Netflix lançará dois recursos de teste no Chile, Costa Rica e Peru, chamados “Membro Extra” e “Transferência de Perfil”.

 

Com o “Membro Extra”, as pessoas que assinam os planos padrão e premium da Netflix podem pagar para adicionar uma conta para até duas pessoas com quem não moram.

 

Esses membros “extras” terão acesso como qualquer outra conta Netflix, incluindo seu próprio perfil e login, mas com desconto: 2.380 CLP no Chile, US$ 2,99 na Costa Rica e 7,9 PEN no Peru.

 

A Netflix não contará essas assinaturas extras em seus números gerais de assinantes pagos, de acordo com um porta-voz da empresa.

 

Separadamente, a opção “Transferência de perfil” permite que os assinantes de qualquer nível transfiram suas informações de perfil – ou seja, seu histórico de exibição – para uma nova conta pela qual pagariam.

 

A Netflix disse em postagem que recursos como perfis separados e vários fluxos para seus planos padrão e premium eram destinados a pessoas que moram juntas, mas “criaram alguma confusão sobre quando e como a Netflix pode ser compartilhada. sendo compartilhado entre as famílias – impactando nossa capacidade de investir em ótimas novidades em TV e filmes para nossos membros.”

 

É um teste limitado por enquanto, mas a Netflix disse que está trazendo os recursos para esses três mercados para que possa entender como eles funcionam antes de potencialmente lançá-los para o resto do mundo.

 

Durante grande parte de sua história, a Netflix fez vista grossa para o compartilhamento de senhas.

 

Mas com a empresa agora atendendo quase 222 milhões de assinantes e competindo em um mercado lotado, está pensando em novas maneiras de gerar receita para conteúdo premium para atrair novos usuários, manter os antigos felizes e competir com rivais como o Disney+.

 

Seus investidores estão preocupados com a desaceleração do crescimento. As ações da Netflix caíram 41% este ano, e a empresa divulgou em janeiro uma perspectiva de assinantes mais fraca do que o esperado.

 

 

Fonte: UOL com Reuters - Agência Brasil - CNN Brasil