Política

Biden e Xi Jinping conversam sobre guerra nesta sexta-feira (18)





O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversará por telefone nesta sexta-feira (18) com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre a guerra na Ucrânia. Esta é a primeira vez em que um diálogo entre os dois para tratar da invasão russa é divulgado publicamente.

Ao anunciar a ligação, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que os EUA têm “alta preocupação” de que a China possa fornecer à Rússia equipamentos militares para ajudar na invasão da Ucrânia. O governo norte-americano ainda ressaltou que Biden será “franco e direto” em seu telefonema com Xi Jinping.

Autoridades dos EUA expressam grande preocupação diante da possibilidade de que a China forneça ajuda financeira e militar à Rússia em um gesto de apoio à invasão da Ucrânia. De acordo com relatórios de inteligência de Washington, os russos já pediram reforço aos chineses, que estariam considerando fornecer ajuda.

Conversa é para evitar “que o pior aconteça”

O professor de Relações Internacionais da USP Felipe Loureiro considerou que a conversa entre os dois presidentes servirá para “evitar que o pior aconteça”.

O especialista explica que caso a China “embarque de maneira mais clara favoravelmente à Rússia no que se refere à ajuda militar”, isso configuraria o pior cenário possível. “Acho que a conversa é mais para conter danos efetivamente do que tentar almejar uma mudança de posição do Xi Jinping, da China ou de Pequim”, avaliou.

Loureiro considerou que, apesar de se colocar publicamente como neutra, a China, na prática, está realizando uma “neutralidade pró-Rússia”. “A China está ajudando a Rússia pelo fato de não se posicionar de maneira clara, contra a guerra e contra a invasão que a Rússia realiza contra a Ucrânia”, pontuou o professor.

Kremlin eleva o tom contra os EUA

Em reação às declarações recentes do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, contra o presidente russo, Vladimir Putin, o Kremlin elevou o tom nos últimos dias enquanto as tropas russas continuam com a invasão da Ucrânia desde 24 de fevereiro.

Biden voltou a falar sobre Putin e fez duras declarações contra o líder russo. Durante um almoço no Capitólio dos EUA, Biden chamou Putin de “ditador assassino, bandido completo, que está travando uma guerra imoral contra o povo da Ucrânia”.

No dia anterior, o presidente americano já havia chamado o líder da Rússia de “criminoso de guerra”. Para o Kremlin, a fala de Biden é uma observação “imperdoável” de um líder de um país que matou civis durante conflitos em diversas partes do mundo.

“Nosso presidente é uma figura internacional muito sábia, presciente, culta e chefe da Federação Russa, nosso chefe de Estado”, disse o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov.

Peskov ainda classificou as falas de Biden como “absolutamente inadmissíveis e inaceitáveis”. “O principal é que o chefe de um estado que por muitos anos bombardeou pessoas em todo o mundo (…) o presidente de tal país não tem o direito de fazer tais declarações”, disse Peskov.

 

- Biden chama Putin de “ditador assassino”

O presidente americano Joe Biden chamou o presidente Vladimir Putin de “ditador assassino”. A declaração foi feita 1 dias depois de Biden dizer a jornalistas que Putin cometeu crimes de guerra no conflito com a Ucrânia.

Apesar da porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, ter afirmado que o presidente estava “falando com o coração”, Biden criticou novamente o presidente russo, durante cerimônia do dia de São Patrício, data comemorativa nos EUA.

Segundo Biden, a Rússia está travando uma “guerra imoral” contra a população ucraniana. O presidente afirmou ainda que Putin está pagando um “preço alto”por sua agressão.

Na 4ª feira (16.mar.2022), disse acreditar que Putin é um “criminoso de guerra”pelas ações promovidas depois da invasão da Ucrânia.

 

- Kremlin eleva tom após Biden chamar Putin de “criminoso de guerra”

O presidente norte-americano fez duras declarações contra o líder russo; ele se referiu a Putin como "ditador assinado, bandido completo, que está travando uma guerra imoral"

O Kremlin elevou o tom nos últimos dias após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de “criminoso de guerra” enquanto a Ucrânia sofre com ataques e bombardeios russos desde 24 de fevereiro, o que já provocou mortes entre civis e deslocou mais de 3 milhões de pessoas para países vizinhos.

Para o Kremlin, a fala de Biden é uma observação “imperdoável” de um líder de um país que matou civis durante conflitos em diversas partes do mundo.

Biden se referiu a Putin como “criminoso de guerra” durante uma rápida fala a repórteres. O Kremlin reagiu: “Nosso presidente é uma figura internacional muito sábia, presciente, culta e chefe da Federação Russa, nosso chefe de Estado”, disse o porta-voz, Dmitry Peskov.

Peskov ainda classificou as falas de Biden como “absolutamente inadmissíveis e inaceitáveis”. “O principal é que é o chefe de um estado que por muitos anos bombardeou pessoas em todo o mundo (…) o presidente de tal país não tem o direito de fazer tais declarações”, disse Peskov.

O Kremlin lembrou que os Estados Unidos bombardearam o Japão, que saiu derrotado, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. As cidades de Hiroshima e Nagasaki foram destruídas após o ataque norte-americano – cerca de 200 mil pessoas morreram durante o bombardeio, outras morreram por doenças causadas pela radiação emitida pelas bombas.

Biden voltou a falar sobre Putin e fez duras declarações contra o líder russo. Durante um almoço no Capitólio dos EUA, Biden chamou Putin de “ditador assinado, bandido completo, que está travando uma guerra imoral contra o povo da Ucrânia”.

Medvedev reforça críticas e ameaças russas aos EUA

O ex-presidente da Rússia Dmitry Medvedev reforçou as críticas e ameaças russas aos Estados Unidos nesta quinta-feira (17).

“A Rússia tem o poder de colocar os inimigos liderados pelos Estados Unidos em seu lugar e Moscou frustrará o plano russofóbico do Ocidente de destruir a Rússia”, disse Medvedev, um dos aliados mais próximos de Putin, que comandou a Rússia de 2008 a 2012.

Atualmente, Medvedev é vice-secretário do Conselho de Segurança da Rússia.

O ex-presidente russo também afirmou que os EUA alimentam a “repugnante” russofobia para prejudicar o país – segundo ele, a estratégia não funcionará.

Corte Internacional de Justiça e crimes de guerra

 A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia, na Holanda, determinou o fim das operações militares russas na Ucrânia.

A resolução da Corte foi emitida em forma de medidas provisórias indicadas para o conflito. A recomendação do fim imediato das operações da Rússia na Ucrânia foi obtida por uma votação de 13 votos favoráveis contra 2 divergentes.

Na mesma data, a Ucrânia acusou a Rússia de bombardear um teatro em Mariupol – o local servia de abrigo para os ucranianos e tinha a presença de crianças no local sinalizada em russo.

O Ministério da Defesa da Rússia nega que tenha realizado ataque aéreo contra o teatro. Ainda não há informações sobre possíveis mortes ou a condição dos sobreviventes no local – as autoridades ucranianas trabalham no resgate das vítimas nesta quinta.

Dias após a invasão russa, a embaixada dos EUA em Kiev afirmou que a Rússia cometeu crime de guerra ao atacar uma usina nuclear. O uso de bombas de fragmentação e bombas de vácuo também são considerados crimes de guerrae são investigados pelas autoridades.

Nesta quarta-feira (16), o ministro da defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse aos legisladores da União Europeia que eles deveriam reconhecer o presidente russo como um criminoso de guerra.

Hoje, o Kremlin voltou a falar sobre o conflito – classificado pela Rússia como “operação militar especial” na Ucrânia. Para o Kremlin, muitas pessoas na Rússia estão se mostrando “traidoras”, – Peskov se referia aos russos que estavam se demitindo de seus empregos e deixando o país.

Milhares russos que protestaram contra a guerra na Ucrânia foram presos desde o início dos conflitos.

 

- Zelensky adverte quem se unir à Rússia: “esta será a pior decisão de sua vida”

Presidente ucraniano declarou ter informações do recrutamento de mercenários de outros países por militares russos

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que quem tentar se juntar às forças russas na Ucrânia tomaria “a pior decisão de sua vida”, em uma mensagem de vídeo postada nas redes sociais.

“Uma vida longa é melhor do que o dinheiro que você oferece por uma vida curta”, disse Zelensky. Ele declarou que a Ucrânia tem informações de que os militares russos estão recrutando mercenários de outros países, mas disse que isso não os ajudará.

As forças ucranianas ainda estão mantendo todas as áreas-chave do país, acrescentou.

“Novos recrutas russos foram feitos prisioneiros”, continuou Zelensky. “Não precisamos de 13 ou qualquer número de milhares de soldados russos mortos”.

Dirigindo-se ao povo russo, ele proclamou: “não queríamos esta guerra. Queremos apenas paz. E queremos que você ame seus filhos mais do que teme suas autoridades”.

Zelensky dirigiu-se ao Parlamento alemão nesta quinta-feira após discursos anteriores a legisladores britânicos, canadenses e norte-americanos. Ele reafirmou em sua mensagem que continuaria falando com os estados parceiros. “Sinto que estamos sendo cada vez mais compreendidos. Na Europa, no mundo, em diversos países.”

 

- ONU diz que centenas de civis morreram na Ucrânia e pede investigação

Mais de 700 civis, incluindo 52 crianças, foram mortos na Ucrânia desde que o país foi invadido pela Rússia há três semanas, mas o "número real é provavelmente muito maior", disse a subsecretária-geral da ONU para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, ao Conselho de Segurança da organização.

Segundo Rosemary DiCarlo, a maioria das mortes foi causada pelo uso de armas explosivas com ampla área de impacto em áreas povoadas. “Centenas de prédios residenciais foram danificados ou destruídos, assim como hospitais e escolas."

A subsecretária-geral da ONU disse aos 15 membros do conselho que a agência de direitos humanos da organização registrou 726 mortes, incluindo 52 crianças. O número de feridos foi 1.174, sendo 63 eram crianças, entre 24 de fevereiro e 15 de março.

"A magnitude das baixas civis e a destruição da infraestrutura civil na Ucrânia não podem ser negadas. Isso exige uma investigação completa e responsabilidade", disse Rosemary DiCarlo.

A Organização Mundial da Saúde verificou 43 ataques ao sistema de saúde na Ucrânia, nos quais 12 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas, incluindo profissionais de saúde, disse o diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao Conselho de Segurança. "Em qualquer conflito, os ataques à saúde são uma violação do direito humanitário internacional", afirmou Tedros, sem especificar quem seria culpado.

A Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam Moscou de atacar civis. A Rússia chamou suas ações militares na Ucrânia de "operação especial" e nega atacar civis, dizendo que tem como alvo a infraestrutura militar da Ucrânia.

Fonte: CNN Brasil - Agência Brasil - Poder360