Política

Zelensky diz que negociações de paz com a Rússia são difíceis e conflituosas





Presidente ucraniano ainda comentou sobre a situação da cidade de Mariupol, que segundo ele teve 100 mil pessoas em condições desumanas

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no início da quarta-feira (23) na Ucrânia (noite de terça-feira no Brasil) que as negociações de paz com a Rússia para acabar com a guerra são difíceis e às vezes conflituosas, mas acrescentou que “passo a passo estamos avançando”.

Em um discurso publicado através de um vídeo no início da manhã [horário local; início da noite no horário de Brasília], Zelensky também afirmou que 100 mil pessoas viviam na cidade de Mariupol em condições desumanas, sem comida, água ou remédios.

De acordo com outras afirmações do presidente da Ucrânia, Mariupol está sendo “reduzida a cinzas” por ataques da Rússia, mas acrescentou que a localidade “sobreviverá”.

A cidade, que antes da guerra abrigava cerca de 450 mil pessoas, está sob ataque quase constante das forças russas desde o início de março, com imagens de satélite mostrando destruição significativa em áreas residenciais.

Zelensky disse que a ofensiva russa à Mariupol é um “ato de terror” que será “lembrado por séculos”. Em uma mensagem de vídeo publicada no Facebook, o líder ucraniano afirmou que a cidade portuária ficará na história como um exemplo de crimes de guerra.

Falta de alimentos na Ucrânia

De acordo com informações da agência de socorro Mercy Corps, algumas cidades na Ucrânia não têm mais do que três ou quatro dias de comida. A instituição alerta que o sistema humanitário no país “está totalmente quebrado”.

Segundo o representante da instituição, Steve Gordon, pequenas organizações da sociedade civil ucraniana ajudam áreas onde os corredores humanitários fracassaram. Pelo menos 70% da população de Kharkiv e Sumy depende inteiramente da ajuda, estimou Gordon.

“Uma das nossas maiores preocupações no momento é a vulnerabilidade da cadeia de suprimentos. Sabemos que a maioria dos municípios em áreas onde os combates mais intensos não têm mais do que três a quatro dias de itens essenciais, como alimentos”, disse o representante.

Fonte: CNN Brasil