Política

Milton Ribeiro deve entrar de licença do MEC ainda hoje





Poder360 apurou que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, deve entrar de licença. A movimentação pode acontecer ainda nesta 2ª feira (28.mar.2022). O secretário-executivo, Victor Godoy, deve assumir o cargo.

O ministro ficaria afastado da função até o fim das investigações da Polícia Federal sobre supostas irregularidades na pasta. O inquérito apura suspeitas de oferecimento de vantagem indevida para liberação de recursos do FNDE (Fundo nacional de Desenvolvimento da Educação).

Poder360 apurou que a bancada evangélica apoiou o pedido de licenciamento e articulou pelo afastamento nos últimos dias. Há a avaliação de que a licença seria uma saída “mais honrosa” e estancaria as críticas sobre a comunidade evangélica.

Em áudio vazado na semana passada, o ministro da Educação disse que sua prioridade “é atender 1º os municípios que mais precisam e, em 2º, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”. Também afirmou que esse “foi um pedido especial que o presidente da República [Jair Bolsonaro]” fez.

A fala refere-se a Gilmar dos Santos, líder do Ministério Cristo para Todos, uma das igrejas evangélicas da Assembleia de Deus em Goiânia (GO). A declaração foi realizada em uma reunião no MEC (Ministério da Educação) com prefeitos, líderes do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

Depois da divulgação dos áudios, Ribeiro disse que o presidente Jair Bolsonaro “não pediu atendimento preferencial a ninguém”. Segundo ele, Bolsonaro só solicitou que o ministro recebesse todos que procurassem o MEC.

 

Jair Bolsonaro já rifou o ministro da Educação, Milton Ribeiro. O Antagonista apurou que ele deixará o cargo no dia 1º de abril e será substituído por Garigham Amarante, hoje diretor de Ações Educacionais do FNDE e apadrinhado de Valdemar Costa Neto.

Na quinta-feira 24, durante sua live, o presidente disse que colocaria a “cara no fogo” por Ribeiro. 

Ontem, porém, foi convencido pelo cacique do PL de que não vale a pena deixar o governo sangrando, uma vez que a própria bancada evangélica lavou as mãos em relação ao ministro e seus pastores lobistas.

A cúpula do governo agora discute uma saída honrosa para Ribeiro, provavelmente através de uma “licença”. Atingindo pelo escândalo do Bolsolão do MEC, o ministro da Educação só não caiu na semana passada por intervenção de Eduardo e Flávio Bolsonaro.

Fonte: Poder360 - UOL