Economia

IPC-S fecha março com inflação de 1,35%, diz FGV





O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou inflação de 1,35%, em março deste ano. A taxa é superior ao 0,28% apurado no mês anterior. Com o resultado, o IPC-S acumula inflação de 9,68% em 12 meses.

Os transportes foram o grupo de despesa com maior alta de preços no mês (2,51%), devido aos aumentos de itens como a gasolina (5,08%) e as taxas de licenciamento e IPVA dos veículos (4,28%). Os transportes tinham apresentado inflação de 0,07% em fevereiro.

Em seguida, aparecem os alimentos, que registraram taxa de 1,99% em março ante uma inflação de 1,20% em fevereiro. O tomate foi o produto com maior impacto na inflação, entre os itens de alimentação, com alta de preços de 22,21% em março.

Outros três grupos de despesa apresentaram alta na taxa de inflação de fevereiro para março: habitação (que passou de 0,33% para 1,23%), vestuário (de 0,33% para 1,04%) e despesas diversas (de 0,08% para 0,39%).

Dois grupos passaram de deflação (queda de preços) em fevereiro para inflação em março: saúde e cuidados pessoais (de -0,12% para 0,22%) e educação, leitura e recreação (de 0,51% para 0,19%).

Entre os grupos de despesa, apenas comunicação teve queda na taxa, ao passar de inflação de 0,08% em fevereiro para deflação de 0,13% em março.

 

Confira outras notícias 

- Confiança dos empresários cresce 0,7 ponto em março

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 0,7 ponto de fevereiro para março deste ano e atingiu 91,8 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos. Essa foi a primeira alta do indicador, desde novembro do ano passado.

O ICE consolida os índices de confiança de empresários brasileiros dos quatro setores econômicos analisados pela FGV: indústria, construção, comércio e serviço.

A alta foi puxada pelo Índice de Situação Atual Empresarial, que mede a confiança no presente. Esse índice subiu 4 pontos, chegando a 92,1 pontos.

Por outro lado, o Índice de Expectativas, que mede a percepção dos empresários sobre o futuro, recuou 0,9 ponto e atingiu 92,4 pontos.

Dos quatro setores, apenas serviços avançou em março, ao subir 3 pontos e chegar a 92,2 pontos. A indústria teve a maior queda (-1,7 ponto), mas continua sendo o setor com maior confiança (95 pontos).

Os outros setores com queda na confiança foram comércio, que recuou 0,2 ponto e continuou na pior posição com 86,8 pontos, e construção, que cedeu 0,8 ponto e chegou a 92,9 pontos.

Segundo o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., boa parte da alta da confiança no mês é explicada pela melhora dos números da pandemia de covid-19 e seus efeitos nas vendas do comércio e serviços.

Ele ressalta, no entanto, que a queda das expectativas lança dúvidas sobre a continuidade da recuperação nos próximos meses diante de um cenário de incerteza com relação ao impacto da invasão russa à Ucrânia na economia mundial e ao efeito esperado das altas de juros sobre a demanda interna.

 

- Produção industrial cresce 0,7% de janeiro para fevereiro

A produção industrial brasileira cresceu 0,7% na passagem de janeiro para fevereiro deste ano. A alta eliminou apenas parte da perda de 2,2% ocorrida na passagem de dezembro para janeiro. O dado, da Pesquisa Industrial Mensal, foi divulgado hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, a indústria também acumula altas de 0,4% no trimestre e de 2,8% em 12 meses. Na comparação com fevereiro do ano passado, no entanto, houve queda de 4,3%. O acumulado do ano também tem perda de 5,8%.

A alta de janeiro para fevereiro atingiu 16 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE, com destaque para indústrias extrativas (5,3%) e produtos alimentícios (2,4%).

“O setor extrativo teve queda importante em janeiro, por causa do maior volume de chuvas em Minas Gerais naquele mês, o que prejudicou a extração do minério de ferro. Com a normalização das chuvas, houve regularização da produção. Já o setor alimentos teve seu quarto mês positivo de crescimento, acumulando no período ganho de 14%. Em fevereiro, os destaques foram a produção de açúcar e de carnes e aves, dois grupamentos importantes dentro do setor de alimentos”, disse o pesquisador do IBGE André Macedo.

Também tiveram altas importantes os produtos farmoquímicos e farmacêuticos (12,7%), os veículos automotores, reboques e carrocerias (3,2%), a metalurgia (3,3%) e as bebidas (4,1%).

Por outro lado, dez atividades tiveram perdas de janeiro para fevereiro, entre elas coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,4%), que causaram os principais impactos em fevereiro.

As quatro grandes categorias econômicas da indústria tiveram crescimento no período, com destaque para bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (1,9%).

Os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo, tiveram alta de 1,6%. Entre os bens de consumo, houve crescimento de 1,5% nos semi e não duráveis e 0,5% nos duráveis.

Fonte: Agência Brasil