Política

Chanceler austríaco reúne-se com Putin nesta 2ª feira





O chanceler da Áustria, Karl Nehammer, vai se reunir com o presidente russo Vlamidir Putin na 2ª feira (11.abr.2022).

Em seu perfil no Twitter, Nehammer disse que a Áustria é militarmente neutra em relação à guerra na Ucrânia, mas defendeu o fim do conflito. Pediu também por corredores humanitárias, um cessar-fogo e uma “investigação completa de crimes de guerra“.

“Vou encontrar Vladimir #Putin em Moscou amanhã. Somos militarmente neutros, mas temos uma posição clara sobre a guerra de agressão russa contra a #Ucrânia. Ele tem que parar! Precisa de corredores humanitários, um cessar-fogo e uma investigação completa de crimes de guerra”, disse o chanceler austríaco Karl Nehammer no Twitter 

O chanceler também afirmou que os parceiros europeus estão em 1º lugar e citou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

No sábado (9.abr), Nehammer se reuniu com Volodymyr Zelensky e destacou que a “Áustria sabe o que o povo ucraniano está sofrendo atualmente”. Falou também em ajudar onde for possível para “aliviar o sofrimento humanitário e acabar com a guerra“.

 

- Radiação em Chernobyl está “anormalmente alta”, diz Ucrânia

Autoridades ucranianas relataram ter detectado nível de radiação “anormalmente alto” em partes da Zona de Exclusão de Chernobyl. Segundo a Ucrânia, tropas russas cavaram trincheiras e tentaram construir fortificações quando ocuparam o local, até o fim de março.

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) informou no sábado (9.abr.2022) ter recebido atualização da Ucrânia sobre a situação na usina. Segundo o órgão, apesar de alta, a radiação está dentro dos limites para o local.

As autoridades ucranianas estão restaurando de maneira gradual o controle de segurança nuclear e radioativa da usina, tomada pelos russos em 24 de fevereiro. A Ucrânia disse ter retomado o controle em 31 de março.

“No entanto, ainda não foi possível restaurar a operação de radiação e outros sensores devido à ausência de manutenção necessária e de funcionários especializados”, lê-se na nota da AIEA. Os ucranianos relataram à agência que pode haver falha de sistemas e componentes importantes para a segurança.

A AIEA afirmou estar “ciente das notícias recentes da imprensa sobre a situação na central nuclear de Chornobyl e na Zona de Exclusão criada depois do acidente [nuclear de 1986], mas seus especialistas só podem realizar uma avaliação radiológica no local e entregar os equipamentos necessários relacionados à segurança para a usina quando forem lá”.

A empresa nuclear estatal da Ucrânia, Energoatom, publicou em seu perfil no Twitter que Petro Kotin, CEO da companhia, visitou uma das áreas da Zona de Exclusão de Chornobyl. Disse que “os militares russos estavam cavando trincheiras e tentando construir fortificações”.

 

- Reino Unido diz que Rússia busca reforçar seu exército após aumento de perdas

Estratégia incluiria utilizar pessoal dispensado do serviço militar desde 2012; Kremlin admitiu baixas "significativas"

A inteligência militar do Reino Unido, em boletim sobre a situação da guerradivulgado neste domingo (10), afirmou que as forças armadas russas tentam fortalecer o exército com pessoal dispensado do serviço militar desde 2012, em resposta ao “aumento de perdas” no conflito.

Esse esforço também incluiria a tentativa de recrutar combatentes da região da Transnístria, na Moldávia, ainda segundo o relatório do Ministério da Defesa britânico publicado no Twitter.

Isso acontece dias após o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitir que a Rússia sofreu perdas “significativas” de suas tropas na Ucrânia. Ainda assim, Peskov não relacionou isso à retirada do exército russo de algumas regiões.

No sábado (9), a  inteligência militar britânica disse que a Rússia continua a atacar civis e que o foco de seu exército está nas regiões de Donbass, Mariupole Mykolaiv.

Além disso, a instituição fez a previsão de que os combates e ataques aéreos devem aumentar no sul e leste da Ucrânia, visando auxiliar a operação nas regiões citadas acima.

Também no sábado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, esteve em Kiev, em uma espécie de “visita surpresa”, já que não foi divulgada anteriormente tanto pelo Reino Unido quanto pela Ucrânia.

Nove corredores humanitários serão abertos neste domingo, diz Ucrânia

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, anunciou a abertura de nove corredores humanitários neste domingo (10) para as regiões de Zaporizhzhia, Luhansk e Donetsk.

Segundo o comunicado, está prevista a evacuação de cidadãos para Zaporizhzhia das cidades de Mariupol – apenas por transporte próprio -, Berdyansk, Tokmak e Enerhodar – estas três com transporte próprio e ônibus.

Na região de Luhansk, as pessoas poderão se dirigir à cidade de Bakhmut a partir de Severodonetsk, Lysychansk, Popasna, Rubizhne, Gorsky.

No sábado (9), foram abertos 10 corredores humanitários, segundo Vereshchuk.

 

- Ucrânia afirma que aeroporto de Dnipro foi destruído; Rússia atinge alvos no sul e leste

Forças russas realizaram ataques com mísseis neste domingo (10) nas regiões de Dnipropetrovsk, Mykolaiv e Kharkiv, localizadas no leste e sul da Ucrânia, o que resultou na destruição do aeroporto de Dnipro, disse o chefe da administração regional do local, Valentyn Reznichenko.

“É mais um ataque ao aeroporto de Dnipro”, disse ele. “Já não sobrou nada. O aeroporto e a infraestrutura próxima foram destruídos. Mas os mísseis continuam voando.”

A nova investida foi realizada com mísseis de lançamento marítimo de alta precisão e atingiram “o quartel-general e a base do batalhão nacionalista de Dnipro, onde chegaram reforços de mercenários estrangeiros outro dia”, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, o general Igor Konashenkov, em um comunicado.

Além disso, também foram alvos a “área do assentamento de Stara Bohdanivka, região de Mykolaiv e no aeródromo militar de Chuhuiv [na região de Kharkiv]”, onde foram destruídos “lançadores dos sistemas de mísseis antiaéreos S-300 ucranianos”, complementa a nota.

Não foram divulgadas informações sobre vítimas.

Segundo autoridades europeias, a ofensiva russa na região leste da Ucrânia faz parte de uma estratégia de tentar obter algum tipo de vitória na guerra até o dia 9 de maio. Na data, o país comemora o Dia da Vitória sobre a Alemanha na Segunda Guerra Mundial.

Zelensky discute mais sanções contra Rússia com Olaf Scholz, da Alemanha

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no domingo que conversou por telefone com o chanceler alemão Olaf Scholz e os dois discutiram possíveis novas sanções à Rússia, bem como defesa e apoio financeiro à Ucrânia.

“Tive uma conversa telefônica com Olaf Scholz. Enfatizamos que todos os perpetradores de crimes de guerra devem ser identificados e punidos”, disse Zelensky em sua conta oficial no Twitter. “Também discutimos sanções anti-russas, defesa e apoio financeiro para a Ucrânia”, escreveu.

Reino Unido diz que Rússia busca reforçar seu exército após aumento de perdas

A inteligência militar do Reino Unido, em boletim sobre a situação da guerra divulgado neste domingo (10), afirmou que as forças armadas russas tentam fortalecer o exército com pessoal dispensado do serviço militar desde 2012, em resposta ao “aumento de perdas” no conflito.

Esse esforço também incluiria a tentativa de recrutar combatentes da região da Transnístria, na Moldávia, ainda segundo o relatório do Ministério da Defesa britânico publicado no Twitter.

No sábado (9), a  inteligência militar britânica disse que a Rússia continua a atacar civis e que o foco de seu exército está nas regiões de Donbass, Mariupole Mykolaiv. Além disso, a instituição fez a previsão de que os combates e ataques aéreos devem aumentar no sul e leste da Ucrânia, visando auxiliar a operação nas regiões citadas acima.

EUA dizem que vão fornecer à Ucrânia “as armas que precisa” contra a Rússia

Os Estados Unidos estão comprometidos em fornecer à Ucrânia “as armas que precisa” para se defender contra a Rússia, disse o assessor de segurança nacional do país, Jake Sullivan, neste domingo (10), enquanto a Ucrânia busca mais ajuda militar do Ocidente.

Sullivan disse que o governo Biden enviará mais armas para a Ucrânia para impedir que a Rússia tome mais território e alveje civis, ataques que Washington classificou como crimes de guerra.

Os Estados Unidos enviaram US$ 1,7 bilhão em assistência militar à Ucrânia desde que a Rússia lançou sua invasão em 24 de fevereiro, informou a Casa Branca na semana passada. 

Além disso, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que a nomeação de uma nova liderança militar pela Rússia “mostra que haverá uma continuação do que já vimos na Ucrânia”.

“E é isso que esperamos”, disse Psaki a Dana Perino, em entrevista à Fox News Sunday. Psaki chamou Dvornikov de responsável pelas “atrocidades que vimos na Síria” e disse que, para a Ucrânia, os EUA continuam com funcionários trabalhando para garantir que eles tenham o armamento e a assistência necessários para ter sucesso no campo de batalha.

Boris Johnson e Zelensky se encontram em Kiev

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recebeu o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em Kiev no sábado (9). Pelo Twitter, a embaixada do Reino Unido na Ucrânia postou uma foto dos dois líderes sentados em uma sala de reuniões com a legenda “surprise” (surpresa, em português).

“O primeiro-ministro viajou para a Ucrânia para se encontrar pessoalmente com o presidente Zelensky, em uma demonstração de solidariedade ao povo ucraniano. Eles discutirão o apoio de longo prazo do Reino Unido à Ucrânia e o primeiro-ministro estabelecerá um novo pacote de ajuda financeira e militar”, disse um porta-voz de Downing Street.

Na sexta-feira, foi anunciado que o Reino Unido enviaria à Ucrânia mais 100 milhões de libras — cerca de US$ 130 milhões — de apoio militar. Na ocasião, o primeiro-ministro britânico também condenou um ataque russo a uma estação de trem no leste da Ucrânia, lotada de mulheres, crianças e idosos fugindo do conflito, que, segundo as autoridades ucranianas, matou pelo menos 50 pessoas.

A visita de Johnson acontece após a passagem da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, pelo país. A visita também gerou críticas da líder às mortes de civis em Bucha. Em entrevista à Christiane Amanpour, da CNN, Von der Leyen classificou o episódio como “uma atrocidade, algo impensável e chocante” e “a face brutal da guerra de Putin“.

 

Confira outras notícias 

- Biden conversa com premiê da Índia na 2ª por videoconferência

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, vão realizar uma reunião virtual na 2ª feira (11.abr.2022), anunciou a Casa Branca neste domingo (10.abr.).

A conversa marca o 75° aniversário das relações diplomáticas entre os países, estabelecida depois da independência indiana do então Império Britânico, em 1947. Deve aprofundar a cooperação econômica no Indo-Pacífico e será sucedida por uma reunião presencial entre as chancelarias e os ministérios da Defesa de ambos os países. Eis a íntegra do comunicado (49 KB, em inglês).

Os EUA querem pressionar a Índia a não comprar aumentar as taxas de importações de petróleo da Rússia, embargado pela Casa Branca desde 8 de março. O governo indiano comunicou a intenção de comprar parte do óleo russo para estabilizar o preço da commodity nos mercados, enquanto Moscou sinalizou disposição de realizar a venda com descontos.

A reunião também pretende discutir assuntos como o “o fim da pandemia, combate à crise climática, fortalecimento da economia global e a defesa de uma ordem internacional livre, aberta e regrada”, de acordo com a nota. 

O encontro é parte dos esforços de Washington para marcar presença na Ásia em disputa contra a China. Embora Nova Délhi e Pequim estejam alinhadas em relação à guerra na Ucrânia ao condenar tanto a invasão russa quanto as sanções ocidentais contra Moscou, a relação entre os países é delicada, incluindo disputas territoriais na região da Caxemira. 

A nível multilateral, a cooperação entre Rússia, Índia e China é mais prominente nos termos do Brics, que também incluem o Brasil e a África do Sul. No final de março, o vice-chanceler russo Sergey Ryabkov disse que o bloco estaria no “centro da nova ordem mundial construída depois do fim da pandemia e do conflito russo-ucraniano.

O comunicado do governo norte-americano também menciona “conversas contínuas sobre o desenvolvimento de uma estrutura econômica do Indo-Pacífico e a entrega de infraestrutura de alta qualidade”. Não especifica em quais setores.

A questão remete ao mais ambicioso projeto para a consolidação da China como potencial global, a “Nova Rota da Seda”. O nome alude ao percurso comercial que ligou o Ocidente e o Oriente no último milênio durante as dinastias imperiais da China. Prevê investimentos e acordos bilaterais com mais de 140 países, incluindo 19 da América Latina e Caribe. 

Banco Mundial já classificou a Rota como o maior programa de infraestrutura do mundo. Desde o anúncio da iniciativa em 2013, bancos e empresas da China já financiaram US$ 40 trilhões em usinas de energia, ferrovias, rodovias, portos e infraestruturas de telecomunicação, como redes 5G.

 

EUA dizem que vão fornecer à Ucrânia “as armas que precisa” contra a Rússia

País já enviou 1,7 bilhão de dólares em assistência militar aos ucranianos devido à guerra; decisão é apoiada pela maior parte da população

Os Estados Unidos estão comprometidos em fornecer à Ucrânia “as armas que precisa” para se defender contra a Rússia, disse o assessor de segurança nacional do país, Jake Sullivan, neste domingo (10), enquanto a Ucrânia busca mais ajuda militar do Ocidente.

Sullivan disse que o governo Biden enviará mais armas para a Ucrânia para impedir que a Rússia tome mais território e alveje civis, ataques que Washington classificou como crimes de guerra.

“Vamos dar à Ucrânia as armas necessárias para derrotar os russos e impedi-los de tomar mais cidades e vilas, onde cometem esses crimes”, disse Sullivan no “This Week” da ABC News.

Moscou rejeitou as acusações de crimes de guerra da Ucrânia e de países ocidentais.

Falando mais tarde no “Meet the Press” da NBC News, Sullivan disse que os Estados Unidos estavam “trabalhando dia e noite para entregar nossas próprias armas” e “organizando e coordenando a entrega de armas de muitos outros países”.

“Armas estão chegando todos os dias”, disse Sullivan, “inclusive hoje”.

Os Estados Unidos enviaram US$ 1,7 bilhão em assistência militar à Ucrâniadesde que a Rússia lançou sua invasão em 24 de fevereiro, informou a Casa Branca na semana passada.

As remessas de armas incluíram mísseis antiaéreos defensivos Stinger e mísseis antitanque Javelin, bem como munições e armaduras. Mas os líderes dos EUA e da Europa estão sendo pressionados pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a fornecer armas e equipamentos mais pesados contra os russos na região leste do país, onde a Rússia deve intensificar seus esforços militares.

Na sexta-feira, autoridades ucranianas disseram que mais de 50 pessoas foram mortas em um ataque com mísseis em uma estação de trem na cidade de Kramatorsk, na região de Donetsk, onde milhares de pessoas se reuniram para evacuar.

A invasão da Rússia forçou cerca de um quarto da população ucraniana de 44 milhões de pessoas a deixar suas casas, transformou cidades em escombros e matou ou feriu milhares.

Moscou negou repetidamente atacar civis no que chama de “operação especial” para desmilitarizar e “desnazificar” seu vizinho do sul. A Ucrânia e as nações ocidentais descartaram isso como um pretexto infundado para a guerra.

Nova fase da guerra

A Rússia nomeou no sábado um novo general para liderar suas forças na Ucrânia — Aleksandr Dvornikov, que tinha experiência militar significativa na Síria.

Com esse pano de fundo, Sullivan disse esperar que Dvornikov autorize mais brutalidade contra a população civil ucraniana.

A deputada republicana dos EUA, Liz Cheney, falando no “State of Nation”, da CNN, pediu que o governo Biden forneça à Ucrânia armas ofensivas, como tanques e aviões, e sistemas defensivos, como mísseis antitanque e antiaéreos.

“Acho que precisamos fazer tudo o que Zelensky diz que precisa neste momento, dada a batalha inacreditável que eles travaram”, disse ela.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que a nomeação de uma nova liderança militar pela Rússia “mostra que haverá uma continuação do que já vimos na Ucrânia”.

“E é isso que esperamos”, disse Psaki a Dana Perino, em entrevista à Fox News Sunday. Psaki chamou Dvornikov de responsável pelas “atrocidades que vimos na Síria” e disse que, para a Ucrânia, os EUA continuam com funcionários trabalhando para garantir que eles tenham o armamento e a assistência necessários para ter sucesso no campo de batalha.

Uma pesquisa da CBS News divulgada no domingo mostrou amplo apoio entre os americanos para enviar mais armas para a Ucrânia.

De acordo com a pesquisa, que foi realizada na semana passada com notícias de ataques russos a civis, 72% dos entrevistados são a favor do envio de mais armas, enquanto 78% apoiam sanções econômicas à Rússia.

Fonte: Poder360 - CNN Brasil