Saúde

Covid-19: Brasil registra 30,3 milhões de casos e 662,5 mil mortes





Noventa e duas pessoas morreram, nas últimas 24 horas, em decorrência da covid-19. Com isso, chega a 662.506 mil o número de pessoas mortas pela doença.

De acordo com boletim divulgado nesta noite pelo Ministério da Saúde, foram confirmados mais 18.660 casos da doença entre ontem (20) e hoje (21), totalizando 30.330.629 pessoas que tiveram resultado positivo ao fazer exame para identificar o novo coronavírus.

O número de pessoas em acompanhamento está em 314.725. O termo é usado para designar casos notificados da doença nos últimos 14 dias em que o paciente não teve alta, nem evoluiu para morte.

Segundo o Ministério da Saúde, 29.353.398 pessoas recuperaram-se da doença, o que representa 96,8% do total de casos confirmados. Há ainda 3.126 óbitos em investigação, o que ocorre nos casos em que o paciente faleceu, mas a investigação sobre a causa do óbito ainda demanda exames e procedimentos posteriores.

Vacinação

Até o momento, o Ministério da Saúde contabiliza a aplicação de 410,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, 174,4 milhões correspondem à primeiras dose, 153,7 milhões à segunda dose; e 4,83 milhões a doses únicas.

Foram aplicadas 73,58 milhões de doses de reforço; e 1 milhão de segundas doses de reforço. Ainda segundo o ministério, 3,16 milhões de doses adicionais foram aplicadas.

 

- OMS recomenda Paxlovid contra Covid, mas cobra transparência da Pfizer

Medicamento antiviral Paxlovid é recomendado para pacientes com quadros leves e moderados de Covid-19 que apresentam maior risco de internação hospitalar

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, nesta quinta-feira (21), o medicamento Paxlovid (nirmatrelvir e ritonavir) para pacientes com quadros leves e moderados de Covid-19 que apresentam maior risco de internação hospitalar.

A OMS definiu o medicamento como a melhor escolha terapêutica para pacientes de alto risco disponível até o momento.

No entanto, a entidade chamou atenção para o desafio na disponibilização do Paxlovid aos países de baixa e média renda devido ao que chamou de “falta de transparência de preços” nos acordos feitos pelo produtor e a necessidade de testes rápidos e precisos antes da administração do fármaco. A empresa disse que está trabalhando para garantir o medicamento a países de baixa renda (leia abaixo).

O medicamento antiviral oral da Pfizer que combina os comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir, é recomendado aos pacientes com a doença não grave, que correm risco maior de agravamento e hospitalização, como pessoas não vacinadas, idosos ou imunossuprimidos.

Segundo a OMS, a recomendação tem como embasamento novos dados de dois ensaios clínicos envolvendo 3.078 pacientes. Os dados mostram que o risco de hospitalização é reduzido em 85% após o tratamento. Em um grupo de alto risco (mais de 10% de risco de hospitalização), o índice representa 84 hospitalizações a menos por 1.000 pacientes.

A OMS não recomenda o tratamento para pacientes em menor risco de agravamento da doença, devido à escassez de benefícios observada nos estudos para essa população.

Desafios

Um obstáculo para os países de baixa e média renda é que o medicamento só pode ser administrado enquanto a doença estiver em seus estágios iniciais. Nesse sentido, testes rápidos e precisos são essenciais para resultados bem-sucedidos da terapia.

Os dados coletados pela Fundação para Novos Diagnósticos Inovadores (FIND, na sigla em inglês) mostram que a taxa média diária de testes em países de baixa renda é tão baixa quanto um oitavo da taxa em países de alta renda.

Segundo a OMS, melhorar o acesso a testes e diagnósticos precoces em ambientes de atenção primária à saúde será fundamental para a implantação global desse tratamento.

“A falta de transparência por parte da empresa fabricante está dificultando que as organizações de saúde pública obtenham uma imagem precisa da disponibilidade do medicamento, quais países estão envolvidos em acordos bilaterais e quanto estão pagando. Além disso, um acordo de licenciamento feito pela Pfizer com a Pool de Patentes de Medicamentos (Medicine Patent Pool) limita o número de países que podem se beneficiar da produção genérica do medicamento”, diz o comunicado da OMS.

O produto original, vendido sob o nome Paxlovid, será incluído na lista de pré-qualificação da OMS nesta quinta-feira, mas os produtos genéricos ainda não estão disponíveis em fontes com garantia de qualidade, segundo a OMS.

A OMS afirma que várias empresas de genéricos, muitas das quais são abrangidas pelo acordo de licenciamento entre a Pool de Medicamentos e a Pfizer, estão em discussão com a Pré-qualificação da OMS, mas podem levar algum tempo para cumprir os padrões internacionais para que possam fornecer o medicamento internacionalmente.

A OMS cobra da Pfizer transparência em preços e acordos e a ampliação do escopo geográfico da sua licença com o Pool de Patentes de Medicamentos para que mais fabricantes de genéricos possam começar a produzir o medicamento e disponibilizá-lo mais rapidamente a preços acessíveis.

Procurada pela CNN, a Pfizer disse que, para permitir um amplo alcance, estabeleceu “uma estratégia abrangente em parceria com governos em todo o mundo, líderes internacionais de saúde global e fabricantes globais que considera a evolução atual da doença e o impacto das medidas de prevenção e controle de infecções para otimizar o fornecimento geral e o acesso a um seguro e tratamento eficaz para as partes mais vulneráveis ​​do mundo”. “Isso inclui a implantação de uma abordagem de preços escalonados com base no nível de renda de cada país”, acrescentou a farmacêutica.

“Nosso trabalho não está concluído. Estamos em conversas contínuas com vários parceiros privados e organizações internacionais para fornecer Paxlovid a países de baixa renda”, finalizou a empresa.

Atualização sobre remdesivir

A OMS também atualizou, nesta quinta-feira, a recomendação sobre o remdesivir, outro medicamento antiviral.

Anteriormente, a OMS havia se posicionado contra o uso em todos os pacientes com a Covid-19, independentemente da gravidade da doença, devido às evidências mostrando pouco ou nenhum efeito sobre a mortalidade naquele momento.

Após a publicação de novos dados de um ensaio clínico que analisa o resultado da admissão hospitalar, a OMS atualizou sua recomendação e, agora, sugere o uso de remdesivir em pacientes com quadros leves ou moderados da doença que correm alto risco de internação.

A recomendação para uso de remdesivir em pacientes com Covid-19 grave ou crítica está sob revisão.

 

- Número de casos e de mortes por covid-19 continua caindo nas Américas

 

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) divulgou nesta quinta-feira (21) nota na qual destaca que, em termos gerais, o número de mortes e de casos de covid-19 continua caindo no continente americano. Segundo a Opas, mais de dois terços dos latino-americanos e caribenhos já receberam duas doses de vacinas contra a doença, e muitos países da região têm algumas das taxas de cobertura mais altas do mundo.

 

De acordo com a Opas, 14 países da região já atingiram a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de vacinar totalmente 70% de suas populações.

 

Nos três primeiros meses de 2022, a Nicarágua aumentou a cobertura em 18%. Peru e Colômbia expandiram a vacinação em 12%, enquanto Bolívia e Venezuela aumentaram a cobertura vacinal em quase 10%.

 

A Opas, no entanto, acrescenta que, na última semana, a doença avançou no Canadá, que registrou 11,2% a mais de casos e 20% de alta nas hospitalizações.

 

Segundo a entidade, “a alta na América do Norte é causada pela subvariante da Ômicron, o tipo BA.2”. Na avaliação da diretora da Opas, Carissa Etienne, à medida que as fronteiras foram reabertas e o turismo aumentou, os casos também subiram em alguns outros países e territórios do Caribe, como São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, Barbados e São Martinho.

 

Carissa Etienne explica que a redução das taxas de mortalidade e novas infecções “são a prova de que as vacinas estão funcionando bem” para proteger as pessoas das internações e mortes causadas pela covid-19.

 

Ao reafirmar a segurança e eficácia das vacinas contra covid-19, ela disse ser necessário ampliar “ainda mais” a cobertura nas Américas.

 

No entanto, a diretora da Opas acrescentou que, em algumas áreas do Caribe, a vacinação diminuiu ou estagnou. “Menos de 30% da população obteve a primeira dose no Haiti, Jamaica, São Vicente e Granadinas e Santa Lúcia”, disse.

 

“E em toda a América Latina, Guatemala, Guiana e Paraguai ainda não atingiram metade de suas populações”, completou.

 

Fonte: Agência Brasil - CNN Brasil