Política

EUA fazem visita oficial à Ucrânia e prometem nova ajuda militar





O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, fez sua 1ª visita oficial a Ucrânia desde o início da invasão russa neste domingo (24.abr.2022). Acompanhado do secretário de Defesa, Lloyd Austin, Blinken prometeu uma nova assistência militar ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Os secretários chegaram a Kiev por terra vindo da Polônia e reuniram-se com Zelensky e funcionários do governo ucraniano durante 3 horas. Visando fortalecer o país, os EUA prometeram uma nova assistência militar de U$ 713 milhões a Ucrânia e outros países da região. A nova ajuda financeira elevaria o valor total já repassado ao país desde o início do conflito para U$ 3,7 bilhões.

As autoridades disseram que a possibilidade de visitar Kiev é a prova que os esforços da Ucrânia foram eficientes para fazer a Rússia abandonar um ataque a capital. Apesar da Rússia negar qualquer interesse em derrubar o governo ucraniano, os países ocidentais consideram que a resistência da Ucrânia foi fundamental para impedir que o país avançasse nas principais cidades. O fornecimento de armas, entretanto, incomoda a Rússia. O embaixador russo em Washington disse que o país enviou uma nota dizendo ser “inaceitável” os EUA “despejarem suas armas” na Ucrânia e pediu o fim da prática.

Durante a reunião, as autoridades prometeram ainda que a embaixada norte-americana em Kiev deve voltar a funcionar em breve. Com as tropas russas afastadas da capital ucraniana, outros países também reabriram as embaixadas no país. O retorno dos diplomatas norte-americanos será por Lviv, onde está instalada a embaixada, e em algumas semanas estarão em Kiev.

Nesta 2ª feira (25.abr.2022), a Casa Branca anunciou que o presidente Joe Biden tem interesse em nomear Bridget Brink para o cargo de embaixadora extraordinária na Ucrânia. Brink já foi embaixadora na Eslováquia, trabalhou como conselheira sênior e vice-secretária adjunta no Serviço de Assuntos Europeus e foi vice-chefe de missão nas embaixadas dos EUA no Uzbequistão e Geórgia.

Durante entrevista coletiva na Polônia, Blinken elogiou Brink durante a visita à Ucrânia e disse que a veterana será uma “representante forte” dos EUA no país.

 

Confira outras notícias 

- Putin parabeniza Macron por reeleição na França: “Desejo sucesso”

"Desejo sinceramente sucesso em suas atividades de Estado, bem como boa saúde e bem-estar", disse o presidente russo em um comunicado divulgado pelo Kremlin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou Emmanuel Macron, nesta segunda-feira (25), por sua reeleição como presidente da França.

“Desejo sinceramente sucesso em suas atividades de Estado, bem como boa saúde e bem-estar”, disse em um comunicado divulgado pelo Kremlin.

Emmanuel Macron venceu a eleição presidencial da França neste domingo (24), defendendo um desafio histórico da candidata de extrema-direita Marine Le Pen durante o segundo turno.

Macron obteve 58,55% dos votos, tornando-se o primeiro líder francês a ser reeleito em 20 anos. Ele e Le Pen avançaram para o segundo turno depois de terminarem em primeiro e segundo lugar, respectivamente, entre 12 candidatos que concorreram no primeiro turno em 10 de abril.

Embora a disputa tenha sido uma revanche do segundo turno presidencial francês de 2017, grande parte da Europa assistiu à eleição com desconforto.

A presidência de Le Pen teria mudado fundamentalmente o relacionamento da França com a União Europeia e o Ocidente, em um momento em que o bloco e seus aliados confiam em Paris para assumir um papel de liderança no enfrentamento de alguns dos maiores desafios do mundo – principalmente a guerra na Ucrânia.

E apesar do discurso de Macron para os eleitores de uma França globalizada e economicamente liberal à frente de uma União Europeia musculosa tenha vencido a visão de Le Pen de uma mudança radical para dentro, os 41,45% dos eleitores que votaram nela colocaram a extrema-direita francesa mais perto do presidência do que nunca.

Em seu discurso de vitória, Macron prometeu ser o “presidente de cada um de vocês”. Ele, então, agradeceu a seus apoiadores e reconheceu que muitos, como em 2017, votaram nele simplesmente para bloquear a extrema-direita.

Macron disse que seu segundo mandato não seria uma continuação do primeiro, comprometendo-se a resolver todos os problemas atuais da França.

Ele também se dirigiu àqueles que apoiaram Le Pen diretamente, dizendo que ele, como presidente, deve encontrar uma resposta para “a raiva e as divergências” que os levaram a votar na extrema-direita. “Será minha responsabilidade e de quem me cerca”, disse Macron.

Le Pen fez um discurso de concessão meia hora após a primeira projeção, falando com seus apoiadores reunidos em um pavilhão no Bois de Boulogne, no oeste de Paris.
“Um grande vento de liberdade poderia ter soprado sobre nosso país, mas as urnas decidiram o contrário”, disse Le Pen.

Ainda assim, Le Pen reconheceu o fato de que a extrema-direita nunca teve um desempenho tão bom em uma eleição presidencial. Ela chamou o resultado de “histórico” e uma “vitória brilhante” que colocou seu partido político “em uma excelente posição” para as eleições parlamentares de junho. “O jogo ainda não acabou”, disse ela.

 

- Rússia investiga incêndio em depósito de petróleo perto da fronteira com Ucrânia

Não houve indicação imediata de que o fogo ou os incêndios estavam relacionados à Ucrânia; governo diz que não há feridos 

A Rússia disse, nesta segunda-feira (25), que investigará a causa de um grande incêndio que eclodiu nas primeiras horas da manhã em uma instalação dearmazenamento de petróleo na cidade de Bryansk – 154 quilômetros a nordeste da fronteira com a Ucrânia.

Imagens de mídia social não verificadas de forma independente mostraram o que pareciam duas explosões seguidas por uma torre de chamas, com um vídeo não verificado mostrando um incêndio em torno de um reservatório de combustível gigante.

O Ministério de Situações de Emergência da Rússia disse que ninguém ficou ferido no incidente.

O Ministério disse em comunicado que o incêndio começou em uma instalação de propriedade da empresa de oleodutos Transneft às 02h, horário de Moscou (20h, horário de Brasília), e que não houve necessidade de evacuar nenhuma parte de Bryansk, uma cidade de 400 mil pessoas.

O Ministério da Energia da Rússia disse que não havia ameaça ao fornecimento de diesel e gasolina na região de Bryansk após o incidente e havia estoques de combustível suficientes. O órgão acrescentou que a escala do incêndio estava sendo avaliada.

Outras imagens não verificadas mostraram o que parecia ser outro incêndio em um segundo local em Bryansk.

Não houve indicação imediata de que o fogo ou os incêndios estavam relacionados à Ucrânia, que montou uma forte resistência contra a Rússia desde que o presidente Vladimir Putin enviou tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro no que ele chamou de “operação militar especial”.

No entanto, houve especulações não confirmadas nas mídias sociais de que o incêndio ou incêndios foram resultado de um ataque com mísseis ucranianos.

Não houve comentários imediatos da Ucrânia, que negou ou não respondeu a sugestões anteriores de que atingiu alvos dentro da Rússia.

Autoridades russas disseram na semana passada que helicópteros ucranianos atingiram prédios residenciais e feriram sete pessoas na região de Bryansk. O Ministério da Defesa da Ucrânia não respondeu a um pedido de comentário sobre essa alegação na época.

 

- Chefe da ONU vai à Turquia antes de visitar Moscou e Kiev

António Guterres passa hoje por Ancara, capital turca

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, visitará Ancara antes de seguir para Moscou, a fim de se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, e depois irà à Ucrânia para conversas com o presidente Volodymyr Zelenskiy, informou a ONU em comunicado. 

Guterres visitará a capital turca nesta segunda-feira (25), onde será recebido pelo presidente Tayyip Erdogan. O chefe de ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, disse que a Turquia é um anfitrião valioso para as negociações entre a Ucrânia e a Rússia.

Eri Kaneko, porta-voz associado de Guterres, afirmou, em entrevista na sexta-feira (22), que Guterres irá a Moscou nesta terça-feira (26) e se encontrará com Putin, além de ter reunião de trabalho e almoço com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na esperança de discutir o que pode ser feito para trazer paz à Ucrânia.

A ONU também informou que Guterres se reunirá quinta-feira (28) com Zelenskiy, o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, e funcionários de agências da ONU para discutir a ampliação dos esforços de assistência humanitária.

Fonte: Poder360 - CNN Brasil - Agência Brasil