Saúde

Saúde não registrou morte de criança ou adolescente por vacina





O Ministério da Saúde não identificou nenhuma morte relacionada à vacinação contra a covid-19 em crianças e adolescentes. O monitoramento da pasta contém dados até 12 de março de 2022.

A pasta recebeu notificações de 38 óbitos suspeitos. A incidência dos relatos foi de 1 caso em cada 1 milhão de doses aplicadas. Mas em nenhum deles foi identificado vínculo entre a morte e a vacinação.

Os dados estão no boletim epidemiológico da covid-19 divulgado pela pasta na 3ª feira (26.abr.2022). Eis a íntegra do documento (10 MB) –as informações aparecem a partir da página 111.

Os dados aqui apresentados denotam o excelente perfil de benefício versus risco da vacinação contra a covid-19”, diz o ministério no boletim. O órgão já confirmou 428 mortes pela covid-19 em menores de 20 anos.

Das 38 suspeitas de mortes relacionadas à vacina, 4 aconteceram mais de 1 mês depois da vacinação. O ministério afirma que esses casos “evidenciam uma relação temporal inconsistente”. Eis as conclusões sobre as outras suspeitas:

  • 23 foram classificados como eventos coincidentes (eventos adversos causados por outras condições de saúde, muitas vezes preexistentes, e não pelas vacinas) ou inconsistentes;
  • 13 foram considerados inclassificáveis pela ausência de dados na investigação;
  • e 2 possuem dados da investigação conflitantes para estabelecer relação com a vacinação.

A vacinação de adolescentes começou em agosto de 2020. Já a de crianças, em janeiro desse ano. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou os imunizantes da Pfizer e da CoronaVac para uso em menores de idade. O 1º pode ser usado em todas as pessoas a partir dos 5 anos. O 2º, em crianças e adolescentes com o sistema de defesa normal (não imunocomprometidos) com ao menos 6 anos.

Todas as vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações  são seguras, possuem autorização de uso pela Anvisa e passam por um rígido processo de avaliação de qualidade”, informou o Ministério da Saúde no boletim.

A pasta também analisou os dados ligados a todos os brasileiros. O ministério identificou 661 eventos adversos graves relacionados à vacinação. Também foram confirmadas 12 mortes em adultos vinculadas à imunização contra a covid-19 nas quase 300 milhões de doses aplicadas contabilizadas pelo levantamento.

As notificações de reações adversas graves no Brasil (12.000) equivalem a 0,004% do total de doses aplicadas no período analisado. Houve 4 relatos a cada 100 mil doses aplicadas. O risco de morte pela covid-19 é 76 vezes isso. A doença matou 312 brasileiros a cada 100 mil habitantes. No país, também houve 1.451 internações por causa do vírus a cada 100 mil brasileiros.

Ao vacinar um número tão grande de indivíduos é esperada a notificação de um elevado número de eventos adversos pós-vacinação, incluindo eventos adversos graves. No entanto, destaca-se que após a investigação adequada apenas uma pequena parcela destes eventos terá de fato qualquer relação causal com a vacinação”, diz o ministério.

Os principais casos de eventos adversos graves no país foram: reações de hipersensibilidade graves, síndrome de trombose com trombocitopenia (na AstraZeneca e Janssen), pericardite e miocardite (na Pfizer) e a síndrome de Guillain-Barré. Contudo, o ministério informa que esses eventos são muito raros. São verificados, em média, 1 caso a cada 100 mil doses aplicadas. O órgão afirma haver “risco significativamente inferior ao de complicações pela própria covid-19”.

Fonte: Poder360