Política

Bolsonaro responde a DiCaprio e alfineta STF sobre punições a fake news





O presidente Jair Bolsonaro (PL) respondeu hoje a uma publicação do ator Leonardo DiCaprio, que incentivava jovens a tirarem o título de eleitor. A interação aconteceu no Twitter e acabou com Bolsonaro criticando as punições às notícias falsas.

Em uma de suas respostas ao ator, o atual presidente citou uma publicação de DiCaprio em 2019, na qual o ator critica incêndios na Amazônia, e avisou que este usou uma foto da floresta em 2003.

No mesmo tweet, apontou: "Tem pessoas que querem prender cidadãos brasileiros que cometem erros como esse no nosso país. Mas sou contra essa ideia tirânica. Então te perdoo", referenciando movimentações do STF para punir disseminação de fake news.

No tweet original, o americano defendeu que "a juventude votando é a chave para uma mudança e um planeta saudável", citando a Amazônia e outros ecossistemas "fundamentais para mudanças climáticas". DiCaprio também direcionou o público ao site 'Olha o Barulhinho'.

Bolsonaro defendeu "soberania" sobre a Amazônia

Usando a ferramenta de 'quote', que permite uma resposta que ainda contém o tweet original, Bolsonaro respondeu ao ator, em inglês, agradecendo pelo 'apoio' e declarando que "é muito importante que todos os brasileiros votem nas próximas eleições".

O presidente também expôs seu posicionamento em relação à questão da Amazônia.

"Nosso povo irá decidir se eles querem manter nossa soberania sobre a Amazônia ou ser governado por bandidos que servem interesses estrangeiros especiais", escreveu Bolsonaro.

 

- Bolsonaro diz que fará pente fino em indicados ao TSE para evitar 'novo Barroso'

 

Presidente escolherá novo ministro substituto na corte eleitoral

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou a aliados que fará um pente fino minucioso antes de nomear o próximo ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em franco antagonismo com a corte, Bolsonaro tem dito que não quer um "novo Barroso", referindo-se ao ex-presidente do TSE Luís Roberto Barroso, com quem tem protagonizado embates.

 

No momento, o Planalto está colhendo impressões dos quatro nomes indicados pelo presidente da Corte, Edson Fachin: Rogéria Fagundes Dotti, Vera Lúcia Santana Araújo, André Ramos Tavares e Fabricio Juliano Mendes Medeiros.

 

Rogéria Dotti é tida como "lavajatista", oriunda do Paraná, assim como Fachin. Vera Lúcia é da Associação Brasileira de Juristas e da Frente de Mulheres Negras do DF e do Entorno. André Ramos foi diretor da Escola do TSE na gestão do ministro Ricardo Lewandowski e indicado para a Comissão de Ética Pública da Presidência no governo Michel Temer. Fabrício Medeiros advogou para o DEM.

 

No final, no entanto, valerá mais aliados de confiança endossarem um dos nomes. Bolsonaro nomeou em junho de 2021 a advogada Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro, que já teve entre seus clientes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Pesou a seu favor seu nome ter sido avalizado pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos.

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) irá formar uma lista tríplice a partir dos quatro nomes e encaminhar à Presidência da República. Cabe a ele a nomeação. Pela primeira vez, o TSE sabatinou os candidatos antes de selecionar os indicados.

 

O escolhido de Bolsonaro pode acabar sendo o relator das ações sobre propaganda eleitoral, mas já há articulação no TSE para repassar essa atribuição a outro juiz, para evitar possível conflito de interesses.

 

Fonte: UOL