Saúde

Brasil registra 139 mortes por Covid-19 em 24 h





O Brasil registrou 139 mortes e 25.605 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo atualização do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) realizada nesta sexta-feira (13).

A média móvel de casos chegou a 17.262. Já a média de móvel de óbitos marca 98.

Os índices consideram a média de contaminações e de mortes registradas nos últimos sete dias. Os dados permitem o acompanhamento dos indicadores da pandemia sem eventuais distorções causadas por possível subnotificação aos fins de semana.

O país registrou 30.664.739 casos e 664.780 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, em março de 2020.

 

- Crianças podem desenvolver sintomas após Covid-19, alerta cientista da OMS

Pediatra e cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan afirma que a vacinação contribui para reduzir os riscos de complicações pela doença

Diante da preocupação de pais e cuidadores sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, na quinta-feira (12), um podcast com a participação da pediatra e cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, que esclarece as principais dúvidas sobre o tema.

No episódio, a cientista reforça que a OMS recomenda a vacinação contra a doença para crianças com cinco anos de idade ou mais.

Soumya destaca que a maioria das crianças e adolescentes saudáveis infectados pelo novo coronavírus não apresentam quadros graves. No entanto, em casos raros, as crianças não vacinadas podem desenvolver doença grave, especialmente aquelas que têm outras doenças como diabetes, asma grave e outras doenças respiratórias, além de obesidade e condições como síndrome de Down, miopatias, fraqueza muscular e alterações neurológicas.

“Essas crianças estão em maior risco de desenvolver doença grave. Além disso, sabemos que uma porcentagem de pessoas, incluindo crianças, desenvolve sintomas após se recuperar da Covid, o que é chamado de síndrome pós-Covid ou Covid longa. Pode ser fadiga, dores de cabeça, diferentes tipos de sintomas que às vezes persistem por semanas ou meses”, afirmou a cientista.

A pediatra lembrou, ainda, que foi observado em casos raros o desenvolvimento de uma doença inflamatória chamada Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), após a fase aguda da infecção pela Covid-19.

“Por isso, é bom proteger as crianças e a OMS recomenda que crianças acima de cinco anos possam receber a vacinação contra a Covid. Portanto, a primeira razão é proteger as crianças de adoecer e de contrair essa síndrome de Covid longa. A segunda razão é reduzir a transmissão na comunidade”, disse.

“E, em terceiro lugar, o objetivo de vacinar crianças e adolescentes junto com adultos é para que as economias possam se abrir, as instituições de ensinopossam permanecer abertas sem, você sabe, o risco de ter que fechar repetidamente”, completou Soumya.

Segurança das vacinas

A segurança dos imunizantes contra a Covid-19 é uma das principais preocupações de pais e responsáveis. A cientista-chefe da OMS assegurou que as vacinas são seguras e afirmou que a OMS examina os dossiês que são fornecidos pelas empresas e fornece a listagem de uso emergencial.

Segundo ela, muitos países licenciaram diferentes vacinas para uso em crianças com base em suas próprias agências reguladoras, tendo examinado os dados sobre segurança e eficácia e o perfil geral de segurança das vacinas contra a Covid-19 é considerado excelente.

“O melhor é seguir as orientações dos países, porque todos eles olharam com muito cuidado e se certificaram de que os benefícios da vacinação superam os riscos. E tão longe dos milhões de crianças que foram vacinadas em todo o mundo, sabemos que os efeitos colaterais são muito raros. Claro, as crianças podem ter febre, alguma dor no local da injeção, talvez alguma dor no corpo que dura um dia ou dois, assim como os adultos”, disse.

Como proteger crianças que ainda não foram vacinadas

A cientista da OMS também fez recomendações de prevenção voltadas para países onde a vacina contra a Covid-19 ainda não está disponível para crianças.

As medidas também contribuem para a proteção de crianças menores de cinco anos, que ainda não receberam a imunização contra a doença.

“Há muitas outras coisas que podemos fazer para manter as crianças seguras, principalmente as crianças de alto risco. Todos podemos usar máscaras quando estamos em um ambiente onde encontramos muitos estranhos de fora da família. Isso poderia ser também em instituições de ensino. Todas as crianças acima de seis anos devem ser incentivadas a usar uma máscara quando estivermos nesses lugares lotados”, disse.

A pesquisadora recomenda, ainda, que as famílias realizem o maior número possível de atividades ao ar livre com as crianças, além de manter portas e janelas abertas em ambientes fechados como escolas.

“Lavar as mãos regularmente protege contra a Covid, bem como contra outras doenças infecciosas. E também importante, todos os adultos que estão em contato com essas crianças, se forem vacinados, não estarão apenas se protegendo contra doenças graves, mas também reduzindo o risco de espalhar a infecção”, concluiu.

 

- Brasil identifica, pela primeira vez, 3 casos de subvariante da Ômicron dominante nos EUA 

A BA.2.12.1 representava cerca de 42,6% de todas as sequências de novos casos de Covid nos EUA até a semana passada

A vigilância genômica da RedeVírus MCTI detectou, em Belo Horizonte, três infecções pela linhagem BA 2.12.1 da Ômicron predominante nos Estados Unidos. Esses são os primeiros casos da subvariante no Brasil. 

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), integrantes da RedeVírus MCTI e da sub-rede Corona-Ômicron, por meio de sequenciamento genético de amostras de pacientes infectados, notificaram a linhagem em pacientes, duas mulheres e um homem, que participaram de um evento internacional no Rio de Janeiro na semana passada. 

O coordenador do CT Vacinas e integrante da RedeVírus MCTI, professor Flávio Fonseca, disse que a variante Ômicron é hoje predominante no mundo inteiro. E nesses casos, o vírus pode passar por pequenas mudanças, o que gera linhagens ou subvariantes.

“Quando essa variante é predominante, ela começa a sofrer pequenas modificações, o que dá a formação de linhagens ou subvariantes. A BA 2.12, que foi identificada em Belo Horizonte, não havia sido detectada no Brasil antes e já é predominante nos Estados Unidos“, disse.

Fonseca afirma que isso sifnifica que ela [subvariante] tem alguma vantagem evolutiva de disseminação em relação a outras linhagens. 

“Ainda não há estudos para determinar se ela é mais grave ou mais infecciosa, mas há indícios de que seja, sim, mais infecciosa que outras linhagens da Ômicron”, afirma.

 

Sobre a subvariante

A BA.2.12.1 representou cerca de 42,6% de todas as sequências de novos casos nos EUA durante a semana que terminou em 7 de maio, de acordo com dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

A BA.2 ainda era a subvariante dominante no país, representando 56,4% de todos os casos de novas sequências naquela semana.

 

A líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Covid, Maria Van Kerkhove, pediu durante uma coletiva de imprensa que governos de todo o mundo que monitorem de perto BA.2.12.1 e outras subvariantes que possam surgir no futuro, destacando a necessidade de manter o teste e o sequenciamento da doença.

 

Os pesquisadores da UFMG recomendam cautela pelos órgãos estaduais e federais competentes no controle da dispersão das variantes do SARS-CoV-2em território brasileiro.

 

 

- Anvisa e Butantan se reúnem para tratar da CoronaVac para crianças

Encontro faz parte do processo para ampliação do uso da vacina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que técnicos do órgão se reuniram com representantes do Instituto Butantan, nesta sexta-feira (13), para discutir a ampliação do uso da vacina CoronaVac em crianças. A atividade é parte do processo de solicitação de indicação da vacina para crianças de 3 a 5 anos.

No início da semana, o Butantan enviou para a Anvisa dados e informações em resposta ao pedido de exigência feito pela agência para suprir lacunas no processo. Estes dados ainda estão em análise pela equipe técnica da Anvisa. A resposta recebida pela Anvisa, no entanto, ainda não contempla todos os itens indicados pela equipe técnica no pedido de exigência.

De acordo com o Butantan, as informações restantes, que são os dados atualizados de estudos de efetividade feitos no Chile, ainda serão enviados para a agência. Segundo o laboratório, os dados foram solicitados aos pesquisadores daquele país e serão compartilhados com a Anvisa.

A liberação da vacina foi pedida pelo Butatan à Anvisa no dia 11 de março deste ano. O instituto solicitou uma alteração na bula da CoronaVac para que ela também fosse recomendada para crianças de 3 a 5 anos. Atualmente, além da população adulta, o imunizante está liberado para crianças e adolescentes na faixa etária de 6 a 17 anos. Não há prazo para a conclusão desta análise.

Fonte: CNN Brasil - Agência Brasil