Política

Zelensky pede reconhecimento da Rússia como estado terrorista





O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky se reuniu com senadores dos Estados Unidos, neste sábado (14), e pediu que a Rússia seja oficialmente reconhecida como um “estado terrorista”.

“Mantive conversas hoje com uma delegação de senadores dos EUA liderada pelo líder da minoria republicana no Senado, Mitchell McConnell, em Kiev”, declarou Zelensky.

“Acredito que esta visita mais uma vez demonstra a força do apoio bipartidário ao nosso estado, a força dos laços entre as nações ucranianas e americanas”, continuou.

Discussões sobre o apoio dos EUA à Ucrânia e o endurecimento das sanções à Rússia também ocorreram durante a reunião, segundo Zelensky.

“Eu expressei gratidão pela decisão histórica de renovar o programa Lend Lease. Eu pedi o reconhecimento oficial da Rússia como um estado terrorista”, disse Zelensky.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou a Lei de Empréstimo-Arrendamento de Defesa da Democracia da Ucrânia de 2022 em 9 de maio.

A nova lei, que facilita alguns requisitos para que os EUA emprestem ou aluguem equipamentos militares à Ucrânia, foi aprovada com maioria bipartidária na Câmara e no Senado dos EUA.

Seus patrocinadores disseram que a legislação dá a Biden autoridade muito mais ampla para ajudar a Ucrânia a se defender contra a Rússia e aborda como os EUA podem levar armas para a Ucrânia mais rapidamente.

O presidente ucraniano também destacou em seu discurso noturno a segurança alimentar, uma questão com a qual ele disse lidar “diariamente”.

“Cada vez mais países ao redor do mundo estão percebendo que a Rússia, ao bloquear o Mar Negro para nós e continuar esta guerra, coloca dezenas de outros países em risco de uma crise de preços no mercado de alimentos e até fome”, disse Zelensky. “Este é outro incentivo para que nossa coalizão antiguerra aja de forma mais decisiva em conjunto”, finalizou Zelensky.

 

- Rússia estendeu sua invasão da Ucrânia para uma guerra de grãos, diz ministro

A Rússia decidiu deliberadamente estender a guerra militar contra a Ucrânia a uma guerra de grãos, disse a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, durante a coletiva de imprensa de encerramento da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G7, na Alemanha.

“As ações da Rússia estão fazendo com que os suprimentos falhem, os preços subam imensamente – não apenas em nosso país, mas em todo o mundo – e a ameaça de fome brutal”, disse Baerbock.

“Não devemos ser ingênuos – isso não é um dano colateral. É um instrumento deliberadamente escolhido em uma guerra híbrida que está sendo travada agora”, acrescentou.

“A Rússia está preparando o terreno fértil para novas crises, a fim de enfraquecer deliberadamente a coesão internacional contra a guerra da Rússia”, disse Baerbock.

Alguns antecedentes: Rússia e Ucrânia produzem quase 30% das exportações globais de trigo. Tropas russas estão roubando equipamentos agrícolas e milhares de toneladas de grãos de agricultores ucranianos, além de atacar locais de armazenamento de alimentos com artilharia, segundo fontes.

O Ministério da Defesa da Ucrânia disse na semana passada que cerca de 400 mil toneladas de grãos foram roubadas por tropas russas.

E a CNN rastreou um navio russo carregado com quase 30 mil toneladas de grãos ucranianos que foi desviado de dois portos do Mediterrâneo antes de desembarcar na Síria.

“Como agimos, ou como não agimos, moldará a maneira como viveremos juntos no mundo por muitos anos ou talvez décadas. No final não dizer nada, não é uma opção para nós, para mim pessoalmente”, declarou Baerbock.

“Tendo que tomar muitas decisões nas últimas semanas para apoiar a Ucrânia em um sprint”. Baerbock agora teme que a aliança deva se preparar para “uma corrida de longa distância” para “combater esta crise global”.

“Nunca reconheceremos as mudanças nas fronteiras que a Rússia deseja impor pela força militar”, acrescentou Baerbock.

 

- Apoiamos 100% entrada de Suécia e Finlândia à Otan, diz Noruega à Turquia

Finlândia e Suécia demonstraram interesse em aderir à aliança ocidental na última semana

A Noruega apoiou neste sábado (14) os planos finlandeses e suecos de se juntarem à Otan, se opondo a críticas da Turquia.

“Não sabemos o que significa para a Turquia, mas, da perspectiva norueguesa, estamos 100% com a Finlândia e a Suécia se decidirem se candidatar à adesão à Otan”, disse a ministra das Relações Exteriores da Noruega, Anniken Huitfeld, ao chegar para uma reunião com seus homólogos da Otan em Berlim.

“Isso também fortalecerá a cooperação nórdica porque escolhemos de forma diferente após a Segunda Guerra Mundial, então acho que este é um momento histórico agora”, acrescentou.

O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Wopke Hoekstra, ecoou as falas da ministra, dizendo que era importante que todos os membros da Otan mostrassem unidade.

No momento em que a guerra na Ucrânia chega perto dos 80 dias, o comportamento russo pode ser explicado pela preocupação de ver a Otan se aproximando perigosamente de Moscou com o passar dos anos.

Nas primeiras décadas da aliança militar, os países integrantes da Otan se concentravam mais a oeste da Europa, longe da Rússia. A partir de 1991, com o fim da Guerra Fria, o que se vê é a Otan ganhando novos integrantes, incluindo países que faziam parte da antiga União Soviética. E aquela distância “de segurança” é formada apenas pela Ucrânia e Belarus.

Agora, Suécia e Finlândia conversam sobre essa possibilidade, de se juntar à Otan. A invasão da Ucrânia pela Rússia também influenciou a opinião dos finlandeses. Uma pesquisa mostrou que 76% são favoráveis à adesão à Otan. Antes, eram apenas 25%.

Desde a Segunda Guerra Mundial, a Finlândia mantinha uma política de neutralidade em relação a Moscou. Mas nos anos 90, a adesão à União Europeia e a assinatura da cláusula de defesa mútua reforçaram a aproximação da Finlândia com o Ocidente.

O processo de adesão à Otan leva cerca de um ano, pois precisa ser aprovado pelos Parlamentos de todos os 30 países que fazem parte da aliança. Entretanto, o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, prometeu um processo tranquilo e rápido.

 

Portugal proibe venda de mansão de Abramovich, aponta jornal Público

Registro de propriedade da mansão no resort de luxo Quinta do Lago no Algarve foi congelado, o que significa que não pode ser modificado

Portugal bloqueou a venda de uma mansão de 10 milhões de euros que pertence ao bilionário russo Roman Abramovich, alvo de sanções, disse o jornal Público neste sábado (14), sem citar suas fontes.

O registro de propriedade da mansão no resort de luxo Quinta do Lago no Algarve foi congelado – o que significa que não pode ser modificado – em 25 de março, a pedido do ministério das Relações Exteriores, um mês depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, afirmou o Público.

O ministério não respondeu imediatamente ao pedido da Reuters por comentário. Um porta-voz de Abramovich não respondeu a ligações telefônicas e mensagens buscando comentários.

Segundo o Público, o ex-dono do Chelsea tentou vender a propriedade 15 dias antes do começo da invasão da Rússia à Ucrânia por meio da Millhouse Views LLC, com sede no Estado norte-americano de Delaware e que pertence a Millhouse LCC, que administra seus ativos.

O maior banco de Portugal, Caixa Geral de Depósitos, notou a movimentação e alertou as autoridades, disse o jornal. O banco se recusou a comentar.

 

- Nova presidente da Hungria condena “agressão” de Putin

Katalin Novak condenou invasão à Ucrânia durante cerimônia de posse

A presidente da Hungria, Katalin Novak, condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia em sua cerimônia de posse neste sábado (14) e disse que sua primeira viagem será à Polônia, em um aparente gesto para reparar as relações com Varsóvia.

A recusa da Hungria de enviar carregamentos de armas à vizinha Ucrânia e sua oposição a um embargo planejado pela União Europeia contra importações de petróleo russo abalou as relações entre Budapeste e Varsóvia, cujos dois governos nacionalistas são aliados de longa data.

Novak, ex-parlamentar do partido Fidesz e aliada do primeiro-ministro Viktor Orbán, foi eleita ao cargo praticamente cerimonial de presidente em março, pouco antes de Orbán conseguir outra vitória por goleada nas eleições de 3 de abril.

“Na terça-feira, 17 de maio, viajarei a Varsóvia para me reunir com o presidente do povo polonês. Senhor presidente, querido Andrzej, eu agradeço a oportunidade de conversar, como convém aos amigos”, disse Novak em seu discurso de posse.

“Nós condenamos a agressão de Putin, a invasão armada de um Estado soberano. Digamos um eterno não a qualquer tentativa que busque restaurar a União Soviética”, acrescentou.

Fonte: CNN Brasil - Agência Brasil